O estado flow em jogadores jovens de basquetebol

  • Helder Zimmermann Oliveira Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Victor Fernandes Pinto Gomes Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Renato Miranda Universidade Federal de Juiz de Fora
Palavras-chave: Flow, basquetebol, psicologia do esporte.

Resumo

 A teoria do flow feeling auxilia na melhor compreensão do comportamento de algumas pessoas que realizam certas atividades com máximo desempenho e alto grau de motivação. Esta teoria é composta por nove dimensões/características. Com isso, o objetivo do presente estudo foi analisar qualitativamente o sentimento de flow em jogadores de basquetebol pertencentes às categorias de base. A amostra do estudo foi de 59 atletas de cinco diferentes equipes da região Sudeste, sendo duas dessas equipes consideradas de elite. Utilizou-se a entrevista semiestruturada e um questionário para coletar dados gerais sobre os atletas. Para avaliar as entrevistas utilizou-se o método de análise de conteúdo. Os resultados apontam que existem cinco dimensões mais frequentemente citadas pelos atletas (experiência autotélica; equilíbrio desafio-habilidade; objetivos claros; controle absoluto das ações e concentração intensa na tarefa). Há também outras três menos citadas (perda da noção do tempo; fusão entre ação e atenção e perda da autoconsciência). Alguns discursos apontaram para possível existência de um estado de flow da equipe.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Helder Zimmermann Oliveira, Universidade Federal de Juiz de Fora
Mestre em Educação Física pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Victor Fernandes Pinto Gomes, Universidade Federal de Juiz de Fora
Graduado em Psicologia pela Universidade Federal de Juiz de Fora
Renato Miranda, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professor Associado da Universidade Federal de Juiz de Fora na Faculdade de Educação Física e Desporto. Doutor em Educação Física pela Universidade Gama Filho.

Referências

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Bakker, A. B., Oerlemans, W., Demerouti, E., Slot, B. B., & Ali, D. K. (2011). Flow and performance: A study among talented Dutch soccer players. Psychology of Sport and Exercise, 12(4), 442-450.

Bernier, M., Thienot, E., Cordon, R., & Fournier, J. F. (2009). Mindfulness and acceptance approaches in sport performance. Journal of Clinical Sport Psychology, 25(4), 320.

Chavez, E. J. (2008). Flow in sport: A study of college athletes. Imagination, cognition and personality, 28(1), 69-91.

Csikszentmihalyi, M. (1975). Beyond boredom and anxiety. San Francisco: Josey-Bass.

Csikszentmihalyi, M. (1990). Flow: the psychology of optimal experience. New York:Happer Perennial.

De Rose Junior, D., Deschamps, S., & Korsakas, P. (1999). Situações causadoras de “stress” no basquetebol de alto rendimento: fatores competitivos. Revista Paulista de Educação Físca, 13(2), 217-229.

Deschamps, S. R. (2008). Treinamento psicológico e sua influência nos estados de humor e desempenho técnico de atletas de basquetebol. Tese de Doutorado, Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Gomes, S. S.(2010) Quando o jogo flui: uma investigação sobre a Teoria do Fluxo no voleibol. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação Física e Desporto, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2010.

Jackson, S. A., & Csikszentmihalyi, M. (1999). Flow in Sports: the keys to optimal experiences and performances. Champaing: Human Kinetics.

Jackson, S. A., & Marsh, H. W. (1996). Development and validation of a scale to meansure optimal experience: the flow state scale. Journal of Sport & Exercise Psychology, 18 (1), 17-35.

Jackson, S. A., & Roberts, G. C. (1992). Toward a conceptual understanding o peak performance. The Sport Psychologist, 156-171.

Kawabata, M., & Mallett, C.J. (2011). Flow experience in physical activity: Examination of the internal structure of flow from a process-related perspective. Motivational and Emotion, Springer.

Kawabata, M., Mallett, C. J., & Jackson, S. A. (2008). The Flow State Scale-2 and Dispositional Flow Scale-2: Examination of factorial validity and reliability for Japanese adults. Psychology of Sport and Exercise, 9, 465-485.

Koehn, S., & Morris, T. (2014). The effect of performance context and skill level on the frequency of flow experiences. European Journal of Sport Science, 14 (S1), 478-486.

Koehn, S., Morris, T., Watt, & A. P. (2013). Correlate of Dispositional and State Flow in Tennis Competition. Journal of Applied Sport Psychology, 25, 354-369.

López-Torres, M., Torregrosa, M., & Roca J. (2007). Caracteristicas del flow, ansiedad, y estado emocional, en la relacion con el rendimento de deportistas de elite. Cuadernos de psicologia del deporte, 7 (1), 25-44.

Massarela, F. L. (2008). Motivação intrínseca e o estado mental flow em corredores de rua. Dissertação de mestrado em Educação Física, Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.

Massarela, F. L., & Winterstein, P. J. (2009). A motivação intrínseca em e o estado mental flow em corredores de rua. Movimento, 15(2), 45-68.

Miranda, R., & Bara Filho, M. G. (2008) Construindo um atleta vencedor: Uma abordagem psicofísica do esporte. Porto Alegre: Artmed.

Murcia, J. A. M., Gimeno, E. C., & Coll, D. G. (2006). Motivácion autodeterminada y flujo disposicional en el deporte. Anales de Psicologia, 22 (2), 310-317.

Okasaki, V. H. A., Rodacki, A. L. F., Sarraf, T. A., Dezan, V. H., & OKAZAKI, F. H. A. (2004). Diagnóstico da especificidade técnica do basquetebol. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 12(4), 19-24.

Paes R. R., Montagner, P. C., & Ferreira, H. B. (2009). Pedagogia do Esporte: Iniciação ao treinamento de basquetebol. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Russel, W. D. (2002). An examination of flow occurrence in college athletes. Journal of Sport Behavior, 24(1), 83-107.

Sena Junior, A. W. (2012). Motivação e flow-feeling na corrida de rua. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação Física e Desporto, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2012.

Sugiyama, T., & Inomata, K. (2005). Qualitative examination of flow experience among top Japanese athletes. Perceptual and Motor Skills, 100,962-982.

Swan, C., Keegan, R. J., Piggott, D., & Crust, L. (2012). A systematic review of the experience, occurrence, and controllability of flow states in elite sport. Psychology of Sport and Exercise, 13, 807-819.

Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.

Vlachopoulos, S. P., Karageorghis, C. I., & Terry, P. C. (2000). Hierarchical confirmatory factor analysis of the Flow State Scale in an exercise setting. Journal of Sports Science, 18, 815-823.

Publicado
2015-01-01
Como Citar
Oliveira, H. Z., Gomes, V. F. P., & Miranda, R. (2015). O estado flow em jogadores jovens de basquetebol. Psicologia Em Estudo, 20(1), 95 - 106. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v20i1.25529
Seção
Artigos originais

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus