OS EXAMES DE PREPARATÓRIOS E A RACIONALIZAÇÃO DO ENSINO SECUNDÁRIO DE 1854 A 1910

Fernanda Barros; Carlos Henrique de Carvalho

doi:10.4025/imagenseduc.v7i3.40198

Fernanda Barros UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-REGIONAL CATALÃO http://orcid.org/0000-0003-2678-9591
Carlos Henrique de Carvalho Universidade Federal de Uberlândia - UFU

DOI: https://doi.org/10.4025/imagenseduc.v7i3.40198

Resumen

Este texto tem como objetivo compreender a relação entre os exames preparatórios e o título de Bacharel em Ciências e Letras conferido ao aluno do ensino secundário. A relação entre os exames, o título e o ensino secundário estiveram desde 1854 até 1910 relacionadas na legislação de forma a garantir o ingresso do estudante no ensino superior. Neste texto, denomina-se este processo de racionalização, já que o objetivo primordial do secundário, desde a sua criação, a partir do Ato Adicional de 1834, seria garantir a formação do jovem brasileiro e a sua consequente preparação para o ensino superior. A forma de organização do ensino secundário nesse período permite perceber como os exames e a titulação destinavam aos alunos do secundário a garantia de um futuro, tanto no ensino superior quanto no serviço público. Utilizando a documentação sobre os exames como escopo para análise, balizada por autores que analisam a educação brasileira, conclui-se que o ensino secundário brasileiro, tanto no Império como nas primeiras décadas da República, fora instrumento de organização de um grupo de jovens que ocupariam os cargos públicos e/ou as profissões liberais com formação bacharelesca no ensino superior.

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Biografía del autor/a

Carlos Henrique de Carvalho, Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Carlos Henrique de Carvalho possui graduação em História pela Universidade Federal de Uberlândia (1993), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (1999), doutorado em História pela Universidade de São Paulo (2003) e estágio pós-doutoral em História da Educação na Universidade de Lisboa (2008). É professor Associado da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Programa de Pós-Graduação em Educação (mestrado e doutorado). É Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFU, gestão 2017-2020. Membro dos Conselhos Editoriais das Revista Cadernos de História da Educação (da Faculdade de Educação, UFU); História & Perspectivas (do Instituto de História, UFU); Conselho Editorial Nacional da Revista Acta Scientiarum Education (da Universidade Estadual de Maringá) e integrante do Conselho Científico da Revista Educação em Foco (Universidade Federal de Juiz de Fora) e da Revista Educação em Questão (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). É consultor ad-hoc de periódicos especializados, editoras e agências de fomento. Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia, nos biênios 2009-2011 e 2011-2013. Foi membro da Câmara de Ciências Humanas Sociais e Educação (CHE) da FAPEMIG entre 2012 a 2016, sendo seu coordenador no biênio 2015/2016 . Foi Diretor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberândia (FACED/UFU), em 2016. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em História da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: história da educação brasileira; educação e imprensa; igreja católica e educação, no Brasil e em Portugal. É pesquisador da FAPEMIG ( no Programa Pesquisador Mineiro) e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Atualmente é Secretário da Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE), biênio 2015-2017.