A quebrada educa a gente: Juventudes periféricas, vínculos e pedagogias da resistência
Resumo
Este artigo analisa experiências educativas desenvolvidas com adolescentes e jovens em territórios periféricos de Belo Horizonte (2013–2017), no âmbito do Projovem Adolescente. Ancorado em metodologias participativas e numa perspectiva crítica da educação popular, o estudo compreende a socialização juvenil nas periferias como um espaço de aprendizagens marcadas por afetos, vínculos e resistência. O protagonismo juvenil é elemento central na análise das práticas desenvolvidas, especialmente nos processos formativos mediados por coletivos juvenis e ações territoriais. A convivência é abordada como eixo pedagógico estruturante, em articulação com políticas públicas de juventude e os desafios enfrentados pelas instituições comunitárias na efetivação de práticas emancipatórias. Os resultados revelam a potência de experiências que reconhecem os jovens como sujeitos políticos e produtores de saberes em suas realidades concretas.
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