METAGAME: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE BIOQUÍMICA

Amanda Borges Colman; Malson Neilson de  Lucena

doi:10.4025/imagenseduc.v12i1.54594

Amanda Borges Colman Universidade Federal do Mato Grosso do Sul https://orcid.org/0000-0002-2268-8956
Malson Neilson de Lucena Universidade Federal do Mato Grosso do Sul https://orcid.org/0000-0003-2566-5642

DOI: https://doi.org/10.4025/imagenseduc.v12i1.54594

Palavras-chave: Modelo didático; Lúdico; Metabolismo

Resumo

Bioquímica é uma disciplina com posição de destaque em quase todos os cursos de graduação nas áreas de saúde e ciências biológicas, entretanto os alunos costumam relatar dificuldades no aprendizado da mesma devido à forma fragmentada que os conteúdos costumam ser trabalhados. Nesse contexto, diversas metodologias alternativas vêm sido utilizadas. Os jogos didáticos ocupam posição de destaque por trabalhar os conteúdos de forma dinâmica e estimular o pensamento crítico dos alunos. O objetivo deste trabalho foi a criação e desenvolvimento de um jogo de cartas que permitisse a contextualização do conteúdo de metabolismo como forma de estimular alunos de cursos de graduação nas áreas biomédicas e biológicas a compreender a conexão entre os temas abordados na disciplina de bioquímica, e suas aplicações no dia-a-dia. O jogo criado foi o Metagame, que se propõe a trabalhar os conteúdos de bioquímica de forma dinâmica, integrada e contextualizada no metabolismo de mamíferos, e pode ser utilizado como atividade avaliativa ou fixação de conteúdo. Algumas sugestões de aplicação e um exemplo de aplicação do jogo numa turma de nutrição são apresentados, reforçando o papel do jogo na construção do conhecimento em bioquímica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Amanda Borges Colman, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

Malson Neilson de Lucena, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Doutor em Bioquímica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP). Professor Adjunto no Instituto de Biociências da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

Referências

Azevedo, A. M. P., Lazzarotto, G.B., Timm, M. I., & Zaro, M. A. (2004). Relato de uma experiência com o uso do Diagrama Metabólico Dinâmico Virtual do Ciclo de Krebs. Novas Tecnologias na Educação, 1(2), 1-9.
Baeta, F. J. M., & Hornink, G. G. (2019). As aventuras de Kreber: jogo digital sobre o metabolismo energético. Revista de Ensino de Bioquímica, 17(1), 16-36.
Bandeira, D. (2009). Materiais Didáticos. Curitiba, PR: IESDE.
Barbosa, P. P. de S., Gadelha, T. S., Gadelha, C. A. de A., & Persuhn, D. C. (2014) PERFIL-Biomoléculas. Revista de Ensino de Bioquímica, 12(1), 24-33.
Carvalho, R. C., Sousa, R. S., Gois, A. J. C., Camelo, V. L., & Carvalo, C. P. S. (2018). Diversão e Bioquímica na mesma frase: A Construção de Jogos Didáticos para o Ensino de Vias Metabólicas. Revista Encontros Universitários da UFC, 3(1) 61-75.
Casagrande, L. D. R.; & Faria, J. I. L. (2004). A educação ara o século XXI e a formação do professor reflexivo na enfermagem. Revista Latino-americana de Enfermagem, 12(5), 821-828.
Cunha, M. B. (2012). Jogos no ensino de química: considerações teóricas para sua utilização em sala de aula. Química Nova na Escola, 34(2): 92-98.
Cyrino, E. G., & Toralles-Pereira, M. L.(2004). Trabalhando com estratégias de ensino-aprendizado por descoberta na área da saúde: a problematização e a aprendizagem baseada em problemas. Caderno de Saúde Pública, 20(3), 780-788.
Debald, B.S. (2003). A docência no ensino superior numa perspectiva construtivista. In Anais do Seminário Nacional - Estado e Políticas Nacionais no Brasil (1-12). Cascavel, PR.
Farkuh, L., Pereira-Leite, C., & Pereira-Leite, C. (2014). Bioquim4x: Um Jogo Didático Para Rever Conceitos De Bioquímica. Revista de Ensino de Bioquímica, 12(2), 37-54.
Figueira, A. C. M., & Rocha, J. B. T. (2016). Concepções sobre proteínas, açúcares e gorduras: Uma investigação com estudantes de ensino básico e superior. Revista Ciências & Ideias, 7(1), 23-34.
Focetola, P. B. M.; Castro, P. J.; Souza, A. C. J. De; Grion, L. Da S.; Pedro, N. C. Da S.; Iack, R. Dos S.; Almeida,R. X. De; Oliveira, A. C. De; Barros, C. V. T.; Vaitsman, E.; Brandão, J. B.; Guerra, A. C. De O., & SilvA, J. F. M. Da. (2012). Os jogos educacionais de cartas como estratégia de ensino em química. Química Nova na Escola, 34(4), 248-255.
Gil, C. Z. V., & Azevedo, P. S. De S. (2015). Jovens e livros didáticos: leituras que marcam/demarcam. Revista Expedições: Teoria & Historiografia, 6(1), 269-287.
Godol, T. A. de F., Oliveira, H. P. M. de; Codognoto, L. (2010). Tabela periódica: Um “super trunfo” para alunos do ensino fundamental e médio. Química Nova na Escola, 1(32), 22-25.
Gomes, K.V.G., & Rangel, M. (2006). Relevância da Disciplina Bioquímica em Diferentes Cursos de Graduação da UESB, Cidade de Jequié. Revista SAÚDE.COM, 2(1), 161-169.
Grübel, J. M., & Bez, M. R. (2006). Jogos Educativos. Novas Tecnologias na Educação, 2(4), 1-7.
Lara, I. C. M. (2003). Jogando com a Matemática de 5ª a 8ª série. São Paulo, SP: Editora Rêspel.
Lovato, F. L., Michelotti, A., Silva, C. B., & Loretto, E. L. S. (2018). Metodologias ativas de aprendizagem: uma breve revisão. Acta Scietiae, 20(2), 154-171.
Luz, M.R., Oliveira, G. A., & Da Poian, A. T. (2013). Glucose as the sole metabolic fuel: overcoming a misconception using conceptual change to teach the energy-yielding metabolism to brazilian high school students. Biochemistry and Molecular Biology Education, 41(4), 224–231.
Melo, A. C. A., Ávila, T. M., & Santos, D. M. C. (2017). Utilização de jogos didáticos no ensino de ciências: um relato de caso. Revista Científica Multidisciplinar das Faculdades São José, 9(1), 2-14.
Nelson, D. L. & Cox, M. M (2011). Princípios de Bioquímica de Lehninger. Porto Alegre, RS: Artmed.
Neta, S. A. de L., & Castro, D. L. (2017). Teorias da aprendizagem: fundamento do uso dos jogos no ensino de ciências. Revista Ciências & Ideias, 8(2), 195-204.
Pinheiro, T.D.L., Silva, J.A.D., Souza, P.R.M.D., Nascimento, M.M.D., & Oliveira, H.D.D. (2009). Ensino de Bioquímica para acadêmicos de Fisioterapia: visão e avaliação do discente. Revista de Ensino de Bioquímica, 1(7), 25-35.
Ribeiro, R. A., & Fleith, D. De S. (2007). O estímulo à criatividade em cursos de licenciatura. Paidéia, 17(38), 403-416.
Santos, L. V. (2017). Bioquímica – A perspectiva dos discentes de Ciências Biológicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro quanto a sua importância na formação profissional (Monografia). Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro, Nova Iguaçu.
Scatigno, A. C., & Torres, B. B. (2016). Diagnósticos e intervenções no Ensino de Bioquímica. Revista de Ensino de Bioquímica, 24(1), 29-51.
Schimidt, D. B., Heggendornn, L. H., Pereira, H. S., Vieira, V., & Aguiar-Alves, F. (2014). Mapas Conceituais no Ensino de Bioquímica, uma Integração entre os Conceitos Científicos. Revista de Ensino de Bioquímica, 12(2), 7-23.
Silva, R. N., & Belo, M. L. M. (2012). Experiências e reflexões de monitoria: contribuição ao ensino-aprendizagem. Scientia Plena, 8(7), 1-6.
Silveira, J. T., & Rocha, J. B. T. (2016). Produção científica sobre estratégias didáticas utilizadas no ensino de Bioquímica: uma revisão sistemática. Revista de Ensino de Bioquímica, 1(14), 7-21.
Travassos, L. C. P. (2001). Inteligências Múltiplas. Revista de Biologia e Ciências da Terra, 1(2), 3-16.
Vargas, L. H. M. (2001). A bioquímica e a aprendizagem baseada em problemas. Revista Brasileira de Ensino de Bioquímica e Biologia Molecular, 1(1), 9-15.
Vasconcellos, C. S. (2011). Formação didática do educador contemporâneo: desafios e perspectivas. In: Universidade Estadual Paulista. Prograd. Caderno de Formação: formação de professores didática geral. São Paulo: Cultura Acadêmica, 1(9), 33-58.
Vigotskii, L. S., Luria, A. R., & Leontiev, A. N. (2016). Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo, SP: Ícone.
Vigotsky, L. S. (2015). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo, SP: Martins Fontes.
Weyh, A., Carvalho, I. G. B., & Garnero, A. Del V. (2015). Twister Proteico: uma ferramenta lúdica envolvendo a síntese de proteínas. Revista de Ensino de Bioquímica, 1(13), 58-74.