VIOLÊNCIA ESCOLAR SOB A PERSPECTIVA DE PROFESSORES DA REDE BÁSICA DE ENSINO DO BRASIL

Résumé

A escola é um ambiente de pluralidade de ideias e situações de conflitos. Neste estudo, objetivou-se avaliar os quadros de violência escolar sofrida por professores. Para tanto, um questionário online foi aplicado em professores da rede básica de ensino avaliando questões socioeconômicas e violência escolar. Muitos professores relataram já terem sofrido algum tipo de violência, predominantemente a agressão verbal. Outros tipos também foram identificados: agressão física, ameaças, dano ao patrimônio, assédio sexual e racismo. Observou-se que professores das redes municipal e estadual estão mais expostos, mulheres e os que atuam no Centro-Oeste. Conclui-se que são muitos professores sujeitos à violência em seu ambiente de trabalho. Adicionalmente, o fato de termos encontrado um maior percentual dessa violência nas redes municipal e estadual indica um possível baixo investimento, por parte dos governos estaduais e municipais, na qualidade do trabalho docente e no controle de indicadores que podem estar ligados a essa violência.

Téléchargements

Les données sur le téléchargement ne sont pas encore disponible.

Bibliographies de l'auteur

Nicoli Brandão dos Santos, Instituto Federal de São Paulo, câmpus Jacareí

Graduanda em Licenciatura em Pedagogia - Instituto Federal de São Paulo, câmpus Jacareí

Andressa Stephanie Fernandes Silva, Instituto Federal de São Paulo, câmpus Jacareí

Professora da Prefeitura Municipal de São José dos Campos - SP. Graduada em Licenciatura em Pedagogia - Instituto Federal de São Paulo - câmpus Jacareí

Renata Plaza Teixeira, Instituto Federal de São Paulo, câmpus Jacareí

Mestre e Doutora em Psicologia - USP. Graduada em Direito, Letras e Psicologia - USP

Michael Macedo Diniz, Instituto Federal de São Paulo, câmpus Jacareí

Mestre e Doutor em Matemática Aplicada - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP-IMECC). Graduado em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP - FEG)

Victor Barbosa Ribeiro, Federal Institute of Sao Paulo

Docente do Instituto Federal de São Paulo. Doutor em Ciências da Saúde (Programa de Ginecologia e Obstetrícia) - FMRP-USP. Mestre em Ciências Biológicas (Programa de Fisiologia) - FMRP-USP. Graduação em Pedagogia - UNIFRAN. Graduação em Educação Física - UFVJM. Graduação em Fisioterapia - UNIFRAN

Références

Anser, M. A. C. I., Joly, M. C. R. A., & Vendramini, C. M. M. (2003). Avaliação do conceito de violência no ambiente escolar: visão do professor. Psicologia: Teoria e Prática, 5(2), 67-81. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-36872003000200007

Arreguy, M. E., & Montes, F. F. (2019). Ferenczi y la educación: deconstruyendo la violencia desmentida. Estilos da Clínica, 24(2), 246-261. Recuperado de: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v24i2p246-261

Barbieri, B. C., Santos, N. E., & Avelino, W. F. (2021). Violência escolar: uma percepção social. Revista Educação Pública, 21(7). Recuperado de: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/7/violenciaescolar-uma-percepcao-social

Bourdieu, P., & Passeron, J. C. (1992). A reprodução (3a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Francisco Alves.

Brasil. Secretaria de Direitos Humanos. (2013). Educação em direitos humanos: diretrizes nacionais. Brasília, DF: Coordenação Geral de Educação em SDH/PR, Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alis=32131-educacao-dhdiretrizesnacionais- pdf&Itemid=30192

Chizzotti, A., & Ponce, B. J. (2016). A violência, a escola e as políticas de enfrentamento. Revista Cocar, 10(19), 07-30. Recuperado de: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/784

Dias, L. B., Prates, L. A., & Cremonese, L. (2021). Perfil, fatores de risco e prevalência da violência contra a mulher. Sanare - Revista de Políticas Públicas, 20(1). Recuperado de: https://doi.org/10.36925/sanare.v20i1.1555

Facci, M. G. D. (2019). O adoecimento do professor frente à violência na escola. Fractal, Rev. Psicol., 31(2), 130-142. Recuperado de: https://www.scielo.br/j/fractal/a/YfVf8PZtTKfvy3W4HRJhbxB/?format=pdf&lang=pt

Ferreira, A. C., Santos, E. R., & Rosso, A. J. (2016). Representação social da indisciplina escolar. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 32(1), 199-208. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/0102-37722016012074199208

Gomes, G. M. R., & Bittar, C. M. L. (2021). Percepções de professores e alunos sobre a violência escolar: um estudo qualitativo. Psicologia Escolar e Educacional, 25. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/2175-35392021223900

Hendrickx, M. M. H. G., Cilessen, A. N. H., & Mainhard, T. (2022). Reciprocal associations between teacherstudent relations and students’ externalizingbehavior in elementary education? A within-dyad analysis. Journal of School Psychology, 90, 1-18. Recuperado de: https://doi.org/10.1016/j.jsp.2021.10.004

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (2021). Pesquisa nacional de saúde escolar. Rio de Janeiro, RJ. Recuperado de: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/educacao/9134-pesquisa-nacional-de-saude-do-escolar.html?=&t=reSultados

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [IPEA]. (2021.). Brasil em desenvolvimento: Estado, planejamento e políticas públicas. Brasília, DF. Recuperado de: https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/

Lee, P., & Bierman, K. L. (2018). Longitudinal trends and year-to-year fluctuations in student–teacher conflict and closeness: associations with aggressive behavior problems. Journal of School Psychology, 70, 1-15. Recuperado de: https://doi.org/10.1016/j.jsp.2018.06.002

Marino, L. F. (2019). Escola e violência: a busca por uma ampliação do termo violência escolar frente a realidade brasileira. e-Mosaicos, v. 8(18), 130-144. Recuperado de: https://doi.org/10.12957/emosaicos.2019.41998

Monteiro, S., Pissaia, L. F., & Veiga, L. (2019). O desenvolvimento das virtudes do professor perante a violência escolar. Research, Society and Development, 8(1), e3781625. Recuperado de: https://doi.org/10.33448/rsdv8i1.625

Moreira, D. Z., & Rodrigues, M. B. (2018). Saúde mental e trabalho docente. Estudos de Psicologia, 23(3), 236-247. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epsic/v23n3/a04v23n3.pdf

Organização Mundial da Saúde [OMS]. (2014). Relatório mundial sobre a prevenção da violência. Recuperado de: https://nev.prp.usp.br/wp-content/uploads/2015/11/1579-VIP-Main-report-Pt-Br-26-10-2015.pdf

Patto, M. H. S. (2015). A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo, SP: Intermeios.

Paula, A. S., Kodato, S., & Dias, F. X. (2013). Representações sociais da violência em professores da escola pública. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 4(2), 240-257. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2236-64072013000200008

Pereira, A. C. R., & Freixa, M. O. (2021). Rumo à justiça social: Mediação de conflitos como estratégia para prevenir a violência escolar e aprender a conviver. Research, Society and Development, 10(14), e587101422451. Recuperado de: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22451

Plassa, W., Paschoalino, P. A. T., & Bernardelli, L. V. (2021). Violência contra professores nas escolas brasileiras: determinantes e consequências. Nova Economia, 31(1), 247-271.

Rudasill, K. M., Reio Jr, T. G., Stipanovic, N., & Taylor, J. (2010). A longitudinal study of student–teacher relationship quality, difficult temperament, and risky behavior from childhood to early adolescence. Journal of School Psychology, 48(5), 389-412.

Sacheto, C. (2020). Em SP, 79% da população soube de violência em escolas, diz pesquisa. Portal R7. Recuperado de: https://noticias.r7.com/sao-paulo/em-sp-79-da-populacao-soube-de-violencia-em-escolasdiz-pesquisa-13032020

Santos, W. S., & Medina, P. (2018). Violência na escola básica: um estudo de caso envolvendo redes pública e privada em Palmas - TO. Revista Observatório, 4(6), 794-825.

Schneider, J. K. (2016). Violência na escola a partir da perspectiva docente. Eventos Pedagógicos, 7(2), 822-842.

Silva, F. R., & Assis, S. G. (2018). Prevenção da violência escolar: uma revisão da literatura. Educação e Pesquisa, 44, e157305.

Silva, M., & Silva, A. G. (2018). Professores e Alunos: o engendramento da violência da escola. Educação &Realidade, 43, 471-494.

Silva-Neto, C. M., & Barretto, E. S. S. (2018 ). (In)disciplina e violência escolar: um estudo de caso. Educação e Pesquisa, 44, e165933.

Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo [APEOESP]. (2019). Pesquisa indica aumento de casos de violência nas escolas públicas de São Paulo. São Paulo, SP. Recuperado de: http://www.apeoesp.org.br/noticias/noticias-2019/pesquisa-indica-aumento-de-casos-de-violencia-nasescolas-publicas-de-sao-paulo/

Sousa, G. D., & Fialho, L. M. F. (2017). Violência ao docente na escola: narrativa de professora agredida por aluno. Conhecer: Debate entre o Público e o Privado, 7(18), 113-131.

Sposito, M. P. (2001). Um breve balanço da pesquisa sobre violência escolar no Brasil. Educação e Pesquisa, 27(1), 87-103.

Tenente, L., & Fajardo, V. (2017). Brasil é #1 no ranking da violência contra professores: entenda os dados e o que se sabe sobre o tema. G1. Recuperado de: https://g1.globo.com/educacao/noticia/brasil-e-1-no-rankingda-violencia-contra-professores-entenda-os-dados-e-o-que-se-sabe-sobre-o-tema.ghtml

Wiezzel, A. C. S. (2020). Agressividade e escola: projeto de intervenção protagonizado por professor. HOLOS, 6, 1-19.

Zugno, N., & Schuler, B. (2019). A normalização do corpo (feminino) docente. In A. Morés, & N. Stecanela. Diálogos com a educação: cenários da formação e da atuação docente (p. 11-25). Caxias do Sul, RS: Educs. Recuperado de: https://fundacao.ucs.br/site/midia/arquivos/ebook-dialogos-educacao_2.pdf#page=12

Publiée
2023-05-16
Comment citer
Santos, N. B. dos, Silva, A. S. F., Teixeira, R. P., Diniz, M. M., & Ribeiro, V. B. (2023). VIOLÊNCIA ESCOLAR SOB A PERSPECTIVA DE PROFESSORES DA REDE BÁSICA DE ENSINO DO BRASIL. Teoria E Prática Da Educação, 26(1), e65470. https://doi.org/10.4025/tpe.v26i1.65470