Trajetória de uma cientista negra:

dos desafios da infância ao prêmio L´Oréal

Palavras-chave: História de vida. Cientista. Mulher. Negra

Resumo

No presente trabalho buscamos estudar o percurso de uma mulher negra na ciência, utilizando para isso a seguinte pergunta de pesquisa: “Quais elementos da trajetória pessoal, escolar, acadêmica e profissional de uma cientista negra extrapolam suas vivências individuais e nos ajudam a compreender os (des)caminhos das mulheres negras na ciência?” Com isso, objetivamos  biografar a trajetória pessoal, escolar, acadêmica e profissional da cientista que chamaremos de R. e os problemas enfrentados por ela durante esse caminho. Pudemos conhecer que sua paixão pela ciência é despertada na infância; perceber  a falta de representatividade, como  um dos desafios que enfrenta por ser uma mulher negra na ciência; a vivência dos  percalços relacionados com  o sexismo instrumental e automático; sua  luta contra esses sexismos; o conflito entre ser cientista e ser mulher e o racismo institucional

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nathalia Pereira Savazi, Rede de educação básica do Estado de São Paulo

Licenciada em Física pela Universidade Estadual Paulista, "Júlio de Mesquita Filho" - Unesp, São José do Rio Preto, professora da Rede de educação básica do Estado de São Paulo, na diretoria de Ensino de Fernandópolis. 

Referências

ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. Feminismos Plurais. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.

ANDIFES, V Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos(as) graduandos(as) das IFES - 2018. Brasília, p. 19, 2019. Disponível em: https://www.andifes.org.br/wp-content/uploads/2019/05/V-Pesquisa-Nacional-de-Perfil-Socioeconomico-e-Cultural-dos-as-Graduandos-as-das-IFES-2018.pdf. Acesso em: 15 de fev. de 2022.

AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade? São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen,
2019.

CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 1, ano 11, p. 171-188, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ref/v10n1/11636.pdf. Acesso em: 28 de mar. de 2021.

FONSECA, Cláudia. Quando cada caso NÃO é um caso. Revista Brasileira de Educação, n. 10. Rio de Janeiro, jan. - abril 1999. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-24781999000100005. Acesso em: 25 de jan. de 2022.

Gênero e Número. Gráfico: Gênero e raça na ciência brasileira. 20 de jun. de 2018. Disponível em: . Acesso em 17 de out. de 2020.

GONZALEZ, Lélia. [Entrevista concedida a] Jornal do MNU, Salvador, n. 19, p. 8-9, maio de 1991. Disponível em: http://blogueirasnegras.org/wp-content/uploads/2013/07/entrevista-lelia-mnu.pdf. Acesso em: 29 de mar. de 2021.

HOOKS, Bell. De mãos dadas com minha irmã: Solidariedade Feminista. In:______. Ensinando a transgredir: a educação como prática de liberdade. 1ed. São Paulo: wmf martins fontes. 2013. cap. 7, p. 127-149.

LATTES, Currículo. ANJOS, R. C. Disponível em: http://lattes.cnpq.br/5775617413825711. Acesso em: 19 de nov. de 2021.

LIMA, Betina Stefanello. Teto de vidro ou labirinto de cristal? As Margens Femininas das Ciências. 2008. 133 f. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade de Brasília, Brasília, 2008.

L’ÓREAL Brasil, Unesco e ABC divulgam as vencedoras do programa “Para mulheres na ciência” 2020. ABC, 2020. Disponível em: http://www.abc.org.br/2020/08/20/loreal-brasil-unesco-e-abc-divulgam-as-sete-vencedoras-do-programa-para-mulheres-na-ciencia-2020/. Acesso em: 19 de nov. de 2021.

Mulheres cientistas escondidas pela história. El País, 11 de nov. de 2017. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/15/ciencia/1510751564_040327.html. Acesso em: 13 de fev. de 2022.

Mulheres combatem invisibilidade histórica e avançam nos espaços de produção científica. Unifesspa, 11 de fev. de 2021. Disponível em: https://www.unifesspa.edu.br/noticias/5019-mulheres-combatem-invisibilidade-historica-e-avancam-nos-espacos-de-producao-cientifica.

NOGUERA, Renato. Afroperspectividade: Por uma Filosofia que descoloniza.[Entrevista concedida a] Tomaz Amorim. Negro Belchior, p. 1-17, 11 de jul. de 2015. Disponível em: https://www.academia.edu/32321625/Entrevista_com_Renato_Nogueira_Afroperspectiva. Acesso em: 31 de mar. de 2021.

PERÄKYLÄ, Anssi. Reliability and Validity in Research Based on Transcripts. In: SILVERMAN, D. Qualitative Reserch: theory, method and practice. London: Sage. (1997). Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/Silvermann.%20Reliability%20and%20Validity%20in%20research%201997%20p.201-217.pdf. Acesso em: 14 de jul. de 2021.

SCHIEBINGER, Londa. O feminismo mudou a ciência? Tradução de Raul Fiker. Bauru: EDUSC, 2001.

SILVÉRIO, Valter Roberto; TRINIDAD, Cristina Teodoro. Há algo novo a se dizer sobre as relações raciais no brasil contemporâneo? Educação e Sociedade. Campinas, v. 33, n. 120, p. 891-914, jul.-set. 2012

STANISCUASKI, Fernanda et al. Gender, race and parenthood impact academic productivity during the COVID-19 pandemic: from survey to action. In COVID-19 SARS-CoV-2 preprints from medRxiv and bioRxiv, July 4, 2020. Disponível em: https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2020.07.04.187583v1.full.pdf+html. Acesso em 11 de jul. de 2021.
Publicado
2022-06-01
Como Citar
Savazi, N. P. (2022). Trajetória de uma cientista negra:. Revista Espaço Acadêmico, 39-50. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/62779
Seção
ESPECIAL - (Bio)grafando Mulheres