OS ARGUMENTOS PSICOLÓGICOS EM “A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS” DE THOMAS KUHN

Résumé

O papel e o reconhecimento da psicologia no campo da epistemologia sempre foi vetor de diversas controvérsias. Dentre autores que a rejeitaram e outros que a elegeram como elemento importante, destacamos o historiador e filósofo das ciências, Thomas Kuhn. Neste artigo listaremos os diversos argumentos e todas as teorias psicológicas citadas pelo epistemólogo no decorrer de sua obra mais influente: A estrutura das revoluções científicas. A forma como Kuhn utiliza o saber psicológico nos revela como suas proposições sobre a construção científica resgatam o valor epistemológico da psicologia, pois, ao descrever os processos inerentes a uma revolução científica, o enfoque sociológico e histórico foi invariavelmente complementado pelo campo psi. Assim, para explicar a atual conformação e engendramento das “ciências duras”, deu-se como necessário o recurso às “ciências brandas”. Diante desta aparente contradição, partiremos da situação em que críticas a um suposto subjetivismo de Kuhn envolvem a psicologia, para compreender como o autor a emprega no que ele denominou de “psicologia da investigação científica”. Consequentemente, responderemos questões decorrentes desta utilização, como o estatuto da cientificidade da psicologia dentro de suas próprias teorias e a legitimidade desta como ferramenta epistemológica.

Téléchargements

Les données sur le téléchargement ne sont pas encore disponible.

Biographie de l'auteur

Emerson Albino Souza, Universidade Federal de São João del-Rei
Mestrando em Psicologia Social pela Universidade Federal de São João del-Rei

Références

Assis, J.P. (1993). Kuhn e as Ciências Sociais. Estudos Avançados, 7(19), 133-164.

Bruner, J.S. & Postman, L. (1949). On the Perception of Incongruity: a paradigma. Journal of Personality, XVIII, 206-223.

Bruner, J.S. & Postman, L.; Rodrigues, J. (1950). Expectation and the Perception of color. American Journal of Psychology, LXIV, 216-227.

Brunetti, J. (2013). Thomas Kuhn: ¿Epistemólogo o psicólogo de la ciencia? Revista iberoamericana de ciencia tecnología y sociedade, 22(8), 191-212.

Brunetti, J. & Ormart, E.B. (2010). El Lugar de la Psicologia em la Epistemologia de Kuhn: la possibilidad de una psicologia de lainvestigación científica. Cinta Moebio, 38, 110-121.

Chalmers, A.F. (1993). O que é a Ciência Afinal? São Paulo: Brasiliense.

Garcia, R. & Piaget, J. (2011). Psicogênese e História das Ciências. Petrópolis, RJ: Vozes.

Hadamard, J. (1954). An Essay on the Psychology of Invention in the Mathematical Field. New York: Dover.

Jastrow, J. (2007). Fact and Fable in Psychology. Whitefish, MT: Kessinger.

Koffka, K. (1975). Princípios de Psicologia da Gestalt. São Paulo: Cultrix.

Kuhn, T.S. (1989a). Reconsiderações acerca dos Paradigmas. In A Tensão Essencial (pp. 353-382). São Paulo: UNESP.

Kuhn, T.S. (1989b). Uma Função para as Experiências Mentais. In A Tensão Essencial (pp. 293-321). São Paulo: UNESP.

Kuhn, T.S. (1989c). A Tensão Essencial: tradição e invenção na investigação científica. In A Tensão Essencial (pp. 275-291). São Paulo: UNESP.

Kuhn, T.S. (2007). A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva.

Piaget, J. (1970). The Child’s Conception of Movementand Speed. New York: Basic Books.

Piaget, J. (2001). The Child’s Conception of Physicalcausality. Piscataway, NJ: Transaction.

Poincaré, J.H. (2014). The Foundations of Science: Science and Hypothesis, The Value of Science, Science and Method. New York: The Science.

Polanyi, M. (1974). Personal Knowledge: towards a post-critical philosopy. Chicago: University Chicago.

Scheffler, I. (1982). Science and Subjectivity (2nd ed.). Indianápolis, IN: Hackett.

Wallas, G. (2014). The Art of Thought. Inglaterra: Solis Press.

Publiée
2018-09-10
Comment citer
Souza, E. A., & Melo, W. (2018). OS ARGUMENTOS PSICOLÓGICOS EM “A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS” DE THOMAS KUHN. Psicologia Em Estudo, 23. https://doi.org/10.4025/psicolestud.v23i0.40479
Rubrique
Artigos originais

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.3
2019CiteScore
 
 
7th percentile
Powered by  Scopus