<b>A produção histórica de categorias de apreensão do aluno na educação portuguesa (1880-1900)</b>
Resumen
O trabalho busca analisar, no interior deste processo de afirmação da escola como espaço formador das novas gerações ao longo do século XIX, um período delimitado (duas últimas décadas do século XIX), em um contexto nacional específico (Portugal), a produção de conhecimentos sobre o aluno (definido por seu pertencimento geracional: criança/jovem). Busca-se apreender, na produção discursiva sobre a criança/aluno e seus processos de desenvolvimento, a difusão de conhecimentos científicos, contemplando a análise de suas matrizes epistêmicas. Tem-se como fonte as revistas de educação e ensino, compreendidas como dispositivos característicos daquele momento histórico de formação do professorado, circulação dos discursos científicos e afirmação dos especialistas como detentores de um saber socialmente legitimado. Verifica-se, por um lado, ao longo do período, a afirmação de uma ciência fundada no modelo positivista spenceriano. Por outro, observa-se o progressivo deslocamento de um paradigma histórico comtiano na análise dos processos de desenvolvimento da criança, para um referencial médico-higienista, voltado para a caracterização e medida dos caracteres fisiológicos dos alunos, indicativos de seu nível de desenvolvimento mental, racialmente definido. Revela-se a tensão, característica da ciência oitocentista entre os termos raça/ história na explicação dos fenômenos individuais, sociais e culturais.
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