<b>O discurso do protagonista em <i>Juliano Pavollini</i>, de Cristovão Tezza: uma estrutura em paralaxe?

  • Marisa Corrêa Silva Universidade Estadual de Maringá
  • Estela Pereira dos Santos Universidade Estadual de Maringá

Résumé

 

O narrador de Juliano Pavollini é autodiegético, isto é, sua voz assume a representação de todos os aspectos do texto; no entanto, trata-se de um narrador não onisciente, pois tem visão limitada dos fatos ocorridos e que, além disso, faz uma reencenação dos momentos de surpresa. Este Juliano-narrador apresenta uma linguagem altamente elaborada, com domínio total da norma culta. Há também momentos nos quais a voz representada é a do Juliano-personagem, cujas intervenções podem ser percebidas nos diálogos em discurso direto. Existe um hiato entre esses dois discursos: o primeiro é sofisticado e manipulador, enquanto o segundo deveria exprimir um Juliano ingênuo e às voltas com uma realidade ‘maior do que ele’, por assim dizer. Partimos do pressuposto de que se trata de um hiato de efeito calculado sobre o leitor e sobre a estrutura narrativa; buscamos, também, investigar quais os efeitos que isso provoca no texto, utilizando o conceito de ‘visão em paralaxe’, proposto por Žižek.

 

Téléchargements

Les données sur le téléchargement ne sont pas encore disponible.

Metrics

Chargements des mesures ...

Biographie de l'auteur

Marisa Corrêa Silva, Universidade Estadual de Maringá
Professor Associado do DTL-UEM e do PLE-UEM.
Publiée
2016-01-01
Comment citer
Silva, M. C., & Santos, E. P. dos. (2016). <b>O discurso do protagonista em <i>Juliano Pavollini</i&gt;, de Cristovão Tezza: uma estrutura em paralaxe?. Acta Scientiarum. Language and Culture, 38(1), 43-50. https://doi.org/10.4025/actascilangcult.v38i1.27715
Rubrique
Litèrature

 

0.1
2019CiteScore
 
 
45th percentile
Powered by  Scopus

 

 

0.1
2019CiteScore
 
 
45th percentile
Powered by  Scopus