Os três modelos da leitura entre os séculos XVI e XXI: como as práticas sociais transformam os métodos de ensino
Resumo
Neste artigo, busca-se cruzar duas áreas geralmente dissociadas: o fenômeno sócio-histórico da alfabetização e o ensino escolar da leitura. Recorrendo-se a memórias pessoais e à produção acadêmica, apresentam-se reflexões centrais do debate nessas áreas. Nos anos 1970, as reformas para lutar contra o fracasso escolar provocaram polêmicas sobre os métodos de leitura. Ao mesmo tempo, pesquisas históricas sobre a difusão da escrita colocavam em questão o papel da escola na erradicação do analfabetismo. Tais pesquisas eram corroboradas pela volta de um iletrismo dos adultos em sociedades em que a escola era obrigatória há mais de cem anos. Esses dados, todavia, permaneceram separados. Para compreendê-los, foi preciso rejeitar a ideia de um modelo estável do ato de ler e reconstruir a história da leitura escolar.
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