QUANDO AS MÃES FALAM: PERSPECTIVAS SOBRE OS PRIMEIROS SINAIS DE TEA
Resumo
Esta pesquisa teve como objetivo compreender percepções e vivências de mães que identificaram precocemente alterações no desenvolvimento de seus filhos e buscaram uma avaliação específica para suspeita de TEA. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com delineamento exploratório e de caráter retrospectivo. Participaram duas mães de crianças com características sugestivas ao TEA que realizaram uma avaliação em um Serviço-Escola de Psicologia de um município do interior do estado do Rio Grande do Sul. Para a produção dos dados foi utilizada uma entrevista semiestruturada. Com base nos resultados, o comprometimento na linguagem e na interação social foram as primeiras alterações percebidas pelas mães. Tanto os primeiros sinais quanto a avaliação e a busca pelo diagnóstico foram permeados de diferentes sentimentos, como de medo e de preocupação. As mães salientaram a importância da avaliação precoce para o desenvolvimento, considerando a evolução comportamental de seus filhos. Ainda, são discutidas as implicações dos resultados do estudo para intervenções com as crianças com TEA e com sua família.
Downloads
Referências
Brasil (2012). Cartilha Censo 2010: Pessoas com deficiência. Recuperado de http://www.unievangelica.edu.br/novo/img/nucleo/cartilha-censo-2010-pessoas-com-deficienciareduzido.pdf
Brasil (2012). Lei nº 12.761, de Dezembro de 2012. Recuperado em https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2012/lei-12761-27-dezembro-2012-774874-normaatualizada-pl.html
Brasil (2014). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo (TEA). Brasília, DF: Ministério da Saúde. Recuperado de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_reabilitacao_pessoa_autismo.pdf
Brasil (2015). Linha de cuidado para atenção às pessoas com transtorno do espectro do autismo e suas famílias na rede de atenção psicossocial do Sistema Único de Saúde. Brasília – DF, 1ªed.
Brasil. (2020). Tudo sobre a doença. Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#o-que-e-covid. Acesso em: 05 out. 2020.
Bosa, C. A. & Salles, J. F. (2018). PROTEA-R: Sistema de Avaliação da Suspeita de Transtorno do Espectro Autista. Ed. Vetor: São Paulo.
Bosa, C. A., & Zanon, R. B. (2016). Avaliação psicológica no Transtorno do Espectro Autista (pp. 308-322). In C. Hutz, C. Trentini, D. Bandeira, & J. Krug (Eds.). Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed.
Centers For Disease Control and Prevention (CDCP) (2018). Autism Spectrum Disorder (ASD). Retrieved from: https://www.cdc.gov/ncbddd/autism/data.html.
Christmann, M. et al (2017). Estresse materno e necessidade de cuidado dos filhos com TEA na perspectiva das mães. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, 17(2). Doi: http://dx.doi.org/10.5935/cadernosdisturbios.v17n2p8-17
Duarte, A. E. O. (2019). Aceitação dos pais para o Transtorno do Espectro Autista filho. Revista Internacional de apoyo a la Inclusións, Logopedia, Sociedad y Multiculturalidad, 5(2), 53-63. doi: https://dx.doi.org/10.17561/riai.v5.n2
Ferreira, M. et al. (2019). Repercussões do Diagnóstico de Síndrome de Down na Perspectiva Paterna. Psicologia Ciência e Profissão, 39. Doi: https://doi.org/10.1590/1982-3703003181365
Firmino, E. M. C. et al. (2018). Aceitação do Diagnóstico de Paralisia Cerebral e suas Implicações. Repositório de Artigos do Curso de Psicologia – Práticas em Psicologia/2018. Retrieved from: https://assets.unidep.edu.br/arquivos/old/artigos/psicologia-praticas-2018.pdf
Flick, U. (2009). Desenho da pesquisa qualitativa (R, C, Costa, Trad.). Porto Alegre: Artmed.
Maia, F. A. et al. (2016). Importância do acolhimento de pais que tiveram diagnóstico de transtorno de espectro do autismo de um filho. Cadernos Saúde Coletiva, 24 (2), 228-234. Doi: https://doi.org/10.1590/1414-462X201600020282.
Munayer, A. C. (2018). A causa autista: ativismo de pais autistas na internet. Dissertação apresentada ao curso de Mestrado em Estudos Culturais Contemporâneos da Universidade FUMEC, Belo Horizonte.
Paula S. C., Cunha R. G., Silva C. L., Teixeira V. T. C. M. (2017). Conceituação do Transtorno do Espectro Autista: Definição e epidemiologia In: C. A. Bosa; M. Teixeira (orgs.). Autismo: Avaliação Psicológica e Neuropsicológica. São Paulo: Hogrefe.
Pinto, R. N. M. et al. (2016). Autismo Infantil: impacto do diagnóstico e repercussões nas relações familiares. Revista Gaúcha de Enfermagem, 37(3).
Posar, A., & Visconti, P. (2020). Is it autism? Some suggestions for pediatricians. Turkish Archives of Pediatrics, 55(3), 229-235.
Reis, D. D. L. et al (2019). Perfil epidemiológico dos pacientes com Transtorno do Espectro Autista do Centro Especializado em Reabilitação. Pará Research Medical Journal, 3(1). Doi: http://dx.doi.org/10.4322/prmj.2019.015
Savall, A. C. R. et al. (2018). Avaliação diagnóstica interdisciplinar no Transtorno do Espectro Autista. Transtorno do Espectro Autista: do conceito ao processo terapêutico. In: Ana Carolina Rodrigues Savall, Marcelo Dias (Org.). São José/SC: FCEE.
Seimetz, G. D. (2018). Avaliação psicológica da criança com suspeita de Transtorno de Espectro Autista: desafios para o avaliador. Trabalho de Conclusão de Curso – Graduação em Psicologia. Retrieved from: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/193377/001091963.pdf?sequence=1
Selvakumar, N., & Panicker, A. S. (2020). Stress and coping styles in mothers of children with autism spectrum disorder. Indian Journal of Psychological Medicine, 42(3), 225-232.
Silva, A. C. F. et al. (2020). A importância do diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista. Psicologia & Conexões 1(1).
Sociedade Brasileira de Pedriatria – SBP (2019). Manual de Orientação. Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento. Transtorno do Espectro do Autismo. Recuperado de https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/21775c-MO_-_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo.pdf
Tomasello, M. (2003). Origens culturais da aquisição do conhecimento humano. (C, Berliner, Trans.). São Paulo: Martins Fontes (Original published in 1999).
Zanon, R. B., Backes, B. & Bosa, C. A. (2015). Diferenças conceituais entre resposta e iniciativa de atenção compartilhada. Revista Psicologia: Teoria e Prática, 17(2).
Zanon, R. B., Backes, B., & Bosa, C. A. (2017). Diagnóstico do autismo: relação entre fatores contextuais, familiares e da criança. Revista Psicologia: Teoria e Prática, 19(1), 152-163.
Zablotsky, B., Bradshaw, C. P. & Stuart, E. A. (2013). The association between mental health, stress, and coping supports in mother of children with autism spectrum disorders. Journal of Autism Developmental Disorder, 43, 1380–1393. doi: 10.1007/s10803.
Copyright (c) 2025 Psicologia em Estudo

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
As opiniões emitidas, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Ao submeterem o manuscrito ao Conselho Editorial de Psicologia em Estudo, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de não ter previamente publicado ou submetido o mesmo manuscrito por outro periódico. Em caso de autoria múltipla, o manuscrito deve vir acompanhado de autorização assinada por todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, podendo ser remixados e reaproveitados conforme prevê a licença Creative Commons CC-BY.
The opinions expressed are the sole responsibility of the author (s). When submitting the manuscript to the Editorial Board of Study Psychology, the author (s) assumes responsibility for not having previously published or submitted the same manuscript by another journal. In case of multiple authorship, the manuscript must be accompanied by an authorization signed by all authors. Articles accepted for publication become the property of the journal, and can be remixed and reused as provided for in theby a license Creative Commons CC-BY.