Evangelizar, educar e modernizar
os institutos Samuel Graham e Granbery e a experiência protestante em Goiás (1943-1963)
Resumo
O presente artigo busca analisar os primórdios da educação protestante em Goiás, em particular, o processo de criação do Instituto Samuel Graham em Jataí (1942), de iniciativa presbiteriana, e do Instituto Granbery em Pires do Rio (1943), de filiação metodista. Trata-se de duas vertentes do protestantismo missionário que se instalou no Brasil a partir de meados do século XIX. A análise desses dois institutos tem por objetivoperceber o contexto histórico em que se deu a criação destes, suas aproximações, singularidades e a relação de cada um com as experiências processadas em âmbito nacional, e assim pensar as finalidades, os atores sociais e as intersecções entre religião e educação, tradição e modernidade, público e privado que concorreram para a criação dessas escolas confessionais.
Downloads
Metrics
Referências
Abreu, S. E. (1997). A criação da faculdade de filosofia "Bernardo Sayão" e o protestantismo em Anápolis (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Goiás, Goiânia.
Albano Neto, J. (2007). 80 anos de história da Loja Amor e Luz. Pires do Rio, GO: Gráfica Pires do Rio.
Almeida, J. S. (2007). Missionárias norte-americanas na educação brasileira: vestígios de sua passagem nas escolas de São Paulo no século XIX. Revista Brasileira de Educação,12(35), 327-342. doi: 10.1590/S1413-24782007000200012
Araújo, J. C. (2007). As instituições escolares na Primeira República ou os projetos educativos em busca de hegemonia. In M. I. M Nascimento, W. Sandano, J. C. Lombardi, & Dermeval, S. (Orgs.), Instituições escolares no Brasil: conceito e reconstrução histórica (p. 95-122). Campinas, SP: Autores Associados.
Azevedo, F. (1976). A cultura brasileira. São Paulo, SP: Melhoramentos.
Chamon, C. (2008). Educação, modernidade e protestantismo. In T. Vago, & B. Oliveira (Orgs.), Histórias de práticas educativas (p. 279-300). Belo Horizonte, MG: Editora UFMG.
Chaul, N. (2010). Caminhos de Goiás: da construção da decadência aos limites da modernidade. Goiânia, GO: Editora UFG.
Costa, E. (2016). Os grêmios escolares e os jornais estudantis: práticas educativas na Era Vargas (1930 - 1945) (Tese de Doutorado). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. Recuperado de: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B8QJN8/1/tese.pdf
Dewey, J. (2007). Democracia e educação: capítulos essenciais. São Paulo, SP: Ática.
Dias, K. G. (2016). Educação presbiteriana em Jataí (GO): o Instituto Samuel Graham (1942-1971) (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Paranaíba, Paranaíba.
Dias, K. G. (2020). História e memória da Escola de Enfermagem Cruzeiro do Sul de Rio Verde - Go (1937-1969) (Tese de Doutorado). Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia.
Faria Filho, L. M. (2005). Cultura escolar e cultura urbana: perspectivas de pesquisa em história da educação. In L. Xavier, M. Carvalho, A. Mendonça, & J. Cunha. Escola, culturas e saberes (p. 29-37). Rio de Janeiro, RJ: Editora FGV.
Faria Filho, L. M., & Vidal, D. G. (2000). Os tempos e os espaços escolares no processo de institucionalização da escola primária no Brasil. Revista Brasileira de Educação, 14, 19-34. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n14/n14a03.pdf
Goiás. (1942, 10 de junho). Certificado de registro da Escola Evangélica de Jataí. Goiânia, GO.
Gonçalves, A. M. (2017). Ensino secundário em Goiás: a constituição de uma rede de escolas católicas (1889-1945). In 3º Seminário Internacional: História do Tempo presente (p. 01-16). Florianópolis, SC.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (1940). Censo demográfico brasileiro. Recuperado de: https://biblioteca.ibge.gov.br
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE]. (1958). Enciclopédia dos municípios brasileiros: 1957-1964 (Vol. 36). Rio de Janeiro, RJ. Recuperado de: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv27295_36.pdf
Instituto Granbery. (1943b, 05 de janeiro). Ata do Conselho Superior do Granbery. Juiz de Fora, MG.
Instituto Granbery. (1943a). Ata sobre a fundação de uma filial do Granbery. Pires do Rio, GO.
Instituto Granbery. (1945-1946). Atas do Grêmio Literário Castro Alves. Pires do Rio, GO.
Instituto Granbery. (n.d.). Estatuto Interno do Granbery de Pires do Rio. Pires do Rio, GO.
Instituto Granbery. (1943c). O Granberyense. Juiz de Fora, MG.
Instituto Granbery. (1947). Informativo à comunidade. Pires do Rio, GO.
Instituto Granbery. (1948). Prédio do Instituto Granbery em Pires do Rio [fotografia]. Pires do Rio, GO.
Instituto Granbery. (1962). Relatório do ano letivo de 1962. Pires do Rio, GO.
Instituto Samuel Graham. (1956-1961). Atas do Grêmio Literário Rui Barbosa. Jataí, GO.
Instituto Samuel Graham. (1961). Boletim estatístico do ISG. Jataí, GO.
Instituto Samuel Graham. (1977, 2015). Escritura de imóvel ISG. Jataí, GO.
Instituto Samuel Graham. (n.d.). Uma ligeira história do ISG. Pires do Rio, GO.
Instituto Samuel Graham. (n.d.). Histórico ISG. Jataí, GO.
Instituto Samuel Graham. (1962). Informativo ISG. Jataí, GO.
Instituto Samuel Graham. (n.d.). Laboratório de Ciências ISG [fotografia]. Jataí, GO.
Instituto Samuel Graham. (1957). Prédio do internato feminino ISG [fotografia]. Jataí, GO.
Instituto Samuel Graham. (n.d.). Propaganda ISG. Jataí, GO.
Instituto Samuel Graham. (1963). Regimento Interno do ISG. Jataí, GO.
Instituto Samuel Graham. (1962). Relatório de atividades ISG. Jataí, GO.
Lei Municipal nº 515 de 17 de setembro de 1963. (1963). Reconhece o Instituto Samuel Graham como entidade de utilidade pública. Jataí, GO.
Lôbo, C. (n.d.). Granbery de Pires do Rio.
Missão Brasil Central. (1961). Relatório estatístico anual ISG. São Paulo, SP.
Muniz, T. A. (2020). Educação protestante em Goiás: entre modernidade e tradição nos institutos Samuel Graham - Jataí e Granbery - Pires do Rio (1942-1963) (Tese de Doutorado). Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia.
Nascimento, E. F. (2008). Fontes para a história da educação: documentos da missão presbiteriana dos Estados Unidos no Brasil. Maceió, AL: Edufal.
Nascimento, E. F. (2005). Os missionários da educação e o Instituto Ponte Nova da Bahia. Revista Lusófona de Educação, 05, 111-126. Recuperado de: https://www.redalyc.org/html/349/34900506/
Nunes, C. (2000). (Des)encantos da modernidade pedagógica. In E. Lopes, L. Faria Filho, & C. Veiga (Orgs.), 500 anos de educação no Brasil (p. 371-398). Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Pires, L. (1997). O ensino secundário em Jataí nas décadas de 40 e 50 (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Goiás, Goiânia.
Ramalho, J. (1976). Prática educativa e sociedade. Rio de Janeiro, RJ: Zahar Editores.
Silva, J. C., & Barbosa, F. (2017). Estrada de Ferro Goiás e a modernização do território goiano: o caso de Pires do Rio (GO). Revista Sapiência: Sociedade, Saberes e Práticas Educacionais, 6(1), 192-217.
Silva, N. (1975). Tradição e renovação educacional em Goiás. Goiânia, GO: Oriente.
Siqueira, J. (2006). Um contrato singular e outros ensaios de História de Goiás. Goiânia, GO: Kelps.
Teixeira, A. (2006). Aspectos americanos de educação: anotações de viagem aos Estados Unidos em 1927. Rio de Janeiro, RJ: Editora UFRJ.
Vidal, D. (2000). Escola nova e processo educativo. In E. Lopes, L. M. Faria Filho, & C. Veiga (Orgs.), 500 anos de educação no Brasil (p. 497-517). Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Vieira, D. G. (1980). O protestantismo, a maçonaria e a questão religiosa no Brasil. Brasília, DF: Editora UnB.
Warde, M. J. (2000). Americanismo e educação: um ensaio no espelho. São Paulo em Perspectiva, 14(2), p. 37-43. Recuperado de: http://www.scielo.br/pdf/spp/v14n2/9786.pdf
Copyright (c) 2021 Tamiris Alves Muniz, Sauloéber Tarsio de Souza (Autor)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado) para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.
