EDUCAÇÃO INCLUSIVA E VIOLÊNCIA ESCOLAR
RELAÇÃO ENTRE PARES
Resumo
O objetivo deste artigo é defender a proposta da educação inclusiva como possibilidade de enfrentar dois tipos de violência escolar: bullying e preconceito. Tem como referencial a Teoria Crítica. Parte da hipótese de que escolas com maior grau de inclusão escolar teriam menos situações de violência e apresenta dados de pesquisa de duas entre cinco escolas estaduais de Guarulhos para testá-la: a de maior e a de menor grau de inclusão. Aplicaram-se dois instrumentos para identificação do grau de inclusão escolar e escalas a 83 alunos dos nonos anos para verificar a ocorrência de bullying, do preconceito e do autoritarismo dos alunos. Os resultados indicam que a escola de maior grau de inclusão escolar obteve menor grau de autoritarismo e da prática da discriminação entre alunos; já a frequência de bullying permaneceu semelhante nas duas escolas. O estudo conclui que o convívio com a diferença, propício às propostas de educação inclusiva, oferece possibilidades para refletir sobre os impulsos agressivos expressos pelo preconceito e, assim, refreá-los. Já o bullying parece necessitar de medidas para o seu enfrentamento que vão além da proposta de inclusão.
Downloads
Referências
Abramovay, M.; Rua, M. G. (2003). Violências nas escolas: Versão resumida. Brasília, DF: Unesco.
Adorno, T.W. Educação e emancipação. (1995). Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Adorno, T.W (2015).Ensaio sobre psicologia social e psicanálise. São Paulo: Editora Unesp.
Adorno, T.W. (2004). Escritos Sociológicos I. Madrid: Ediciones Akal.
Adorno, T.W. (1975). Mínima Moralia. Caracas: Monte Ávila.
Adorno, T.W; Frenkel-Brunswik, E.; Levinson, D.J., & Sanford, R.N. (1950). The authoritarian personality. New York: Harper and Row.
Ainscow, M.; Porter, G., & Wang, M. (Eds.) (1997). Caminhos para as escolas inclusivas. Lisboa: Instituto de Inovação.
Antunes, D. C. & Zuin, A. A. S. Do bullying ao preconceito: os desafios da barbárie à educação. Psicologia & Sociedade, 20(1), pp. 33-42, 2008. https://doi: 10.1590/S0102-71822008000100004.
Batista, E. H. M. (2011). Bullying e diferenças: a busca por um olhar ampliado. (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/251143
BBC NEWS BRASIL. (2019). Desempregados, mas felizes: as conclusões da Finlândia após projeto de renda mínima. https://www.bbc.com/portuguese/geral-47196165
Booth, T. & Ainscow, M. (2002). Índex para a inclusão: desenvolvendo a aprendizagem e a participação na escola. Sintra/PT: Cidadãos do Mundo, 2002.
Carlile, A. (2019) Teacher experiences of LGBTQ: inclusive education in primary schools serving faith communities in England, UK. Pedagogy, Culture & Society. https://doi.org/10.1080/14681366.2019.1681496
Chaves, D. R. L. & Souza, M. R.(2018). Bullying e preconceito: a atualidade da barbárie. Revista Brasileira de Educação, 23, e230019. https://doi.org/ 10.1590/s1413-24782018230019
Autor, 2015.
Autor, 2019.
Autores, 2005.
Autores, 2009.
Autores, 2013.
Autores, 2017.
D'aurea-Tardeli, D. & Paula, F.V. (Orgs.)(2009). Violência na escola e da Escola: Desafios Contemporâneos à Psicologia da Educação. São Paulo: Editora Metodista.
Fante, C. (2005). Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas, SP: Versus Editora.,
Freud, S. (1986). “Recordar, Repetir e Elaborar.” In: _____ . Obras Completas. Rio de Janeiro: Imago. Vol. XII.
Freud, S. (2010). O Mal-Estar Na Civilização. São Paulo: Companhia Das Letras.
Gorz, A. (1997). Metamorfosis Del Trabajo. Madrid: Editorial Sistema.
Hein, V.; Koka, A. & Hagger, M. S. (2015). Relationships between perceived teachers' controlling behaviour, psychological need thwarting, anger and bullying behaviour in high-school students. Journal of Adolescence, v. 42:103-114. https://www.researchgate.net/publication/276362688_Relationships_between_perceived_teachers'_controlling_behaviour_psychological_need_thwarting_anger_and_bullying_behaviour_in_high-school_students
Hidalgo, A.J.R. (2019). La discriminación invisible. Identificar el Bullying Étnicocultural en adolescentes y prevenirlo mediante el Modelo Educativo de Convivencia Intercultural (MECI). In: Educación, sociedad e interculturalidad. VII Premios a la Investigación e Innovación Educativa para la Interculturalidad. Córdoba, UCOPress, pp. 81-96. http://hdl.handle.net/10396/18940
Horkheimer, M. & Adorno, T. W. (1985). Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2019). Sinopse Estatística da Educação Básica 2000; 2018. Brasília: Inep. Disponível em:
Jesus, A.D. (2016). O bullying escolar na contramão da educação inclusiva: considerações preliminares sobre a realidade do ensino médio em São Raimundo Nonato, Piauí. Cadernos Cajuína, 3(3),122-138. https://cadernoscajuina.pro.br/revistas/index.php/cadcajuina/article/view/209
Krech, D., Crutchfiel, R. S., & Ballachey, E. L. (1975). O indivíduo na sociedade: um manual de psicologia social. São Paulo: Pioneira.
Lima, M.R.S. (2019). Práticas pedagógicas para incluir alunos da educação especial na escola de ensino médio: significações de uma professora. Braz. J. of Develop., 5(9), 15338-15353. https://www.researchgate.net/publication/336271035_Praticas_pedagogicas_para_incluir_alunos_da_educacao_especial_na_escola_de_ensino_medio_significacoes_de_uma_professora
Lopes Neto, A. A.(2005). Bullying: comportamento agressivo entre estudantes. Jornal de Pediatria, 81(5), 161-172. http://www.scielo.br/pdf/%0D/jped/v81n5s0/v81n5Sa06.pdf
Mahl, E.; Denari, F.E.; Borella, D.R.; Stoch, J.A.; & Rocha, F.G. (2012). Desafios e ações para a efetiva inclusão educacional: algumas considerações. Revista Exitus, Santarém, 2(1), .http://www.ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/article/view/80>
Marcuse, H. (1981). Eros e civilização. Rio de Janeiro: Zahar.
Melero, M. L. (2006). Escolas inclusivas: o projeto Roma Ponto de Vista: Revista de Educação e Processos Inclusivos, 8.
Monteiro, M.B. & Castro, P. (1997). Cada Cabeça sua Sentença. Oeira: Celta Editora.
Olher, R.. & Guilhoto, L.M.F.F (2013). Educação inclusiva e a transição da escola especial. Revista Deficiência Intelectual 3, (4-5).
Organizações das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – Unesco (1990). Declaração Mundial sobre Educação Para Todos (Conferência de Jomtien). Tailândia: Unesco.
Pacheco, J., Eggertsdóttir, & R., Marinósson, G. L. (2007). Caminhos para a inclusão. Porto Alegre: Artmed.
Qureshi, S. (2018). Consequences of bullying on children with disabilities in regular schools. Centre for Disability Studies and Action School of Social Work Tata Institute of Social Sciences. Project of Master of Arts in Social Work in Disability Studies and Action Mumbai 2018. http://dspace.tiss.edu/jspui/handle/1/10911
Roth, G.; Kanat-Maymon, Y., & Bibi; U. (2010). Prevention of school bullying: The important role of autonomy-supportive teaching and internalization of pro-social values. British Journal of Educational Psychology, 1-13. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21199484
Salmivalli, C.; Kärnä, A., & Poskiparta, E. (2011). Counteracting bullying in Finland: The KiVa program and its effects on different forms of being bullied. International Journal of Behavioral Development, 35(5), 405-411. https://www.researchgate.net/publication/254110592_Counteracting_bullying_in_Finland_The_KiVa_program_and_its_effect_on_different_forms_of_being_bullied
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) (2019). Programas e Ações. Brasília: SECADI/MEC.
Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEDUC). (2020). Inova Educação: Formação. São Paulo: SEE, 2020. https://inova.educacao.sp.gov.br/formacao-edicoes-2020/
Sposito, M. P.(2001). Um breve balanço da pesquisa sobre violência escolar no Brasil. Educação e pesquisa, 27(1),87-99. https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-97022001000100007&script=sci_abstract&tlng=pt
Swearer, S.M.; Wang, C.; Maag, J.W.; Siebeckerl, A.B.; & Frierichs, L. J. (2012). Understanding the bullying dynamic among students in special and general educacion. Journal of school psychology, 50(4), 503-520. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22710018
The World Bank. (2018). Quase metade do mundo vive com menos de USD $5.50 por dia. Disponível em: https://www.worldbank.org/pt/news/press-release/2018/10/17/nearly-half-the-world-lives-on-less-than-550-a-day-brazilian-portuguese
UNESCO. (1994). Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. Brasília: CORDE. http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf
Copyright (c) 2022 Imagens da Educação

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na revista Imagens da Educação,ele não será submetido por mim ou pelos demais co-autores a outro periódico. Por meio deste instrumento, em meu nome e dos co-autores, cedo os direitos autorais do referido artigo à Revista e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº 9609, de 19/02/98).