<b>Contribuição ao debate sobre o problema da preparação para a escola de ensino fundamental na educação infantil
Résumé
A história da educação infantil brasileira foi fortemente marcada pelo caráter compensatório e preparatório atribuído a esse segmento educacional, o que se tornou objeto de críticas por parte de pesquisadores e profissionais a partir da década de 1990, momento histórico em que se consolida a luta por uma educação infantil com identidade própria e não atrelada a finalidades extrínsecas. Nesse contexto, se fortalecem posições que advogam o afastamento da educação infantil de seu caráter escolar e negam a pertinência do ato de ensinar e do currículo nesse segmento educacional. Com isso, o objetivo de preparação para o período subsequente da escolarização, anteriormente assumido como finalidade precípua (ou razão de existir) das pré-escolas, passa a assumir um caráter notadamente pejorativo, ausentando-se do discurso pedagógico. Diante dessa constatação, esse ensaio teórico tem como objetivo (re)colocar a discussão sobre o problema da preparação para a escola regular a partir de uma análise histórico-cultural das relações entre desenvolvimento psíquico e ensino na infância. Apoiando-nos nas pesquisas dos psicólogos soviéticos vinculados à Escola de Vigotski, analisaremos a problemática da preparação para a escola do ponto de vista das conquistas do desenvolvimento psíquico que marcam a idade pré-escolar e a transição à idade escolar.
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