GÊNEROS DISCURSIVOS E APRENDIZAGEM DA ESCRITA: PARA ALÉM DA ALFABETIZAÇÃO INICIAL

Érika Christina Kohle; Stela Miller; Cleber Barbosa da Silva Clarindo

doi:10.4025/tpe.v24i1.53570

Érika Christina Kohle Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Stela Miller Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho https://orcid.org/0000-0002-3521-9526
Cleber Barbosa da Silva Clarindo Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho https://orcid.org/0000-0002-2668-2068

DOI: https://doi.org/10.4025/tpe.v24i1.53570

Palavras-chave: Educação. Aprendizagem da escrita. Gêneros do Discurso.

Resumo

Neste artigo são discutidas as contribuições do trabalho com gêneros do discurso para a aprendizagem de atos de escrita, como alternativa para os métodos que não consideram vitais os elementos sociais, semânticos e históricos da língua, uma vez que priorizamos elementos controláveis da língua, tais como fonemas, letras e sílabas. Para isso, apresentamos dados de uma pesquisa teórico-prática, realizada por meio da metodologia de pesquisa-ação, com alunos do sexto ano, dos Anos Finais do Ensino Fundamental, em início da aprendizagem de atos de escrita de uma escola pública do interior paulista. Constatamos com a pesquisa que os alunos não apenas se motivam para escrever em situações reais, mas também se apropriam das funções sociais da escrita.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Stela Miller, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1971), graduação em Letras pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Dracena (1972), mestrado em Lingüística e Filologia da Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1991) e doutorado em Ensino na Educação Brasileira pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998). Atualmente é professora assistente doutora aposentada do Departamento de Didática da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp - Marília (SP) e professora voluntária do programa de Pós-Graduação em Educação na mesma Instituição. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa (ciclo I), atuando principalmente nos seguintes temas:ensino e aprendizagem da língua portuguesa - ensino fundamental (séries iniciais), implicações pedagógicas da Teoria Histórico-Cultural.

Cleber Barbosa da Silva Clarindo, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Doutor e mestre em Educação pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP- Câmpus Marília. Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP- Câmpus de Marília. Graduado em Licenciatura em Educação Física pelo Centro Universitário Toledo e participante do grupo de pesquisa:Implicações Pedagógicas da Teoria historico cultural, Unesp campus de Marilia.

Referências

BAJARD, É. Ler e dizer: compreensão e comunicação do texto escrito. 3. ed. São Paulo: Cortez,1999.
BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 4.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
BAKHTIN, M. M. Os gêneros do discurso. Tradução de Paulo Bezerra. 1. ed. São Paulo: Editora 34, 2016.
BRAGA, D. B.; RICARTE, I. L. M. Letramento e tecnologia. São Paulo: Cefiel /IEL/ Unicamp, 2010.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua 2016-2017. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/17270-pnad-continua.html?=&t=downloads. Acesso em 01 de maio de 2019.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Avaliação Nacional da Alfabetização: resultado 2016. Brasília, DF: INEP, 2016. Disponível em: http://inep.gov.br/educacao-basica/saeb/sobre-a-ana. Acesso em 01 de maio de 2019.
BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Relatório Brasil no PISA 2018: versão preliminar. Brasília, DF: INEP, 2019.http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/211-218175739/79101-mec-lanca-caderno-da-politica-nacional-de-alfabetizacao Acesso em 21 de dezembro de 2019.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa. Brasília, DF: SEB/MEC, 1998.
CARDOSO, C. J. A socioconstrução do texto escrito: uma perspectiva longitudinal. 1. ed. Campinas: Mercados de Letras, 2003.
COLOMER, T.; CAMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
DICKEL, Adriana. A avaliação Nacional da Alfabetização no contexto do sistema de avaliação da educação básica e do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: responsabilização e controle. Cad. Cedes, Campinas, v. 36, n. 99, p. 193-206, mai-ago. 2016. Disponível em:. Acesso em: 14 mai. 2019.
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS EDUCACIONAIS. Portal eletrônico do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais – INEP, 2019. Disponível em http://www.inep.gov.br/. Acesso em maio de 2019.
DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.&SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.p. 95-128.
GEGe (Grupo de Estudos dos Gêneros do Discurso). Palavras e contrapalavras. Glossariando conceitos, categorias e noções de Bakhtin. Cadernos de estudos I para iniciantes. São Carlos: Pedro & João Editores, 2009.
GRACINO, M. C. S. Sentidos de escolarização para crianças com histórico de fracasso escolar: análise a partir do Pacto Nacional pela Alfabetização da Idade Certa (PNAIC). 2018. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade do Oeste Paulista – Unoeste, Presidente Prudente, 2018.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. 1. ed. São Paulo: Cortez, 2008.
SMOLKA, A. L. B. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. 2. ed. São Paulo: Cortez,1989.
TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodologia. Educação e Pesquisa. São Paulo, v.31, n.3, p.443-466, set/dez. 2005.
VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. Tradução de Paulo Bezerra. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
VIGOTSKI, L. S.A Formação social da mente.6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
VOLÓCHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Tradução de Sheila Grillo e Ekaterina Volkóva Américo. 1. ed. São Paulo: Editora 34, 2017.