DESENVOLVIMENTO DO JOGO DIDÁTICO “PERFIL - EDUCAÇÃO SEXUAL” COMO FERRAMENTA INTEGRADA AO ENSINO NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Resumo
A partir do entendimento de que a atividade sexual entre adolescentes e jovens pode vir a se tornar um problema social em razão de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e gravidez indesejada, é notória a necessidade de debates a respeito de questões relacionadas à Educação Sexual, como por exemplo, iniciação sexual, gravidez precoce, anatomia e fisiologia dos órgãos reprodutores, ocorrência de IST e métodos contraceptivos. Além disso, existe uma limitação das escolas ao tratarem sobre esse tema, uma vez que as aulas, em sua maioria expositivas, não abrem espaço para discussões e levam ao desinteresse e à distração dos alunos. Por essa razão, nosso objetivo foi desenvolver o jogo didático “Perfil – Educação Sexual”, que trata de questões sobre o sistema reprodutor humano, os métodos contraceptivos e as principais infecções sexualmente transmissíveis, como ferramenta auxiliar na abordagem de temas relacionados à Educação Sexual. O kit do jogo didático é comporto por 1 manual de regras, 6 peões coloridos, 1 tabuleiro de 60cmx30cm, 1 dado e 34 cartas com dez dicas cada. Apesar de os jogos didáticos contribuírem no preenchimento de lacunas e facilitarem a apropriação do conhecimento por meio do entusiasmo, é preciso atenção para não desviar o foco do seu real objetivo e, por essa razão, o professor deve usá-los de maneira consciente, para que se atinja os objetivos propostos.
Downloads
Metrics
Referências
ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 13ª ed. Petrópolis, 1998.
BIZZO, N. Biologia: Novas Bases. 1ª ed. IBEP: il. São Paulo, 2016.
BOUZAS, I.C.S, CADER S.A, LEÃO L. Gravidez na adolescência: uma revisão sistemática do impacto da idade materna nas complicações clínicas, obstétricas e neonatais na primeira fase da adolescência. Adolescência & Saúde. v. 11, n.3, p. 7-21, 2014.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclo do ensino fundamental: introdução aos parâmetros nacionais. MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: pluralidade cultural e orientação sexual. MEC/SEF, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. Orientações Curriculares para Ensino Médio: Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. MEC/SEB, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Ciências da Natureza, Matemáticas e suas Tecnologias, vol. 2. MEC/SEMT, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Pesquisa Saúde Brasil. 2017.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. MEC, 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de DST/Aids. Boletim Epidemiológico Aids e DST. 2019.
BRENELLI, R. P. O jogo como espaço para pensar: a construção de noções lógicas aritméticas. Campinas. Editora Papirus, 1996.
BRETONES, P. S. Jogos para o Ensino de Astronomia. 2ª ed. Campinas: Átomo, 2014.
CAMPOS, L.M.L.; BORTOLOTO, T.M.; FELÍCIO, A.K.C. A produção de jogos didáticos para o ensino de Ciências e Biologia: uma proposta para favorecer a aprendizagem. Cadernos do Núcleo de Ensino. v. 47, p. 47-60, 2003.
CARNEIRO, M. A. B. Jogando, descobrindo, aprendendo (depoimentos de professores e alunos do terceiro grau). 1990. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, São Paulo.
CHAGURI, J.P. O ensino do espanhol com atividades lúdicas para aprendizes brasileiros. Revista X, v. 2, p. 73-89, 2009.
CHATEAU, J. O Jogo e a Criança. Papirus Editora: São Paulo, 1997.
COSTA, R. C.; GONZAGA, G. R.; MIRANDA, J. C. Desenvolvimento e validação do jogo didático Desafio Ciências – Animais para utilização em aulas de Ciências no Ensino Fundamental Regular. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio. v. 9, p. 9-12, 2016.
FIGUEIRÓ, M.N.D. Educação Sexual: como ensinar no espaço da escola. Revista Linhas, v.7, n. 1, p. 1-21, 2006.
FILHO, J.W.S.; BRITO, C.E.N.; SANTOS, C.L.; ALVES, A.C.M.; SCHNEIDER, H.N. Jogo Tartarugas: Objeto de aprendizagem na Educação Ambiental. In: Anais IV Seminário Jogos Eletrônicos, Educação e Comunicação, 2008.
GARCIA, R.F; DE MARCHI, C.M.D. Abordagem sobre a importância da contracepção, uso de camisinha e da orientação sexual na prevenção de DST’s/AIDS e gravidez na adolescência. Arquivos do Museu Dinâmico Interdisciplinar. v. 5, n. 1, p. 34-39, 2012.
GAVÍDIA, V. A construção do conceito de transversalidade. In: ÁLVAREZ, M. N. et al. Valores e temas transversais no currículo. Artmed: Porto Alegre, p. 15-30, 2000.
GONZAGA, G.R.; MIRANDA, J.C.; FERREIRA, M.L.; COSTA, R.C.; FREITAS, C.C. C.;
FARIA, A.C.O. Jogos didáticos para o ensino de Ciências. Revista Educação Pública. v. 17, ed. 7, p. 1–11, 2017.
HOFFMANN, A. C. O. S; ZAMPIERI, M. F. M. A atuação do profissional da enfermagem na socialização de conhecimentos sobre sexualidade na adolescência. Revista de Saúde Pública de Santa Catarina. v. 2, p. 56-69, 2009.
KISHIMOTO, T. M. Jogos infantis: o jogo, a criança e a educação. 18ª ed. Editora Vozes. Petrópolis, 2014.
LINHARES, S; GEWANDSZNAJDER, F.; PACCA, H. Biologia Hoje. v. 1. 3ª ed. Ática. São Paulo, 2016.
LIRA, A.; JOFILI, Z. O Tema transversal orientação sexual nos PCN e a atitude dos professores: convergentes ou divergentes? Ensino, Saúde e Ambiente. v.3, n. 1, p. 22-41, 2010.
LONGO, V.C.C. Vamos jogar? Jogos como recursos didáticos no ensino de ciências e biologia. Textos FCC. v. 35, p. 130-159, 2012.
LOPES, M. G. Jogos na Educação: criar, fazer, jogar. 7ª ed. Editora Cortez. São Paulo, 2011.
LOPES, O. R. & CARNEIRO, C. D. R. O jogo “Ciclo das Rochas” para ensino de Geociências. Revista Brasileira de Geociências. v.39, n.1, p. 30-41, 2009.
LOPES, S. e ROSSO, S. Bio. v. 2. 3ª ed. Saraiva. São Paulo. 2016a.
LOPES, S. e ROSSO, S. Bio. v. 3. 3ª ed. Saraiva. São Paulo. 2016b.
MACEDO, L.; PETTY, A.L.S.; PASSOS, N.C. Aprender com jogos e situações-problema. Artes Médicas Sul. 1ª ed. Porto Alegre. 2000.
MANHÃES. L.L.A.; MARINHO, R.S.S.; SILVA, L.G.M.; SANTOS, M.M.; BARRETO, C.M.B. Brincando que se aprende: Um jeito divertido de aprender sobre métodos anticoncepcionais. In: Anais: XII Congresso Nacional de Educação, p. 12517-12534, 2015.
MARQUES, A.; LEÃO, D. C.; BEDIN, R. C. Sexualidade e Orientação Sexual na Escola em Foco: algumas reflexões sobre a formação de professores. Revista Linhas. v. 11, n. 1, p. 36-52, 2010.
MARTINS, I.C.P.; BRAGA, P.E.T. Jogo didático como estratégia para o ensino de divisão celular. Essentia. v.16, n.2, p.1-21, 2015.
MARTINS, L. B. M. Conhecimento, atitude e prática sobre métodos anticoncepcionais, prevenção de DST/AIDS em adolescentes de escolas públicas e privadas do município de São Paulo. 2005. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Médicas – UNICAMP, Campinas.
MENDONÇA, V.L. Biologia: o ser humano, genética, evolução. 3ª ed, v. 3. Editora AJS, São Paulo. 2016.
MIRANDA, J.C. Adolescência e vida sexual: o retrato de uma escola pública da região metropolitana do Rio de Janeiro. SaBios – Revista de Saúde e Biologia. v. 8, p. 31-40, 2013.
MIRANDA S. No Fascínio do jogo, a alegria de aprender. Ciência Hoje. v.28, n.168, p. 64-66, 2001.
NUNES, C. S.; SILVA, N.P.G.; ELLIAS, D.G.; Albuquerque, H.N. Avaliação do uso de atividades lúdicas e exercício de fixação no ensino de biologia, Baraúna-PB. Revista Brasileira de Informações Científicas. v.2, n.3, p.48-54, 2011.
PEDROSO, C. V. Jogos didáticos no ensino de Biologia: uma proposta metodológica baseada em módulo didático. In: Anais: IX Congresso Nacional de Educação – Educere, III Encontro Sul Brasileiro de Psicopedagogia. Curitiba-PR. p. 1-9, 2009.
PEREIRA, G. R.; GREGORIO, V. L. S. S.; ANSELMO, F. C. Uso da atividade lúdica para o ensino do sistema circulatório, aplicado para os alunos do 2º ano do ensino médio. In: Anais: Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica. 2013.
RAUBER. A.; VENZKE, T. R. F.; HERMEL, E. do E. S. Estudando a sexualidade com jogos didáticos. In: Anais: XII Encontro sobre Investigação na Escola. v. 3, p.392– 397, 2016.
SANTOS, K.M.; MIRANDA, J.C. Uso de um jogo didático como motivador para estudo da relação entre o Rio Pomba e a cidade de Santo Antônio de Pádua-RJ. Revista Educação Ambiental em Ação. v. 61, p. 1-18, 2017.
SANTOS, S. M. P. A ludicidade como ciência. 1ª ed. Vozes. Petrópolis. 2001.
SANTOS, T.M.B.C.; BRANDÃO, G.O. Elaboração de um jogo didático: perfil: refletir a sexualidade. 2013. Disponível em: https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/6317. Acesso em 10 de novembro de 2020.
SILVA, J.C. DA; SASSON, S.; JÚNIOR, N.C. Biologia. 12ª ed. v. 2. Saraiva. São Paulo. 2016.
SILVA, R. Orientação Sexual: Possibilidade de Mudança na Escola. 1ª ed. Editora Mercado de letras. Campinas. 2002.
TEIXEIRA M.C; ROCHA L. J. P; SILVA V.S. Lúdico: Um Espaço para a Formação de Identidades. In: Anais: III Simpósio de Formação de Professores, Rio de Janeiro, p. 1-14. 2005.
VALENTE, T.; COSTA, A.R.A; OLIVEIRA, M.G; TAVARES, R.F.; SOUZA, T.M.F. A contribuição do lúdico no processo de ensino- aprendizagem. Tempo & Ciência, Revista do Centro Universitário Luterano de Manaus, n. 11/12, 2005.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico é a licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY ): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.
