Os feminismos negros: a reação aos sistemas de opressões

Palavras-chave: Feminismo Negro, Mulheres Negras, Diáspora Africana, Gênero, Marcha das Mulheres Negras 2015 e Racismo

Resumo

Neste artigo apresento reflexões sobre o nascimento do conceito de Feminismo Negro através do papel desempenhado por afronorteamericanas e brasileiras. Resgato a contribuição de Sojourner Truth como a primeira mulher negra em diáspora a problematizar as singularidades entre brancas e negras. Em seguida apresento parte da Declaração Feminista Negra, de 1974, que pontua os princípios norteadores do Feminismo Negro construídos por afronorteamericanas. Na terceira parte discuto os feminismos Negros no Brasil e, nas considerações finais, apresento alguns desdobramentos atuais do conceito original que demarcam as especificidades no ativismo contemporâneo das mulheres negras, que foram potencializados com a realização Marcha da Mulheres Negras 2015 Contra o Racismo a Violência e Pelo Bem Viver

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Biografia do Autor

Rosalia de Oliveira Lemos, IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro
Doutora em Políticas Públicas na Universidade Federal Fluminense (2016); Mestre em Psicossociologia em Comunidade e Ecologia Social Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). Especialista em Educação Ambiental/UFRJ-UFF/1996 - Especialista em Ensino de Ciências/UFF/1994 - Graduada em Química/UFF/1986 (Licenciatura e Bacharelado); secretária de governo da Prefeitura Municipal de Niterói na direção da CODIM − Coordenação dos Direitos das Mulheres (2003-2008). Professora (1997) do IFRJ − Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, atuei na equipe de implantação do Curso de Extensão Brasil-África em Sala de Aula (2009). Elaborei e coordenei a Coordenação de Diversidade do IFRJ (2010-2012). Desenvolvi Projeto Um Pé no Terceiro Milênio apoiado pela Comunidade Solidária ao lado de jovens de favelas (1998-2000), o Projeto Etinociências, originado os Cadernos Etinociências - Fundação Abrinq/Programa Crer para Ver (1997-2000) e o Projeto Diálogos sobre Diversidade e a Lei 10639/03 apoiado pelo PROEXT 2011. Atuei na elaboração do Plano Municipal de Educação e Igualdade Racial da Prefeitura de Niterói ao lado a Secretaria Municipal de Educação (2003). Nos movimentos sociais participei do Grupo Amigos Negros de Favela e Periferia, em 1979, no André Rebouças/UFF (1982) e no NZINGA, em 1983. Fundadora da E`LÉEKÒ (1996) e do Disque Racismo (2000), atuando no atendimento á vítimas de violência racial e na qualificação de policiais (1999 – 2002). Na ECO/92 inserida no grupo GAECO-MUNEMA, participei da elaboração do Tratado Contra o Racismo. Participei do Programa de Visitante Internacional do Governo dos Estados Unidos (2003). Relatora da 1ª Conferência da Igualdade Racial do Rio de Janeiro. Participei da Conferência das Américas (2000) e da II Conferência Contra o Racismo e Intolerâncias Correlatas, em Durban África do Sul (2001). Coordenadora Estadual da Marcha das Mulheres Negras 2015 e do Comitê Impulsor de Niterói. Integrei a Delegação Brasileira no Fórum Social Mundial, Tunísia 2015 realizando Oficina Marcha das Mulheres Negras 2015. Coautora do Manual Cidadania Etnia/Raça - Secretaria de Ensino Fundamental do Ministério da Educação; Palestrante no AWID 2016 – Bahia – (2016) - Ativista da E´LÉÉKÒ: Gênero, Desenvolvimento e Cidadania – Feminista Negra - Movimento Negro – Ativista dos Direitos Humanos.
Publicado
2016-10-07
Como Citar
Lemos, R. de O. (2016). Os feminismos negros: a reação aos sistemas de opressões. Revista Espaço Acadêmico, 16(185), 12-25. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/33592