PHARMACOLOGICAL COGNITIVE ENHANCEMENT: CONTEMPORARY MOTIVATIONS
Abstract
The aim of this theoretical descriptive study was to analyze the main motivations for pharmacological cognitive enhancement in contemporary times through the dialogue with authors who investigated some phenomena of the so-called post-modernity, such as Deleuze (1992), Foucault (2000), Bauman (2001) and Han (2015), in addition to authors of the psychoanalytic field (Bezerra Júnior, 2010; Ferraz, 2014; Birman, 2014) that criticize the issue of medicalization of education and its consequences. It was found that, currently, the search for pharmacological cognitive enhancement is closely linked to the lifestyle and society built in the last decades. Regardless of the name given to the historical moment the society is, it is increasingly difficult to deal with reality and, in this context, the pharmacological cognitive enhancement is revealed as one of the facets of the recent phenomenon known as ‘psychiatrization of normality’. As a result, it is also noted that the non-medical and indiscriminate use of drugs to boost brainpower has become a common practice among college students; for this reason, it is not merely an educational issue that may interfere with the teaching-learning process, but also a public health problem. It is concluded that this phenomenon raises, in today’s society, challenges of different orders, which is why it deserves special attention from the scientific community.
Downloads
References
Affonso, R. S., Lima, K. S., Oyama, Y. M. O., Deuner, M. C., Garcia, D. R.; Barboza, L. L., & França, T. C. C. (2016). O uso indiscriminado do cloridrato de metilfenidato como estimulante por estudantes da área da saúde da Faculdade Anhanguera de Brasília (FAB). Infarma-Ciências Farmacêuticas, 28(3), 166-172. DOI: 10.14450/2318-9312.v28.e3.a2016.pp166-172
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2012). Prescrição e consumo de metilfenidato no Brasil: identificando riscos para o monitoramento e controle sanitário. Boletim de Farmacoepidemiologia do SNGPC, 2(2), 1-14. Recuperado em 10 janeiro, 2019 de https://docplayer.com.br/3953312-Prescricao-e-consumo-de-metilfenidato-no-brasil-identificando-riscos-para-o-monitoramento-e-controle-sanitario.html
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2014). Metilfenidato no tratamento de crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde (BRATS 23). Recuperado em 6 janeiro, 2019, de http://portal.anvisa.gov.br/documents/33884/412285/Boletim+Brasileiro+de+Avalia%C3%A7%C3%A3o+de+Tecnologias+em+Sa%C3%BAde+%28BRATS%29+n%C2%BA+23/fd71b822-8c86-477a-9f9d-ac0c1d8b0187?version=1.1
Araújo, M. (2017). Próteses na cultura do período entreguerras: uma investigação sobre as origens do debate filosófico sobre “aprimoramento humano”. Prometeus Filosofia Em Revista, 10(23), 267-298. Recuperado em 6 janeiro, 2019, de https://seer.ufs.br/index.php/prometeus/article/view/6518/5396
Associação Psiquiátrica Americana. (2014). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-5. (5a ed.). Porto Alegre: Artmed.
Barros, D., & Ortega, F. (2011). Metilfenidato e aprimoramento cognitivo farmacológico. Saúde e Sociedade, 20(2), 350-362. DOI:10.1590/S0104-12902011000200008
Batistela, S., Bueno, O. F. A., Vaz, L. J., & Galduroz, J. C. F. (2016). Methylphenidate as a cognitive enhancer in healthy young people. Dementia & Neuropsychologia, 10(2), 134-142. DOI: 10.1590/S1980-5764-2016DN1002009
Bauman, Z. (1998). O mal-estar na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Zahar.
Bauman, Z. (2001). Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Zahar.
Bauman, Z. (2016). Babel: entre a incerteza e a esperança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Bezerra Júnior, B. (2002). O ocaso da interioridade e suas repercussões sobre a clínica. In C. A. Plastino (Org.). Transgressões (pp. 229-239). Rio de Janeiro: Contracapa.
Bezerra Júnior, B. (2010). A psiquiatria e a gestão tecnológica do bem-estar. In J. Freire Filho (Org.). Ser feliz hoje: reflexões sobre o imperativo da felicidade (pp. 117-134). Rio de Janeiro: FGV.
Birman, J. (2014). Drogas, performance e psiquiatrização na contemporaneidade. Ágora, 17, 23-37. DOI: 10.1590/S1516-14982014000300003
Camargo Júnior, K. R. (2013). Medicalização, farmacologização e imperialismo sanitário. Cadernos de Saúde Pública, 29(5), 844-846. DOI: 10.1590/S0102-311X2013000500002
Carvalho, T. R. F., Brant, L. C., & Melo, M. B. (2014). Exigências de produtividade na escola e no trabalho e o consumo de metilfenidato. Educação & Sociedade, 35(127), 587-604. DOI: 10.1590/S0101-73302014000200014
Chatterjee, A. (2004). Cosmetic neurology: the controversy over enhancing movement, mentation, and mood. Neurology, 63(6), 968-974. DOI: 10.1212/01.WNL.0000138438.88589.7C
Dal Pizzol, T. S., Branco, M. M. N., Carvalho, R. M. A., Pasqualotti, A., Maciel, E. N., & Migott, A. M. B. (2006). Uso não-médico de medicamentos psicoativos entre escolares do ensino fundamental e médio no Sul do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 22(1), 109-115. DOI: 10.1590/S0102-311X2006000100012
Deleuze, G. (1992). Conversações. São Paulo: Editora 34.
Ehrenberg, A. (2010). O culto da performance: da aventura empreendedora à depressão nervosa. Aparecida, SP: Ideias & Letras.
Elias, N. (1990). O processo civilizador: uma história dos costumes (Vol. 1). Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Ferraz, M. C. F. (2014). Avaliação e performance: a era do homem avaliado. Anais do XXIII Encontro Anual da Compós, Belém, PA, Brasil.
Finger, G., Silva, E. R., & Falavigna, A. (2013). Uso de metilfenidato entre estudantes de medicina: revisão sistemática. Revista da Associação Médica Brasileira, 59(3), 285-289. DOI: 10.1016/j.ramb.2012.10.007
Foucault, M. (2000). Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes.
Frances, A. (2016). Voltando ao normal: como o excesso de diagnóstico e a medicalização da vida estão acabando com a nossa sanidade e o que pode ser feito para retomarmos o controle. Rio de Janeiro: Versal.
Freese, L., Signor, L., Machado, C., Ferigolo, M., & Barros, H. M. T. (2012). Non-medical use of methylphenidate: a review. Trends Psychiatry Psychother, 34(2), 110-115. DOI: 10.1590/S2237-60892012000200010
Giannini, J. (2004). The case for cosmetic psychiatry: treatment without diagnosis. Psychiatric Times, 21(7), 1-2.
Gil, J. (2013). Em busca da identidade: o desnorte. Lisboa: Relógio d’Água.
Gonçalves, C. S. , & Pedro, R. M. L. R. (2018). “Drogas da Inteligência?”: Cartografando as controvérsias do consumo da Ritalina® para o aprimoramento cognitivo. Psicología, Conocimiento y Sociedad, 8(2), 71-94. DOI: 10.26864/pcs.v8.n2.5
Greely, H., Sahakian, B., Harris, J., Kessler, R. C., Gazzaniga, M., Campbell, P., & Farah, M. J. (2008). Towards responsible use of cognitive-enhancing drugs by the healthy. Nature, 456, 702-705. DOI: 10.1038/456702a
Han, B. (2015). Sociedade do cansaço. Petrópolis: Vozes.
Jorge, M. F. (2014). Desempenho tarja preta: medicalização da vida e espírito empresarial na sociedade contemporânea. Dissertação de mestrado, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.
Leonard, A. (2011). A história das coisas: da natureza ao lixo, o que acontece com tudo que consumimos. Rio de Janeiro: Zahar.
Machado, L. C., & Toma, M. (2016). Qual a verdadeira função do metilfenidato na memória de indivíduos saudáveis? Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, 13(30), 126-130.
Organização Mundial da Saúde (2017). OMS registra aumento de casos de depressão em todo o mundo; no Brasil são 11,5 milhões de pessoas. Recuperado em 6 janeiro, 2019, de
Pasquini, N. C. (2013). Uso de metilfenidato por estudantes universitários com intuito de “turbinar” o cérebro. Revista Brasileira de Biologia e Farmácia, 9(2), 107-113.
Pasquini, N. C. (2015). Fármacos para turbinar o cérebro, uso por quem pretende entrar na Universidade. Revista Eletrônica de Farmácia, 12(3), 36-42.
Copyright (c) 2020 Psicologia em Estudo

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
As opiniões emitidas, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Ao submeterem o manuscrito ao Conselho Editorial de Psicologia em Estudo, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de não ter previamente publicado ou submetido o mesmo manuscrito por outro periódico. Em caso de autoria múltipla, o manuscrito deve vir acompanhado de autorização assinada por todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, podendo ser remixados e reaproveitados conforme prevê a licença Creative Commons CC-BY.
The opinions expressed are the sole responsibility of the author (s). When submitting the manuscript to the Editorial Board of Study Psychology, the author (s) assumes responsibility for not having previously published or submitted the same manuscript by another journal. In case of multiple authorship, the manuscript must be accompanied by an authorization signed by all authors. Articles accepted for publication become the property of the journal, and can be remixed and reused as provided for in theby a license Creative Commons CC-BY.