Crianças de frações de classe média que apresentam baixo desempenho na escola: como são julgadas? - doi: 10.4025/imagenseduc.v3i3.21550
Resumo
Este artigo analisa manifestações de docentes e familiares referentes ao que cerca o fato de alunos de quarta série, de frações de classe média, apresentarem baixo desempenho escolar. Pretende analisar os fatores relacionados à insuficiência de desempenho escolar de crianças em escola privada. As principais referências para a realização do presente estudo foram Bourdieu, que alerta para a impossibilidade de analisar as desigualdades escolares apenas como produtos das desigualdades supostamente naturais entre as pessoas, pois no sistema educativo há um processo implícito que gera diferenças; Lahire e Charlot, que ressaltam a importância da análise de desempenhos escolares marginais de crianças de determinadas classes sociais, resultados que ultrapassam a perspectiva estatística. As informações foram coletadas nas atividades dos alunos e em entrevistas com professoras e mães. As análises evidenciaram que as crianças apresentaram resultados aquém das expectativas docentes num contexto em que o desempenho foi considerado como um fenômeno constituído na presença de diversas circunstâncias pelos agentes da escola e justificado nas manifestações por meio de perspectivas relacionadas às características inatas ou a fatores influenciados pela configuração do ambiente de classe média da criança.
Downloads
Declaro que o presente artigo é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na revista Imagens da Educação,ele não será submetido por mim ou pelos demais co-autores a outro periódico. Por meio deste instrumento, em meu nome e dos co-autores, cedo os direitos autorais do referido artigo à Revista e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº 9609, de 19/02/98).