PHARMACOLOGICAL COGNITIVE ENHANCEMENT
REFLECTIONS ABOUT THE CIVIL LIABILITY OF PHYSICIANS REGARDING THE INDISCRIMINATE MEDICAL PRESCRIPTION OF PSYCHODRUGS
Abstract
The objective of this article is to investigate and discuss the social representations of college professors about pharmacological cognitive enhancement and the ethical implications and civil, criminal and administrative responsibilities related to the indiscriminate prescription of medicines by health professionals. Therefore, the study adopted a quantitative exploratory research design, which was carried out with 207 professors from a private university of a city in the Northwest of Paraná. For the data collection, two questionnaires were applied: a socio-demographic one and another about pharmacological cognitive enhancement, made up of questions based on the Likert scale. The Social Representations theory was used as a theoretical-methodological reference. The results reveal that the participants of the research have little knowledge about the efficiency of medicines that aim at pharmacological cognitive enhancement and agree that such practice tends to be increasingly more used, conceiving it as an unavoidable phenomenon. It was concluded that the pharmacological cognitive enhancement is a controversial topic of great relevance for education and public health, reason why it is considered important to develop more research on the theme.
Downloads
Metrics
References
Anvisa. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Prescrição e consumo de metilfenidato no Brasil: identificando riscos para o monitoramento e controle sanitário. (2012). Boletim de Farmacoepidemiologia do SNGPC, v. 2, n. 2. Recuperado de: http://www.anvisa.gov.br/sngpc/boletins/2012/boletim_sngpc_2_2012_corrigido_2.pdf
Anvisa. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2014). Metilfenidato no tratamento de crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. BRATS. Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde, v. 7, n. 23. Recuperado de: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33884/412285/Boletim+Brasileiro+de+Avalia%C3%A7%C3%A3o+de+Tecnologias+em+Sa%C3%BAde+%28BRATS%29+n%C2%BA+23/fd71b822-8c86-477a-9f9d-ac0c1d8b0187
Araújo, M. (2017). Próteses na cultura do período entreguerras: uma investigação sobre as origens do debate filosófico sobre “aprimoramento humano”. Prometeu Filosofia, v. 10, n. 23, p. 267-298. Recuperado de: https://seer.ufs.br/index.php/prometeus/article/view/6518/5396
Barros, D. & Ortega, F. (2011). Metilfenidato e aprimoramento cognitivo farmacológico. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 350-362. Recuperado de: http://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29796/31678
Batistela, S., Bueno, O. F. A., Vaz, L. J. & Galduroz, J. C. F. (2016). Methylphenidate as a cognitive enhancer in healthy young people. Dement Neuropsychol, v. 10, n. 2, p. 134-142. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/dn/v10n2/1980-5764-dn-10-02-00134.pdf
Bauman, Z. (2007). Vida líquida. Rio de Janeiro: Zahar.
Bezerra Júnior, B. (2010). A psiquiatria e a gestão tecnológica do bem-estar. In: Freire-Filho, J. (Ed.). Ser feliz hoje: reflexões sobre o imperativo da felicidade. Rio de Janeiro: FGV. p. 117-134.
Birman, J. (2014). Drogas, performance e psiquiatrização na contemporaneidade. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica, Rio de Janeiro, v. 17, n. spe, p. 23-37. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/agora/v17nspe/03.pdf
Brasil. (1957). Lei nº 3.268, de 30 de dezembro de 1957. Dispõe sobre os Conselhos de Medicina, e dá outras providências. Rio de Janeiro, RJ: Presidência da República. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l3268.htm
Brasil. (1990). Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República. Recuperado de: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078compilado.htm
Brasil. (2002). Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, DF: Presidência da República. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm
Camargo Júnior, K. R. (2013). Medicalização, farmacologização e imperialismo sanitário. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 5, p. 844-846. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/csp/v29n5/02.pdf
Carneiro, S. G., Prado, A. S. T., Araujo, E. C. J., Moura, H. C., Strapasson, J. F., Rabelo, N. F. & Ribeiro, T. T. (2013). O uso não prescrito de metilfenidato entre acadêmicos de Medicina. Cadernos UniFOA, v. 8, n. 1, p. 53-59, (Esp.). Recuperado de: http://revistas.unifoa.edu.br/index.php/cadernos/article/view/87/0
Carvalho, T. R. F., Brant, L. C. & Melo, M. B. de. (2014). Exigências de produtividade na escola e no trabalho e o consumo de metilfenidato. Educação & Sociedade, Campinas, v. 35, n. 127, p. 587-604. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/es/v35n127/v35n127a14.pdf
Chatterjee, A. (2004). Cosmetic neurology: the controversy over enhancing movement, mentation, and mood. Neurology, St. Paul, v. 63, n. 6, p. 968-974.
Cruz, T. C. S. C., Barreto Junior, E. P. S., Gama, M. L. M., Maia, L. C. M., Melo Filho, M. J. X., Manganotti Neto, O. & Coutinho, D. M. (2011). Uso não prescrito de metilfenidato entre estudantes de medicina da UFBA. Gazeta Médica da Bahia, v. 81, n.1, p. 3-6, Recuperado de: http://www.gmbahia.ufba.br/index.php/gmbahia/article/viewFile/1148/1082
Dal Pizzol, T. S., Branco, M. M. N., Carvalho, R. M. A., Pasqualotti, A., Maciel, E. N. & Migott, A. M. B. (2006). Uso não-médico de medicamentos psicoativos entre escolares do ensino fundamental e médio no Sul do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p. 109-115, jan. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/csp/v22n1/12.pdf
Ehrenberg, A. (2010). O culto da performance: da aventura empreendedora à depressão nervosa. Aparecida, SP: Ideias & Letras.
Ferraz, M. C. F. (2014). Avaliação e performance: a era do homem avaliado. In: Encontro Anual da Compós, 23., 2014, Belém. Anais... São Belém: UFPA, p. 1-14. Recuperado de: http://compos.org.br/encontro2014/anais/Docs/GT06_COMUNICACAO_E_SOCIABILIDADE/compos2014formatado_2182.pdf
Finger, G., Silva, E. R. & Falavigna, A. (2013). Use of methylphenidate among medical students: a systematic review. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 59, n. 3, p. 285-289. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/ramb/v59n3/v59n3a17.pdf
França, G. V. (2020). Direito Médico. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense.
Frances, A. (2016). Voltando ao normal: como o excesso de diagnóstico e a medicalização da vida estão acabando com a nossa sanidade e o que pode ser feito para retomarmos o controle. Rio de Janeiro: Versal.
Freese, L., Signor, L., Machado, C., Ferigolo, M. & Barros, H. M. T. (2012). Non-medical use of methylphenidate: a review. Trends Psychiatry Psychother, Porto Alegre, v. 34, n. 2, p. 110-115. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/trends/v34n2/v34n2a10.pdf
Giannini, J. (2004). The case for cosmetic psychiatry: treatment without diagnosis. Psychiatric Times, v. 21, n. 7. Recuperado de: https://www.psychiatrictimes.com/dependent-personality-disorder/case-cosmetic-psychiatry-treatment-without-diagnosis
Greely, H., Sahakian, B., Harris, J., Kessler, R. C., Gazzaniga, M., Campbell, P. & Farah, M. J. (2008). Towards responsible use of cognitive-enhancing drugs by the healthy. Nature International Journal of Science, v. 456, p. 702-705.
Han, B. C. (2015). Sociedade do cansaço. Petrópolis: Vozes.
Ibge. (2021). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. 2021. Recuperado de: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/maringa/panorama
Jodelet, D. (2001). Representações sociais: um domínio em expansão. In: Jodelet, D. (Org.). As representações sociais. Rio de Janeiro: Eduerj. p. 17-44.
Kfouri Neto, M. (2019). Responsabilidade civil dos hospitais: código civil e código de defesa do consumidor. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais.
Lage, D. C., Gonçalves, D. F., Gonçalves, G. O., Ruback, O. R., Motta, P. G. & Valadão, A. F. (2015). Uso de metilfenidato pela população acadêmica: revisão de literatura. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR, v.10, n. 3, p. 31-39. Recuperado de: https://www.mastereditora.com.br/periodico/20150501_173303.pdf
Loewe, Daniel. (2017). Metilfenidato y modafinilo: justicia igualitaria y políticas de acceso al mejoramiento cognitivo farmacológico. Acta Bioethica, v. 23, n. 1, p. 179-188. Recuperado de: https://www.scielo.cl/pdf/abioeth/v23n1/1726-569X-abioeth-23-01-00179.pdf
Machado, L. C. & Toma, M. A. (2016). Qual a verdadeira função do metilfenidato na memória de indivíduos saudáveis? Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 13, n. 30, p. 126-130. Recuperado de: http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/706
Maia, R. B. (2019). Representações sociais de professores universitários sobre o aprimoramento cognitivo farmacológico. 2019. 196f. Orientadora: Solange Franci Raimundo Yaegashi. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá. Maringá.
Maia, R. B. & Yaegashi, S. F. R. (2021). Doping intelectual nas universidades: o culto à performance na contemporaneidade. Curitiba: Juruá.
Moscovici, S. (1978). A representação social da Psicanálise. Trad.: Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar.
Moscovici, S. (2003). Representações sociais: investigações em Psicologia Social. Petrópolis: Vozes.
Mota, J. S. & Pessanha, F. F. (2014). Prevalência do uso de metilfenidato por universitários de Campos dos Goytacazes, RJ. Vértices, Campos dos Goytacazes, RJ, v.16, n.1, p. 77-86. Recuperado de: http://www.essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/vertices/article/view/1809-2667.20140005/3044
Oms. Organização Mundial da Saúde. (2027). OMS registra aumento de casos de depressão em todo o mundo; no Brasil são 11,5 milhões de pessoas. Recuperado de: https://nacoesunidas.org/oms-registra-aumento-de-casos-de-depressao-em-todo-o-mundo-no-brasil-sao-115-milhoes-de-pessoas/amp/
Pasquini, N. C. (2013). Uso de metilfenidato (MFD) por estudantes universitários com intuito de “turbinar” o cérebro. Biofar – Revista Biologia e Farmácia, v. 9, n. 2, p. 107-113. Recuperado de: https://docplayer.com.br/7800880-Uso-de-metilfenido-mfd-por-estudantes-universitarios-com-intuito-de-turbinar-o-cerebro-nilton-cesar-pasquini-1.html
Pasquini, N. C. (2015). Fármacos para turbinar o cérebro: uso por quem pretende entrar na universidade. Revista Eletrônica de Farmácia, v. 12, n. 3, p. 36-42. Recuperado de: https://revistas.ufg.br/REF/article/view/34291/pdf
Prensky, M. (2001). Digital natives, digital immigrants. Part 1. On the Horizon, v. 9, n. 5, p. 1-6. Recuperado de: https://www.marcprensky.com/writing/Prensky%20-%20Digital%20Natives,%20Digital%20Immigrants%20-%20Part1.pdf. Acesso em: 13 jan. 2022.
Racine, E. & Forlini, C. (2008). Cognitive enhancement, lifestyle choice or misuse of prescription drugs? Ethics blind spots in current debates. Neuroethics, Dordrecht, v. 3, n. 1, p. 1-4.
São Paulo. (2013). Núcleo de Farmacovigilância do Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Metilfenidato: indicações terapêuticas e reações adversas. Alerta terapêutico Farmaco Vigilância, n. 1. Recuperado de: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/up/ALERTA%201_Metilfenidato_agosto2013.pdf
Shirakawa, D. M., Tejada, S. N. & Marinho, C. A. F. (2012). Questões atuais no uso indiscriminado do metilfenidato. Omnia Saúde, v. 9, n.1, p. 46-53. Recuperado de: https://studylibpt.com/doc/966225/quest%C3%B5es-atuais-no-uso-indiscriminado-do-metilfenidato
Silva Júnior, D. S., Costa, K. S., Silva, D. S., Teles, F. D., Marcolino, M. M. V. & Schneid, J. L. (2016). Prevalência do uso de metilfenidato entre acadêmicos de medicina do Centro Universitário Unirg – Tocantins. Revista Cereus, Gurupi-TO, v. 8, n. 3, p. 175-191. Recuperado de: http://ojs.unirg.edu.br/index.php/1/article/view/1262/479
Silveira, R. R., Lejderman, B., Ferreira, P. E. M. S. & Rocha, G. M. P. (2014). Patterns of non-medical use of methylphenidate among 5th and 6th year students in a medical school in southern Brazil. Trends Psychiatry Psychother, Porto Alegre, v. 36, n. 2, p. 101-106. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/trends/v36n2/2237-6089-trends-2237-6089-2013-0065.pdf
Trigueiro, E. S. O. & Leme, M. I. S. (2020). Estudantes e o doping intelectual: vale tudo na busca do sucesso no vestibular? Psicologia Escolar e Educacional, v. 24, p. 1-9. Recuperado de: https://www.scielo.br/j/pee/a/kdYdjFmxhzsBB5dV53FvFpP/?format=pdf&lang=pt
Yaegashi, S. F. R., Maia, R. B., Grossi-Milani, R. & Leonardo, N. S. T. (2020). Aprimoramento cognitivo farmacológico: motivações contemporâneas. Revista Psicologia em Estudo, Maringá, v. 25, e46319. Recuperado de: https://www.scielo.br/j/pe/a/MtqQ5Dr9xZHQGnCCVGpj55R/?format=pdf
Copyright (c) 2022 Imagens da Educação

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
DECLARATION OF ORIGINALITY AND CESSATION OF COPYRIGHT
I Declare that current article is original and has not been submitted for publication, in part or in whole, to any other national or international journal. I also declare that once published in the Imagens da Educação, a publication of the IES (UEM, UEL, UFSM, Univali, Unioeste and UEPG), it will not be submitted by me or by any co-author to any other journal. In my name and in the name of co-authors, I shall cede the copyright of the above mentioned article to the Universidade Estadual de Maringá and I declare that I know that the non-observance of this norm may make me liable for the penalties contemplated in the Law for the Protection of Authors' Rights (Act 9609 of the 19th February 1998).