Escola Técnica Nacional

história oral, memória e cotidiano de uma instituição escolar (1942-1965)

Palavras-chave: história da educação, educação profissional e tecnológica, cotidiano escolar

Resumo

O artigo analisa a história da Escola Técnica Nacional a partir da memória de egressos, membros da Associação de Ex-alunos da Escola Técnica Nacional e do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. Investiga-se o projeto educacional de reforma do ensino industrial nos anos 1940 e a trajetória de vida de estudantes, enfocando a relação entre memória social e história da educação, bem como experiência e identidade social no mundo do trabalho. Reivindica-se a metodologia da História Oral e História Pública para renovar análises da História da Educação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Samuel Silva Rodrigues de Oliveira, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Professor e pesquisador do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico Raciais (PPRER). Bolsista produtividade em Pesquisa do CNPq e Jovem Cientista do Nosso Estado pela FAPERJ, realiza estágio pós-doutoral na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Investiga a memória social, o ensino de História, e as relações entre classe, raça e gênero na formação da cidadania nos espaços urbanos, escolares e na cultura visual do século XX.

Tereza Fachada, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Pós-doutorado em Educação pela Universidade de Lisboa, como bolsista do projeto CAPES-GRICES (2008). Doutorado em História Social pela UFRJ (1998). Professora aposentada do CEFET CELSO SUCKOW DA FONSECA/RJ. Colabora com o Laboratório de História da Ciência, do qual foi coordenadora entre 2003 e 2021. Autora de vários artigos e do livro: As Luzes da Educação: fundamentos, raízes históricas e prática das Aulas Régias no Rio de Janeiro: 1759-1834 (2002). Participou da fundação da SBHE. Atua nas áreas de Educação e de História.

Renilda Barreto, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Doutora em História das Ciências (FIOCRUZ), bolsista de produtividade do CNPq, professora do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (UFBA/UEFS). É membro da Associação de Brasilianistas na Europa (ABRE), da Associação Nacional de História (ANPUH) e da Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC). Suas áreas de investigação são organização da assistência à saúde da população; história e historiografia da obstetrícia em Brasil, Europa e África; história e historiografia das ciências, saberes e pessoas no mundo luso-afro-brasileiro.

Referências

Abreu, G. (2018). Entrevista com G. Abreu [Entrevista concedida a João Carlos Martins]. Rio de Janeiro.

Alberti, V. (2004). Ouvir contar: textos em história oral. Rio de Janeiro, RJ: Ed. FGV.

Borba, R. C. (2017). Entre a técnica e a tática: movimentos estudantis na Escola Técnica Federal Celso Suckow da Fonseca (1967-1978) (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

Borba, R. C. N., & Selles, S. E. (2020). Pesquisa com história de vida na produção da história da educação em ciências: o dispositivo fotobiográfico como recurso para compreensão de experiências sociais. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, (20), 275-402.

Cardoso, T. F. L. (2013). Um acervo da memória nacional: o arquivo do CEFET-RJ. In A. Nascimento, C. S. Chamon (Org.), Arquivo e história do ensino técnico no Brasil (p. 105-121). Belo Horizonte, MG: Mazza Edições.

Cardoso, T. F. L. (2009). A trajetória da Escola Normal de Artes e Ofícios Wenceslau Braz (1917-1937). In M. W. Chaves, & S. C. Lopes (Org.), Instituições educacionais da cidade do Rio de Janeiro – um século de história (1850-1950). Rio de Janeiro, RJ: Mauad, Faperj.

Cardoso, T. F. L., Barreto, M. R., & Oliveira, S. S. R. (2018). A escola que mudou a minha vida: uma história de vida, pertencimento, afeto, formação humana e profissional. Rio de Janeiro, RJ: Poiatec.

Ciavatta, M., & Silveira, Z. S. (2010). Celso Suckow da Fonseca. Recife, PE: Ed. Fundação Joaquim Nabuco.

Coelho, P., & Vidal, D. G. (2013). Registros orais: reflexões sobre depoimentos gravados como fonte de pesquisa para a história da educação de memória para a comunidade escolar. In A. Nascimento, & C. S. Chamon (Org), Arquivos e história do ensino técnico no Brasil (p. 15-31). Belo Horizonte, MG: Mazza.

Cunha, L. A. (1983). A política educacional e a formação da força de trabalho industrial na Era Vargas. In C. M. Franco, & A. A. Abreu (Coord.), A revolução de 30: seminário internacional realizado pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil: (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas. Rio de Janeiro. Setembro de 1980 (p. 437-471). Brasília, DF: Ed. UNB.

Decreto-lei nº 181, de 17 de fevereiro de 1967. (1967, 20 de fevereiro). Da nova denominação a atual escola técnica federal da Guanabara. Escola Técnica Federal Celso Suckow da Fonseca. Diário Oficial da União. Recuperado de: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1960-1969/decreto-lei-181-17-fevereiro-1967-375916-publicacaooriginal-1-pe.html

Dias, D. O. (1980). Estudo documentário e histórico sobre a Escola Técnica Federal “Celso Suckow da Fonseca”. Rio de Janeiro, RJ: Setor de Artes Gráficas do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro.

Fagundes, B. L. (2019, maio). História pública brasileira e internacional: seu desenvolvimento no tempo, possíveis consensos e dissensos. Revista NUPEM, 11(23), 29-47. Recuperado de: https://vortex.unespar.edu.br/index.php/nupem/article/view/5719/3743

Ferreira, J. (2011). Trabalhadores do Brasil: o imaginário popular (1930-1945). Rio de Janeiro, RJ: 7 Letras.

Ferreira Filho, E. X. (2018). Entrevista com E. X. Ferreira Filho [Entrevista concedida a João Carlos Martins]. Rio de Janeiro.

Fonseca, C. S. (1961). História do ensino industrial no Brasil. Rio de Janeiro, RJ: Escola Técnica Nacional.

Frisch, M. (2016). A história pública não é uma via de mão única, ou, De A Shared Authority à cozinha digital, e vice-versa. In A. M. Mauad, J. R. Almeida, & R. Santhiago (Org.), História pública no Brasil: sentidos e itinerários (p. 57-69). São Paulo, SP: Letra e Voz.

Garnica, A. V. M., & Martins-Salandim, M. E. (2016). História oral e educação matemática: perspectivas e um projeto coletivo. In C. S. Rodeghero, L. Grinberg, & M. Frotscher (Org), História oral e práticas educacionais (p. 176-189). Porto Alegre, RS: Ed. UFRGS.

Goellner, S. V. (2016). Garimpando memórias: esporte, lazer e educação física. In C. S. Rodeghero, L. Grinberg, & M. Frotscher (Org), História oral e práticas educacionais (p. 191-200). Porto Alegre, RS: Ed. UFRGS.

Gomes, A. M. C. (2005). A invenção do trabalhismo (3a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Ed. FGV.

Gororóba. (1951, 24 de setembro). Última Hora. Recuperado de: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=386030&pagfis=2532

Grazziotin, L. S. S. (2016). História da educação e história oral: possibilidades de pesquisa em acervos de memória. In C. S. Rodeghero, L. Grinberg, & M. Frotscher (Org.), História oral e práticas educacionais (p. 162-176). Porto Alegre, RS: Editora da UFRGS.

Grazziotin, L. S. S., & Almeida, D. B. (2012). Romagem do tempo e recantos da memória: reflexões metodológicas sobre história oral. São Leopoldo, RS: Oikos.

Halbwachs, M. (2013) A memória coletiva (2a ed.). São Paulo, SP: Centauro.

Hino da Escola Técnica Nacional. (1943). Rio de Janeiro, RJ: Arquivo da Associação de Ex-Alunos da Escola Técnica Nacional e Centro Federal de Educação Tecnológica (AEETNCEFET).

Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. (1961, 27 de dezembro). Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, seção 1, p. 11429. Recuperado de: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-353722-publicacaooriginal-1-pl.html

Lei nº 4.121, de 27 de agosto de 1962. (1962, 3 de setembro). Dispõe sobre a situação jurídica da mulher casada. Diário Oficial da União, seção 1, p. 9125. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/l4121.htm

Lei nº 4.759, de 20 de agosto de 1965. (1965, 24 de agosto). Dispõe sôbre a denominação e qualificação das Universidades e Escolas Técnicas Federais. Diário Oficial da União, seção 1, p. 8554. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/l4759.htm

Liddington, J. (2011). O que é história pública? In J. R. Almeida, & M. G. O. Rovai (Org.), Introdução à história pública (p. 31-52). São Paulo, SP: Letra e Voz.

Mattos, A. (2018a). Entrevista com A. Mattos [Entrevista concedida a João Carlos Martins]. Rio de Janeiro.

Mattos, J. P. (2018b). Entrevista com J. P. Mattod [Entrevista concedida a João Carlos Martins]. Rio de Janeiro.

Mauad, A. M., Almeida, J. R., & Santhiago, R. (Org.). (2016). História pública no Brasil: sentidos e itinerários. São Paulo, SP: Letra & Voz.

Oliveira, A. R. C. (2013). Do “guarda-pó” ao jaleco azul: caminhos de uma escola profissional, sua construção e seu impacto sobre os egressos (Dissertação de Mestrado). Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro. Recuperado de: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/10841

Para uma breve Estação de Rádio na Escola Técnica (1952, 4 de agosto). Última Hora. Recuperado de: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=386030&Pesq=%22Escola%20T%c3%a9cnica%22&pagfis=8927

Pimentel, M. F. (2018). Entrevista com M. F. Pimentel [Entrevista concedida a João Carlos Martins]. Rio de Janeiro.

Pollack, M. (1989). Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, 2(3), 3-15.

Pollack, M. (1992). Memória e identidade social. Estudos Históricos, 5(10), 200-212.

Prohmann, M. (2016) Americanismo e fordismo nos boletins da Comissão Brasileiro-Americana de Educação Industrial (Dissertação de Mestrado). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba. Recuperado de: https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/1658/1/CT_PPGTE_M_Prohmann%2c%20Mariana_2016.pdf

Rage, J. I. (2018). Entrevista com J. I. Rage [Entrevista concedida a João Carlos Martins]. Rio de Janeiro.

Rodeghero, C. S., Grinberg, L., & Frotscher, M. (Org.). (2016). História oral e práticas educacionais. Porto Alegre, RS: Ed. UFRGS.

Romanelli, O. O. (2014). História da educação no Brasil: (1930-1973) (40a ed.). Petrópolis, RJ: Vozes.

Sampaio, J. F & Abreu, G. (2018). Entrevista com J. F. Sampaio e G. Abreu [Entrevista concedida a João Carlos Martins]. Rio de Janeiro.

Schwartzman, S., Bomeny, H. M. B., & Costa, V. M. R. (2000). Tempos de Capanema. Rio de Janeiro, RJ: Ed. FGV.

Silva Neto, O., & Costa, D. A. (2018). A Comissão Brasileiro-Americana de Educação Industrial (CBAI) e o ensino industrial em Florianópolis. In: Anais do 16o Seminário Temático - provas, exames e a escrita da história da educação matemática. Boa Vista, RR. Recuperado de: https://xviseminariotematico.paginas.ufsc.br/files/05/SILVA_NETO_COSTA_T1_vf.pdf

Silveira, Z. S. (2010) Contradições entre capital e trabalho: concepções de educação tecnológica na reforma do ensino médio e técnico. Jundiaí, SP: Paco.

Smith, R. C. (2012) Circuitos de subjetividade: história oral, o acervo e as artes. São Paulo,SP: Letra & Voz.

Thompson, P. (1992). A voz do passado: história oral. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra.

Weinstein, B. (2000). (Re)formação da classe trabalhadora no Brasil (1920-1964). São Paulo: Cortez.

Publicado
2022-12-01
Como Citar
Oliveira, S. S. R. de, Cardoso, T. F. L., & Barreto, M. R. N. (2022). Escola Técnica Nacional. Revista Brasileira De História Da Educação, 23(1), e242. https://doi.org/10.4025/rbhe.v23.2023.e242