<b>Homofobia e (re)produção da(s) diferença(s): ações conjugadas no plural no contexto escolar

Resumen

Falar em identidade(s) na contemporaneidade exige cautela, uma vez que as velhas matrizes que por tanto tempo estabilizaram o mundo social estão em declínio, fazendo surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno ao caráter constitutivo da(s) diferenças. Exposto desta forma, fica evidente que identidade(s) e diferença(s) possuem estreita relação de interdependência, porém tal positividade tende a esconder processos de negativação ao assumir uma norma como verdadeira. Nesse viés, a assunção de matrizes identitárias heteronormativas tende a imputar sanções àqueles/ as, em descumprimento aos processos colonizadores, e essa ação não ocorre de maneira pacífica, sendo que a violência por ela manifesta adquire contornos dramáticos quando visibilizada no ambiente escolar, ao ganhar reforços pela ausência de estratégias e na extensa cadeia de negação e invisibilidades impostas a alunos/as. Ancorados/as nos Estudos Culturais, pretendemos evidenciar a constituição da(s) identidade(s) e (re)produção da(s) diferença(s) manifesta(s) no contexto escolar como sendo um recorte de um amplo estudo para a elaboração dissertativa exigida como critério para a obtenção do título de mestre. Em atendimento ao nosso propósito, faremos uso de referências sobre o tema em questão. Observamos que é empírica a necessidade de se pensar cotidianamente em estratégias e políticas de combate e enfrentamento às diversas formas de assédio e opressão a que são submetidas pessoas não heteronormatizadas na sociedade brasileira e, nesse embate, a escola tem papel de destaque no reconhecimento e valoração de direitos e deveres.