ENTRE ANTÍTESES E PARADOXOS: O CICLO DE ALFABETIZAÇÃO NAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS
Abstract
O artigo busca discutir os sentidos de alfabetização e suas implicações para a prática pedagógica, que se desdobram da produção de políticas educacionais contemporâneas e de grande alcance – o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (2012) e a Base Nacional Comum Curricular (2015). Assim, a partir da articulação entre políticas curriculares e de formação, observando o imbricamento delas não como causa e efeito, mas como processo complexo e ambivalente, toma como mote de problematização o conceito de Ciclo de Alfabetização institucionalizado a partir da ampliação do Ensino Fundamental de 9 anos e observa como ele é tematizado nas políticas analisadas. Observa a construção de antíteses e paradoxos que significam as práticas alfabetizadoras buscando discutir a significação que tal questão ganha nas políticas, o que se dá a partir de pesquisa sobre políticas curriculares e alfabetização assentada numa perspectiva discursiva que compreende a produção de políticas como produções político-discursivas. Argumenta-se que o deslocamento/deslizamento de significantes como alfabetização, ciclo, avaliação, conhecimento na análise do próprio entendimento de Ciclo de Alfabetização observado nos diferentes documentos se articula na produção de um discurso pedagógico que significa o investimento numa dada perspectiva de prática pedagógica alfabetizadora, uma articulação que cria demandas para a produção curricular cotidiana nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
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