PANDEMIA E FRACASSO ESCOLAR

ALGUMAS REFLEXÕES

Resumo

O Brasil tem uma vasta literatura que, desde a década de 1970, debate a “cultura do fracasso escolar” (Patto, 1997). A pandemia provocada pela Covid-19, deflagrada em 2020, acentuou a necessidade de famílias, educadores e a sociedade em geral questionarem e discutirem a validade da aprendizagem escolar nesse período e, também, a questão do fracasso. O texto é de caráter qualitativo, por meio de análise de documentos (Ludke; André, 2012) e de conteúdo (Bardin, 1979). O objetivo desta pesquisa reside em compreender os enunciados de fragmentos recentes, publicados na mídia, à luz das principais teorias sobre fracasso escolar. Os teóricos utilizados são Patto (1990, 1999), Charlot (2000), Arroyo (2000), Gouveia (1971). Utilizamos, também, dados da Unicef (2020) e entrevistas disponibilizadas na internet. Como resultados, descobrimos que tais enunciados envolvem: desigualdades econômicas, carências socioculturais, ambiente familiar, atuação dos professores, transtornos observados na escola. Geralmente, diversos deles se fazem presentes, em visão fragmentada do problema. Ao final, identificamos que a desigualdade é uma realidade brasileira e que políticas que amparem o uso das tecnologias são necessárias para uma boa formação dos professores, para a utilização adequada dos recursos e a disponibilidade desses recursos para todos os estudantes.