PROCESSOS DE SOCIALIZAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PORTFÓLIOS FINANCEIROS DE INVESTIDORES DE VAREJO
Abstract
This research is based on two premises. The first is that retail investors establish a consumer relationship with financial institutions when purchasing fixed and/or variable income products. The second premise is that the socialization processes of these investor-consumers influence and build decisions about purchasing investment products. The objective of this article was to identify elements of the subjects' trajectories - using concepts from Bourdieu's sociology - and associate them with the application of financial resources. To achieve the proposal, interviews were conducted with individual investors and, subsequently, Content Analysis was applied. The interviews, in addition to revealing the influence of parents on money management, pointed out that investors with a preference for variable income share experiences in the financial market in interpersonal relationships and focus on accumulating informational capital on finance; respondents with a preference for fixed income are not interested in market dynamics and rely on extra-economic issues when choosing financial products.
Downloads
References
ALMEIDA FILHO, N. M. Contextos, impasses e desafios na formação de trabalhadores em Saúde Coletiva no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 13, p. 1677–1682, 2013.
ANBIMA. Codigo de Ética da ANBIMA. Disponível em: https://www.anbima.com.br/pt_br/institucional/a-anbima/codigo-de-etica.htm. Acesso em: 11 mar. 2020.
BALDOCK, J.; UNGERSON, C. Becoming a Consumer of Care: Developing a Sociological Account of the ‘New Community Care’. The Sociological Review, v. 44, n. 1, p. 11–35, 1997.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3. ed. Lisboa, Portugal: Edições 70, 2004.
BOGDAN, R.; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto, Portugal: Porto editora, 1994.
BONALDI, E. V. Bovespa e educação financeira: a hegemonia neoliberal e a gestão das finanças pessoais no universo das classes médias brasileiras. In: SIMPÓSIO LUTAS SOCIAIS NA AMÉRICA LATINA, 3.,Londrina, 2008. Anais [...]. Londrina: UEL, 2008.
BOURDIEU, P. A Distinção. São Paulo: Zouk, 1975.
BOURDIEU, P. Sobre o Estado. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
BREAKLEY, R. A.; MYERS, S. C.; ALLEN, F. Princípios de Finanças Corporativas. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
BRESSAN, A.; MOREIRA, F. Opacidade em Hedge Funds: existe criação de valor para o investidor e para o gestor?. Braz. Bus. Rev., v.17, n.6,2020. Disponível em: http://old.scielo.br/scielo.php?pid=S1808-23862020000600640&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em: 11 mar. 2020.
CARDOSO, B. B. A implementação do Auxílio Emergencial como medida excepcional de proteção social. Revista de Administração Pública, v. 54, n. 4, p. 1052–1063, 2020.
CASOTTI, L. M.; SUAREZ, M. C. DEZ ANOS DE CONSUMER CULTURE THEORY: DELIMITAÇÕES E ABERTURAS. Revista de Administração de Empresas, v. 56, n. 3, p. 353–359, jun. 2016.
CASTILHOS, R. B. Apropriações da Obra de Pierre Bourdieu no Campo do Marketing no Brasil. In: ENCONTRO DA ANPAD, 31., Rio de Janeiro, 2007. Anais [...]. Rio de Janeiro, 2007.
CVM. Instrução CVM 539. Disponível em: http://www.cvm.gov.br/legislacao/instrucoes/inst539.html. Acesso em: 30 nov. 2019.
FERNANDES, L. F. A educação financeira no Brasil: gênese, instituições e produção de doxa. 2019.
FERREIRA, I. M. Adequação do perfil do investidor e seu comportamento no mercado acionário. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 2019.
GARCIA, M.; DIDIER, T. Taxa de juros, risco cambial e risco Brasil. Pesquisa e planejamento econômico, v. 33, n. 2, p. 253–297, 2003.
GOODMAN, L. A. Snowball sampling. The annals of mathematical statistics, p. 148–170, 1961.
GOUVEIA, R. C. B. Educação Financeira no Ensino Médio. Jataí, GO: Universidade Federal de Goias, 2019.
HACHUL, D. N. Proteção jurídica do investidor-consumidor. Campinas, SP: Universidade de São Paulo, 2018.
HIGGINS, E. T. Promotion and prevention: Regulatory focus as a motivational principle. Advances in experimental social psychology. São Paulo: Elsevier, 1998. v. 30, p. 1–46.
KEYNES, J. M. Teoria geral do emprego, do juro e do dinheiro. São Paulo: Saraiva Uni, 1964.
LABATE, F. G. Vocabulário da economia: formas de apresentação dos estrangeirismos. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2008.
LEITE, E. DA S. Reconversão de habitus: o advento do ideário de investimento no Brasil. 2011.
LOEWENSTEIN, G. et al. Addition by division: Partitioning real accounts for financial well-being. Mick DG, Pettigrew S, Pechmann C, Ozanne JL, eds. Transformative consumer research for personal and collective well-being, p. 413–422, 2012.
LUCATELLI, H. D. A. Estudo de evento: o impacto da marcação a mercado sobre o fluxo de recursos administrados nos fundos mútuos brasileiros. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 49. São Paulo,2014. Anais[...]. São Paulo: ANPEC, 2014.
MANZAN, W. A.; MUZZETI, L. R. A observação do habitus primário: um estudo de caso. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 7, n. 4, p. 141–151, 2013.
MARKOWITZ, H. Portfolio Selection Harry Markowitz. The Journal of Finance, 1952.
MARTINS, F. R.; FERREIRA, K. P. Vulnerabilidade financeira e economia popular : promoção de bem fundamental social em face da prática de institutos lucrativos ilusórios: das pirâmides ao marketing multinível. Revista de Direito do Consumidor, p. 1–24, 2015.
MAUSS, C. V.; DELATORRE, A. Perfil dos investidores em renda variável na cidade de Carazinho / RS . Revista Eletrônica Saber Contábil-RSC, v. 2, n. 1, p. 103–116, 2012.
MCCRACKEN, G. Cultura & consumo. [São Paulo]: Mauad Editora Ltda, 2003.
MCQUARRIE, E. F.; STATMAN, M. How Investors Became Consumers. Journal of Macromarketing, v. 36, n. 3, p. 243–271, 2016.
NEIBURG, F. As moedas doentes, os números públicos e a antropologia do dinheiro. Mana, v.13, n. 1, p. 119–151, 2007.
PASTI, A.; SILVA, A. M. B. O mercado de capitais e os círculos de informações financeiras no território brasileiro. Confins. Rev. Franco-Brasilera de Geografia, n. 19, 2013.
ROLING, L.; VIEIRA, F. G. D. Interdisciplinaridade em Marketing: Perspectivas de aplicação dos conceitos teóricos de campo e habitus de Pierre Bourdieu às pesquisas em Marketing. Revista de Negócios, v. 19, n. 3, p. 58, 2014.
SANSI ROCA, R. “Dinheiro Vivo”: Money and religion in Brazil. Critique of Anthropology, v. 27, n. 3, p. 319–339, 2007.
SILVA, L. P.; DIAS, L. C. F.; SILVA, J. S. Ensino superior, mobilidade social e dominação: uma análise à luz dos conceitos de bourdieu e da teoria institucional. RACE - Revista de Administração, Contabilidade e Economia, v. 14, n. 3, p. 1145, 2015.
THALER, R. H.; SUNSTEIN, C. R. Nudge: como tomar melhores decisões sobre saúde, dinheiro e felicidade. [São Paulo]: Objetiva, 2019.
TRIGO, M. H. B. Habitus, Campo, Estratégia: uma leitura de Bourdieu. Cadernos CERU, 1998.
VEBLEN, Thorstein. A teoria da classe ociosa: um estudo econômico das instituições. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
WACQUANT, L. Notas para Esclarecer a Noção de Habitus. RBSE, v. 6, n. 16, p. 5–11, 2007.
ZHOU, R.; PHAM, M. T. Promotion and prevention across mental accounts: When financial products dictate consumers’ investment goals. Journal of Consumer Research, v. 31, n. 1, p. 125–135, 2004.
ZIOLI, E. G. DE O.; GARCIA, E. L. M.; PÉPECE, O. M. C. Esporte de alto risco: subcultura de consumo e as práticas que constituem o habitus dos paraquedistas. Reuna, v. 25, n. 3, p. 76–97, 2020.
Os autores podem manter os direitos autorais pelo seu trabalho, mas repassam direitos de publicação à revista Caderno de Administração. A revista poderá usar o trabalho para fins não-comerciais, incluindo direito de enviar o trabalho em bases de dados de Acesso Livre.