A ATIVIDADE HUMANA COMO UNIDADE AFETIVO-COGNITIVA: UM ENFOQUE HISTÓRICO-CULTURAL
Resumo
Este artigo coloca em questão a unidade afetivo-cognitiva que sustenta a atividade humana com o objetivo de aclarar a impropriedade de enfoques que dicotomizam razão e emoção. Assevera que tais dissociações radicam em princípios teórico-metodológicos que balizam explicações sobre o psiquismo humano, de sorte que a superação dos referidos dualismos se impõe como uma questão de método. Para a explicitação dessa assertiva, recorreu à psicologia histórico-cultural, à luz da qual se explana acerca do psiquismo como imagem subjetiva da realidade objetiva, das críticas vigotskianas ao dualismo cartesiano e da necessidade de um enfoque histórico-cultural no estudo das emoções, tendo em vista analisar a atividade humana como unidade afetivo-cognitiva e as imbricadas relações que se travam, nela, entre afetos, emoções, sentimentos e pensamentos. Uma vez apresentadas as intervinculações entre afetos e cognições, a presente exposição advoga que os conceitos se impõem como unidade mínima de análise tanto do pensamento quanto dos sentimentos.Downloads
Referências
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