ESTADO, POLÍTICAS NEOLIBERAIS E OS (DES)ENCONTROS NA IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO NO PARANÁ
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar as relações entre o Estado e as políticas neoliberais que propiciam os encontros e desencontros na implementação de políticas públicas para Educação do Campo no Paraná, a partir da década de 1990. Tal análise está fundamentada na pesquisa bibliográfica e documental, e amparada nos fundamentos teóricos e metodológicos do materialismo histórico, uma vez que o objeto de estudo desse trabalho está situado no âmbito da luta de classes, característica da sociedade capitalista. Tornou-se relevante organizar o texto compreendendo o Estado capitalista em articulação com as políticas neoliberais e que se torna mínimo para o social e máximo no compromisso com os interesses do capital, consolidando projetos de reformas estruturais no Estado brasileiro e na educação a partir de 1990, os quais lançaram bases para que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST tivessem relações consensuais e contraditórias com o Estado para o fomento de políticas públicas para a Educação do Campo no Paraná. As políticas educacionais neoliberais atendem os educandos/as por meio de políticas sociais compensatórias, projetando ao campo brasileiro uma proposta mercadológica pautada no agronegócio que é umas das formas mais predatórias que expropria os sujeitos do campo de seus espaços de vida e cultura. Contudo, ao mesmo tempo, que o capital tem se apropriado, ainda mais, do contexto campesino, tem se constituído uma agenda de lutas por superação desse embate entre capital e trabalho protagonizados pelo MST no Brasil e no Estado do Paraná.
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