LISTENING TO HIDDEN CULTURAL ASPECTS: RACISM AND SUSPICIONS WITHIN A SCHOOL COMMUNITY
Abstract
This article addresses some effects of a political-clinical psychoanalytic intervention implemented at a public school in Sao Paulo. Focusgroupconversations held with adolescents enabled us to watch and listen to a repeatedly returned scene, which allowed us to assume a social “unsaid” about students, their mothersand their family settings. Embracing the indications of Freud, Lacan, Benjamin and Gagnebin, we consider that which looms over these mothers as an enduring pastunreconciled with the present, thereby causing a social and symbolic contiguity of the master’s slave girl to today’s black women. The social imaginary of these women points to a conception of servitude and sexually available body which, despite the many historical changes and female conquests, still remains and is transmitted in the underground of our culture.Replacing both the speeches and the acts of the students and of their mothers, as laden with meaning and enrolled in a political and libidinal discursive network, allows us to rediscover the power and resilience of these subjects. It is fundamental to discern between a subject placed in the place of rest in the social discourse, and a subjectivation of the lack, since while the latter is what promotes the desire, the former is what violates and silences the subject.Downloads
References
Referências
Alemán, J. (2013). Conjeturas sobre una izquierda lacaniana. Buenos Aires: Grama ediciones.
Azanha, J. (1995) Educação: temas polêmicos. São Paulo: Martins Fontes.
Benjamin, W. (2014). Sobre o conceito de história: magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. (S.P.Rouanet, Trad.). In W. Benjamin Obras Escolhidas I (pp.241-271). São Paulo: Brasiliense. (Original publicado em 1940).
Bourdieu, P., &Passeron, J. C. (1975). A reprodução: elementos para uma teoria do sistema de ensino. (R.Bairão, Trad.). Rio de Janeiro: Francisco Alves.
Braga, A. P. M.; Carmo, V. C. S.; Rosa, M. D. (2013) Entre conversas e descobertas dispositivos de intervenção diante das urgências de uma escola de São Paulo. Revista da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, (41-42)54-70.
Brites, J.& Fonseca, C. (2013). As metamorfoses de um movimento social: Mães de vítimas de violência no Brasil. Análise Social, (209), 858-877. Recuperado em 25 de junho de 2015 de http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0003-25732013000400005&lng=pt&tlng=pt.
Castoriadis, C. (1998). Lo imaginario: la creación en el dominio historicosocial. In C. Castoriadis (Org.), Los dominios del hombre: las encrucijadas del laberinto (pp.64-67). Barcelona: Gedisa.
Fonseca, C. (2000). Mãe é uma só? Reflexões em torno de alguns casos brasileiros. Revista Psicologia USP 13(2) 49-68.
Freud, S. (2010). Sobre a sexualidade feminina. In Paulo César de Souza (Coord. e Trad. Obras Completas (Vol.18, pp.371-398). São Paulo: Companhia das Letras.(Original publicado em 1931).
Freud, S. (2015) Recordar, repetir e elaborar. In Paulo César de Souza (Coord. e Trad.)Obras Completas (Vol.10, pp.193-209). São Paulo: Companhia das Letras.(Original publicado em 1914).
Gagnebin J. M. (2012). Walter Benjamin ou a história aberta. In W. Benjamin (Org), Magia e técnica: arte e política (Prefácio). (S. P. Rouanet, Trad.) São Paulo: Brasiliense.
Gagnebin, J. M. (2015). Entrevista. Ipseitas: Revista da Pós-Graduação da UFSCar. 1(1) 8- 20.
Gonçalves Filho, J.M.; Sader. E., & Koltai.C.(2012).África: um continente sem história. São Paulo: CCBB
Lacan, J. (1985). O seminário: Livro 2. O Eu na teoria de Freud e na técnica da Psicanálise.(M.D.Magno, Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Seminário proferido em 1954-55).
Lacan, J. (1994). O seminário: Livro 17: O avesso da psicanálise. (M.D. Magno, Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Seminárioproferidoem 1969-70).
Lacan, J. (1985). O seminário:Livro 20: Mais ainda. 2ª ed. corrigida. (M.D.Magno, Trad.).Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Seminário proferido em 1972-73).
Musatti-Braga, A.P. (2015). Os muitos nomes de Silvana: contribuições clínico-políticas da psicanálise sobre mulheres negras. Tese de Doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo.
Noguchi, N.F.C. (2011). Seguro na Febem SP: um olhar para as relações de poder em Unidades de Privação de Liberdade. Rev. Bras. Adolescências e Conflitualidade, (5) 88:111.
Pujó, M.E. (2000). Trauma y desamparo. El Psicoanálisis y el Hospital, (17) 20:29. Recuperado em 13 de março de 2015 de:http://www.vivilibros.com/excesos/06-a-06.htm.
Rego, W. L. &Pinzani, A. (2013) Vozes do Bolsa Família: autonomia, dinheiro e cidadania. São Paulo: Editora Unesp.
Rosa, M.D.(2016). A clínica em face da dimensão sociopolítica do sofrimento. São Paulo: Ed. Pulsional.
Sarti, C. (1985)É sina que a gente traz (ser mulher na periferia urbana). São Paulo. Dissertação de Mestrado.Departamento de Ciências Sociais, FFLCH/USP.
Schwarcz, L.M. (2014). Nem preto, nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na sociedade brasileira. São Paulo: Claro Enigma.
Segato, R.L. (2005). Raça é signo. Brasília: Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília.
Slenes, R. W. (2013) Na senzala uma flor: esperanças e recordações na formação da família escrava. 2ª ed. Campinas: Editora Unicamp.
Souza, F.F.de (2012). Escravas do lar: as mulheres negras e o trabalho doméstico na corte imperial. In G.Xavier, J.B. Farias & F. Gomes (Orgs.), Mulheres negras no Brasil escravista e do pós-emancipação (pp.244-259). São Paulo: Selo Negro/Summus Editorial.
Vicentin, M. C.(2016) Criançar o descriançável. In São Paulo (SP), Secretaria Municipal de Educação, Coordenadoria Pedagógica. Núcleo de Apoio e Acompanhamento da Aprendizagem Caderno de debates do NAAPA: questões do cotidiano escolar. São Paulo: SME/COPED.
As opiniões emitidas, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Ao submeterem o manuscrito ao Conselho Editorial de Psicologia em Estudo, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de não ter previamente publicado ou submetido o mesmo manuscrito por outro periódico. Em caso de autoria múltipla, o manuscrito deve vir acompanhado de autorização assinada por todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, podendo ser remixados e reaproveitados conforme prevê a licença Creative Commons CC-BY.
The opinions expressed are the sole responsibility of the author (s). When submitting the manuscript to the Editorial Board of Study Psychology, the author (s) assumes responsibility for not having previously published or submitted the same manuscript by another journal. In case of multiple authorship, the manuscript must be accompanied by an authorization signed by all authors. Articles accepted for publication become the property of the journal, and can be remixed and reused as provided for in theby a license Creative Commons CC-BY.