PEDAGOGIA FEMINISTA NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO POPULAR COM MULHERES ASSENTADAS DO MST
Abstract
Esse texto trata de uma experiência investigativa e de extensão acadêmica na área da educação popular, que busca investigar o processo de construção dos sentidos do trabalho feminino e sua relação com a categorização de gênero, a partir das histórias de vida dessas mulheres aliada com a produção artesanal produzida por cada participante. Para isso, construiu-se um espaço de educação não-formal para a produção artesanal, onde as memórias dos grupos são resgatadas não apenas a partir da oralidade, mas também na produção concreta do artesanato, de forma coletiva e solidária. O trabalho vem sendo realizado há mais de três anos com grupos de mulheres assentadas participantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, no interior da cidade de Pinheiro Machado, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Neste período, é possível percebermos a construção e o fortalecimento de uma coletividade, onde se desconstrói parâmetros historicamente construídos, buscando ressignificar o feminino num processo de aprendizagem. Esse texto aborda, inicialmente, a proposta educativa da educação popular como pano de fundo para compreender os movimentos sociais, especialmente o MST. Após, busca-se demonstrar a importância do artesanato no trabalho que vem sendo realizado com as mulheres assentadas para, na sequência, apresentar aspectos mais específicos da investigação encaminhada, problematizando a divisão sexual do trabalho das mulheres do campo, apresentando alguns achados.
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