MEDICALIZATION OF CHILDHOOD, SCHOOL FAILURE AND “CONSELHO TUTELAR”: A CULTURAL-HISTORICAL ANALYSIS
Abstract
The present article approach the context of the medicalization of childhood in light of Cultural-Historical Psychology and as a method of analysis the Dialectic Historical Materialism. The objective of the research was to explore the complaints of a medical nature from schools that are referred to Conselho Tutelar and what plan of action is in this institution. The outlining of the research was qualitative in character and data was obtained through semi-structured interviews carried out with officials of three Conselhos Tutelares located in the west of Paraná. We observed that Conselho Tutelar is used as a school support instrument to board students who exhibit behavior perceived as inappropriate, the school, instead of looking for professionals of their own education, forwards them to a rights guarantee body. We perceived that the reasoning present in this organization comes from bourgeois medicine with totally biological support which results in the blaming of children, teenagers and their families members due to the failures of the school. We conclude that the solution found by the officials is to refer these children and teenagers to the medical specialist in order to medicalize the student, without questioning the biologizing medical logic, waiting for an immediate result.
Downloads
References
Beltrame, M. M. & Boarini, M. L. (2013, 08 de Fevereiro). Saúde Mental e Infância: Reflexões Sobre a Demanda Escolar de um Capsi. Psicologia ciência e profissão. Volume (33) pp. 336-349.
Bett, G. C. (2017). A queixa escolar e o Conselho Tutelar: percurso dos encaminhamentos da escola para o Sistema de Garantia de Direitos. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR, Brasil.
Boarini, M. L. & Borges. R. F. (1998). Demanda infantil por serviços de saúde mental: sinal de crise. Estudos de Psicologia. Volume ((3)1)) pp. 83-108.
Boarini, M. L. (org.) (2012). Higiene mental: ideias que atravessaram o século XX. Maringá: Eduem.
Brasil. (2018). Uso de Medicamentos e Medicalização da Vida: recomendações e estratégias. 1a ed. Brasília: Ministério da Saúde: Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos.
Facci, M. G. D., Silva, S. M. C. & Ribeiro, M. J. L.(2012). Medicalização na escola e fracasso escolar: novamente é culpa do aluno? In: Facci, M. G. D., Meira, M. E. M. & Tuleski, S. C. A exclusão dos “incluídos”:uma crítica da Psicologia da Educação à patologização e medicalização dos processos educativos. 2a. ed. Maringá: Eduem.
Faggion, M. O. (2018). Psicologia e Eugenia: percursos da história. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR, Brasil.
Konder, L. (2000). O que é a dialética. São Paulo: Brasiliense.
Lei número 8.069, de 13 de julho de 1990 (1990). Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF: .
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira – LDB. Lei n. 9.394/1996 (1996). Diário Oficial da União. Brasília, DF: .
Leontiev. A. (1978). O homem e a cultura. In. Leontiev, A. (1978). O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Horizonte.
Martins, L. M. (2011). O desenvolvimento do psiquismo e a educação escolar: contribuições à luz da psicologia histórico cultural e da pedagogia histórico-crítica. Tese apresentada ao concurso público para obtenção de título de Livre-Docente em Psicologia da Educação, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Bauru, SP, Brasil.
Martins, M. S. C. (2011). A participação da família na escola higienizada. Maringá: Eduem.
Meira, M. E. M. (2012). Incluir para continuar excluindo: a produção da exclusão na educação brasileira à luz da psicologia histórico-cultural. In: Facci, M. G. D., Meira, M. E. M. & Tuleski, S. C. A exclusão dos “incluídos”:uma crítica da Psicologia da Educação à patologização e medicalização dos processos educativos. 2a. ed. Maringá: Eduem.
Moura, R. H. (2012). O encontro histórico entre família e programa de saúde pública. In. Boarini, M. L. (org.). Higiene mental: ideias que atravessaram o século XX. Maringá: Eduem.
Nascimento, Maria Lívia do. (2016). Proteção e negligência: Pacificando a vida de crianças e adolescentes. Rio de Janeiro: Editora e Papeis Nova Aliança.
Patto. M. H. S. (1999). A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Rossato. S. P. M., Constantino. E. P. & Leonardo. N. S. T. (2017). Medicalização da diferença: O Processo de escolarização como um problema de saúde. Maringá: Eduem.
Silva, V. G; Leonardo, N. S. T.. (2012). Psicologia Histórico-Cultural e o desenvolvimento psíquico infantil: compreendendo o processo de escolarização e a queixa escolar. In. Leonardo, N. S. T., Leal, Z. F. R. G., Rossato, S. P. M. (Org.). Psicologia Histórico-Cultural e o desenvolvimento psíquico infantil: compreendendo o processo de escolarização e a queixa escolar. 1a ed. Maringá: Eduem.
Suzuki, M. A., Leonardo, N. S. T. & Leal, Z. F. R. G. (2017). A medicalização da educação: reflexões para a compreensão e enfrentamento desse fenômeno. Maringá: Eduem.
Tuleski. S. C. (2008). A construção de uma Psicologia Marxista. 2a ed. Maringá: Eduem.
Vigotski, L. S. (2007). A formação Social da Mente. 7a ed. São Paulo: Martins Fontes.
Vigotski, L. S. (2018). Quarta aula: a questão do meio na pedologia. In: Vigotski, L. S. Sete aulas de L. S. Vigotski sobre os fundamentos da pedologia. (Prestes, Z. & Tunes, E. Trad.). 1a ed. Rio de Janeiro : E-Papers.
Vygotski, L. S. (1931). Obras escogidas III: problemas del desarrollo de la psique. Tomo III. Madrid: Visor.
Vygotski, L. S., Luria. A. R. (1996). Estudos sobre a história do comportamento: símios, homem primitivo e criança. Porto Alegre: Artes Médicas.
Copyright (c) 2024 Psicologia em Estudo

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
As opiniões emitidas, são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). Ao submeterem o manuscrito ao Conselho Editorial de Psicologia em Estudo, o(s) autor(es) assume(m) a responsabilidade de não ter previamente publicado ou submetido o mesmo manuscrito por outro periódico. Em caso de autoria múltipla, o manuscrito deve vir acompanhado de autorização assinada por todos os autores. Artigos aceitos para publicação passam a ser propriedade da revista, podendo ser remixados e reaproveitados conforme prevê a licença Creative Commons CC-BY.
The opinions expressed are the sole responsibility of the author (s). When submitting the manuscript to the Editorial Board of Study Psychology, the author (s) assumes responsibility for not having previously published or submitted the same manuscript by another journal. In case of multiple authorship, the manuscript must be accompanied by an authorization signed by all authors. Articles accepted for publication become the property of the journal, and can be remixed and reused as provided for in theby a license Creative Commons CC-BY.