“DE ZERO A HERÓI”: UMA ANÁLISE DO PERSONAGEM LITERÁRIO PERCY JACKSON EM SUA JORNADA DE ALUNO “PROBLEMÁTICO” A HERÓI DO OLIMPO

Abstract

Este artigo analisa o reflexo do diagnóstico de TDAH e dislexia na autopercepção do personagem literário Percy Jackson a partir de suas vivências escolares. Metodologicamente, a linha teórica se consolidou sob a perspectiva fenomenológica e, no tocante aos objetivos geral e específicos desta pesquisa, classificamo-la como qualitativa e descritiva. Como procedimento técnico, optamos pela pesquisa bibliográfica e analise dos resultados mediante a Análise de Conteúdo. Este estudo permitiu-nos constatar que tal impacto se dá negativvamente, uma vez que o personagem, em diversos momentos de sua jornada de semideus, reafirma as críticas que ouviu durante sua trajetória escolar. Ademais, tornou-se possível concluir que mesmo o ensino de alunos que apresentam transtornos, como os de Percy, sendo repleto de obstáculos, depende da atuação docente, assim como desempenhou o Sr. Brunner ao Percy, que consistiu em mostrar que esses alunos podem ser o que quiserem ser, inclusive heróis.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili

Riferimenti bibliografici

Almeida, F. A. (2021). A importância da compreensão do mito grego para a filosofia. In F. A. Almeida (Org.), Filosofia: os desafios do pensar (p. 100-109). São Paulo, SP: Científica Digital.
Araujo, L. A., Anjos, C. I., & Pereira, F. H. (2020). E quando a criança não corresponde às expectativas da escola? Reflexões sobre a relação com a família na busca por um diagnóstico. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 15(5), 2899-2915. Recuperado de https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/arti cle/view/14565/10092
Araújo, V. M. F., & Yaegashi, S. F. R. (2022). O TDAH e a medicalização da educação: reflexões acerca do discurso dos professores. In Resumo do 31o Encontro Anual de Iniciação Científica (p. 1-4). Maringá, PR. Recuperado de http://www.eaic.uem.br/eaic2022/anais/artigos/5808.pdf
Associação Brasileira do Déficit de Atenção (2014). A auto-estima das pessoas com TDAH. Recuperado de https://tdah.org.br/a-auto-estima-das-pessoas-com-tdah
Associação Brasileira do Déficit de Atenção (2010). A Criança com TDAH e a Escola. Recuperado de
https://tdah.org.br/a-crianca-com-tdah-e-a-escola/
Associação Brasileira do Déficit de Atenção (2017). A auto-estima das pessoas com TDAH. Recuperado de https://tdah.org.br/a-auto-estima-das-pessoas-com-tdah/
Associação Brasileira de Dislexia (2016). Como interagir com o disléxico em sala de aula.Recuperado de https://www.dislexia.org.br/como-interagir-com-o-dislexico-em-sala-de-aula/
Bardin, L. (1977). Análise de Conteúdo (7a ed.). Coimbra, Portugal: Edições 70.
Campbell, J. (1949). O herói de mil faces. São Paulo, SP: Cultrix.
Campbell, J., & Moyers, B. (1991). O poder do mito. São Paulo, SP: Palas Athena.
Cruz, M. G. A., Okamoto, M. Y., & Ferrazza, D. A. (2016). O caso do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a medicalização da educação: uma análise a partir do relato de pais e professores. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, 20(58), 703-715. Recuperado de https://www.scielo.br/j/icse/a/8 wZkDY9NRYkHMRMtrwRw5gc/?format=pdf&lang=pt
Duarte, T. B., Borges, V. M., Padovani, R. M. C., Rocha, T. C. C., Ferreira, L. T. V., & Kalil, J. H. (2021). TDAH: Atualização dos estudos que trazem diagnóstico e terapêutica baseado em evidências. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR, 35(2), 66-72. Recuperado de https://www.mastereditora. com.br/periodico/20210711_102005.pdf
Ferraz, R. D. C. S., & Ristum, M. (2012). A violência psicológica na relação entre professor e aluno com dificuldades de aprendizagem. Psicologia da Educação, 34, 104-126. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psie/n34/n34a07.pdf
Foucault, M. (1988). Direito de morte e poder sobre a vida. In M. Foucault, História da sexualidade I: a vontade de saber (p. 125-149). Rio de Janeiro, RJ: Edições Graal.
Gil, A. C. (2002). Como elaborar projeto de pesquisa. São Paulo, SP: Atlas.
Goldstein, S., & Goldstein, M. (1994). Hiperatividade: como desenvolver a capacidade de atenção da criança. Campinas, SP: Papirus.
Hart, S. N., & Brassard, M. R. (1991). Psychological maltreatment: progress achieved. Development ans Psychopatology, 3, 61-67
International Dyslexia Association (2019). Frequently Asked Questions. Recuperado de https://dyslexiaida.org/fr equently-asked-questions-2/
Jauss, H. R. (1979). A Estética da Recepção: colocações gerais. In H. R. Jaussm, A literatura e o leitor: textos de estética da recepção (p. 67-84). Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.
Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 (1990, 16 de julho). Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Seção 1. Recuperado de https://www2.camara.leg.br/legin/f ed/lei/1990/lei-8069-13-julho-1990-372211-publicacaooriginal-1-pl.html
Lei n. 14.254, de 30 de novembro de 2021 (2021, 1 de dezembro). Dispõe sobre o acompanhamento integral para educandos com dislexia ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de aprendizagem. Diário Oficial da União, Seção 1. Recuperado de: https://www.in.gov.br/en/ web/dou/-/lei-n-14.254-de-30-de-novembro-de-2021-363377461
Lesky, A. (1996). A tragédia grega. São Paulo, SP: Perspectiva.
Ludwing, A. C. W. (2014). Métodos de pesquisa em educação. Revista Temas em Educação, 23(2), 204-233. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/index.php/rteo/article/view/18881/12572
Maia, M. I. R., & Confortin, H. (2015). TDAH e aprendizagem: um desafio para a educação. Perspectiva, 38(145), 73-84. Recuperado de https://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/148_535.pdf
Marconi, M., & Lakatos, E. (2017). Fundamentos de metodologia científica. São Paulo, SP: Atlas.
Medeiros, M. (2009). Práticas pedagógicas afetivas na relação professor-aluno com TDAH (Dissertação de Mestrado). Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba.
Minayo, M. C. D. S. (2001). Pesquisa Social: Teoria, Método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes.
Ministério da Saúde (2002). Notificações de maus tratos contra crianças e adolescentes pelos profissionais de saúde: um passo a mais na cidadania em saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde. Recuperado de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/notificacao_maustratos_criancas_adolescentes.pdf
Moreira, D. A. (2002). O método fenomenológico na pesquisa. São Paulo, SP: Pioneira.
Moura, O. (2023). Alterações emocionais. Portal da Dislexia. Recuperado de https://dislexia.pt/alteracao-emocional/
Oliveira, S. (2020). Dislexia TDAH: Amor de Mãe. Ribeirão Preto, SP: Ed. do Autor. Recuperado de https://www.dislexia.org.br/wp-content/uploads/2020/09/Dislexia-e-TDAH-Amor-de-M%C3%A3e-FINAL-28-08-2020-.pdf
Pastore, J. A. D. (2012). O trágico: Schopenhauer e Freud (Tese de Doutorado). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. Recuperado de https://tede2.pucsp.br/bitstream/handle/1855/1/Jassanan%2 0Amoroso%20Dias%20Pastore.pdf
Riordan, R. (2009). O ladrão de raios. Rio de Janeiro, RJ: Intrínseca.
Riordan, R. (2014). Introdução. In L. Wilson (Org.), Semideuses e monstros (p. 9). Rio de Janeiro, RJ: Intrínseca.
Rohde, L. A.; Halpern, R. (2004). Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: atualização. Jornal de Pediatria, 80(2), 61-70. Recuperado de https://www.scielo.br/j/jped/a/vsv6yydfR59j8Tty9S8J8cq/?format=p df&lang=pt
Santos, D. N. (2016). Leitura literária: o processo de identificação estética do leitor na relação texto-vida. Linha Mestra, 10(30), 1221-1225. Recuperado de https://lm.alb.org.br/index.php/lm/article/view/772/702
Santos, L. F., & Vasconcelos, L. A. (2010). Transtorno de Déficit de Atenção-Hiperatividade em crianças: uma revisão interdisciplinar. Teoria e Pesquisa, 26(4), 717-724. Recuperado de https://www.scielo.br/j/ptp/a/xD3 ksy5kVHLqFVQyGL5jtzz/?format=pdf&lang=pt
Santos, M. G. G., & Casetto, S. J. (2020). Os processos de identificação na adolescência e sua relação com obras literárias: relato de pesquisa. Psicologia: Ciência e Profissão, 40, 1-12. Recuperado de https://www.scielo.br/ j/pcp/a/T3NcRTJLy5mtH7xxZsxyVCB/?format=pdf&lang=pt
Signor, R. D. C., Berberian, A. P., & Santana, A. P. (2017). A medicalização da educação: implicações para a constituição do sujeito/aprendiz. Educação e Pesquisa, 43(3), 743-763. Recuperado de https://www.scielo.br/ j/ep/a/zJX54HZ6LJqPb4s3nfGF6tb/?format=pdf&lang=pt
Silva, J. A. (2014). A hybris e a arrogância: uma possível relação entre a mitologia grega e a psicanálise. In P. J. Costa (Org.). Mitologia grega e psicanálise: reflexões (p. 121-139). Curitiba: CRV.
Vygotsky, L. (1991). A formação social da mente. São Paulo, SP: Martins Fontes.
Vigotski, L. (2006). A crise dos sete anos. In L. Vigotski Obras escogidas (p. 377-386). Rio de Janeiro, RJ: Machado Libros.
Vigotski, L. (2010). Psicologia pedagógica. São Paulo, SP: Martins Fontes.
Zaluar, A., & Leal, M. C. (2001). Violência extra e intramuros. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 16(45), 145-164. Recuperado de https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/LcB3j3vkRWGw9YtcbFxrTwC/?format=pdf&lang =pt
Pubblicato
2024-01-09
Come citare
Alves, A., & Oliveira Júnior, I. B. de. (2024). “DE ZERO A HERÓI”: UMA ANÁLISE DO PERSONAGEM LITERÁRIO PERCY JACKSON EM SUA JORNADA DE ALUNO “PROBLEMÁTICO” A HERÓI DO OLIMPO. Teoria E Prática Da Educação, 26(1), e70331. https://doi.org/10.4025/tpe.v26i1.70331
Sezione
Artigos