REPRESENTAÇÕES SOBRE O ENSINO DA GRAMÁTICA NO NORTE DE MINAS GERAIS (1920-1950)
Abstract
A pesquisa situa-se no campo da História Cultural e tem por objetivo discutir representações e práticas sobre o ensino da gramática. Tomando a cultura escolar como categoria de análise, procuramos identificar os conteúdos e as orientações sobre o ensino, as prescrições oficiais do governo mineiro e as finalidades teóricas inscritas nos movimentos de reforma educativa, confrontando-as com as práticas de ensino de gramática materializadas nas salas de aula. Como fontes documentais foram utilizados artigos da Revista do Ensino (1925-1933), periódico oficial do governo de Minas Gerais, criado em 1925 com a finalidade de disseminar inovações pedagógicas e orientar professoras das escolas primárias em seu ofício na sala de aula. Também foram consideradas avaliações aplicadas por professora do curso primário, registradas em caderno de uma aluna do 4º ano. A análise das fontes indica que não há uma relação biunívoca entre discursos e práticas, que as professoras produzem a sua ação educativa a partir de suas crenças e concepções, o que nem sempre corresponde aos valores e prescrições advindos do poder oficial. Constatou-se que, apesar de discutido e rechaçado, desde a década de 1920, o ensino normativo da gramática se constituiu como prática em sala de aula, sendo cobrado nas avaliações.
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