
Em As doenças têm história, Jacques Le Goff (1997) baliza alguns dos paradigmas que irão nortear o historiador que pretende adentrar esse campo da condição humana. Para Le Goff, o fenômeno doença não poderia ser circunscrito a uma história dos progressos científicos e tecnológicos. De fato, a história de uma doença também deve ser a história dos saberes e das práticas culturais que se encontram conectadas às suas respectivas estruturas sociais, instituições, representações, mentalidades (LE GOFF, 1997, p. 7-8). A partir de diferentes abordagens e recortes temporais, os pesquisadores que compõem o Dossiê aqui apresentado buscam analisar e contextualizar as diferenças circunstâncias em que doença, anormalidade e patologia surgem.