Educación, herencia y eugenesia

el proyecto educativo de Octavio Domingues (1926-1932)

Palabras clave: eugenesia, educación eugenésica, Octavio Domingues, historia de la educación

Resumen

El profesor, genetista y director del periódico Boletim de Eugenia Octavio Domingues (1897-1972) es un intelectual aún poco estudiado en el campo de la Educación, a pesar de haber publicado decenas de artículos y libros sobre el tema. A partir de una investigación documental en diálogo con la bibliografía especializada, este artículo analiza las publicaciones de Domingues en la Revista de Agricultura de 1926 a 1930, y en el Boletim de Eugenia de 1930 a 1932, explicando la relación entre educación, herencia y eugenesia desarrollada en estos periodicos. Concluimos que Domingues consideró la educación como el medio más fecundo para la formación de la conciencia eugenésica, estructurando un proyecto educativo elitista y autoritario, a pesar de los argumentos pro-mestizaje y ‘humanistas’ presentes en su obra.

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Metrics

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Guilherme Prado Roitberg, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil

Doutorando em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pesquisador visitante na University of Groningen (RUG, Países Baixos). Mestre em Educação e graduado em História pela Universidade Estadual Paulista (UNESP).

Luiz Roberto Gomes, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil

Doutor em Filosofia da Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com estágio pós-doutoral em Ciências da Educação pela Goethe Universität – Frankfurt am Main. Professor Associado do Departamento de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCar. Líder do Grupo de Pesquisa Teoria Crítica e Formação Ético-política (UFSCar-CNPq).

Citas

Antonil, J. A. (1930). Coroneis da agricultura... Revista de Agricultura, 5(3-4), 75-76.

Antonil, J. A. (1928). A escola rural bem intencionada. Revista de Agricultura, 3(9-10), 1-2.

Antonil, J. A. (1929). Literatura de vulgarização. Revista de Agricultura, 4(7-8), 271-272.

Carvalho, L. D., & Souza, V. S. (2017). Continuidades e rupturas na história da eugenia: uma análise a partir das publicações de Renato Kehl no Pós-Segunda Guerra Mundial. Perspectiva (UFSC), 35, 887-910.

Conferencia sobre eugenia (1929). Revista de Agricultura, 4(9-10), 445-446.

Conselho Federal de Medicina Veterinária. (2018). Prêmio Professor Octavio Domingues. Recuperado de: https://www.cfmv.gov.br/premio-octavio-domingues/institucional/2018/10/10/

Darwin, L. (1931). A eugenia no futuro. Boletim de Eugenia, 3(31), 1-2.

Dávila, J. (2006). Diploma de brancura: política social e racial no Brasil, 1917-1945 (Cláudia Sant'Ana Martins, trad., 1a ed.). São Paulo, SP: Editora Unesp.

Domingues, O. (1932b). Apezar do progresso... Boletim de Eugenia, 4(38), 21.

Domingues, O. (1931c). Birth-control, esterilização e pena de morte. Boletim de Eugenia, 3(30), 4.

Domingues, O. (1942). Eugenia: seus propósitos, suas bases, seus meios (em cinco lições) (Biblioteca Pedagogica brasileira, s. 4, v. 2, 2a ed. reform.). São Paulo, SP: Companhia Editora Nacional.

Domingues, O. (1932a). A eugenia e os esportes. Boletim de Eugenia, 4(37), 6-7.

Domingues, O. (1936). Hereditariedade e eugenia (Bibliotheca de Divulgação Científica, v. 5, direção de Arthur Ramos, 1a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.

Domingues, O. (1929a). A hereditariedade em face da educação (Coleção Bibliotheca de Educação, v. 6). São Paulo, SP: Melhoramentos.

Domingues, O. (1932c). Limalhas de um eugenista (parte 1). Boletim de Eugenia, 4(38), 26-30.

Domingues, O. (1932d). Limalhas de um eugenista (parte 2). Boletim de Eugenia, 4(39), 67-70.

Domingues, O. (1932e). Limalhas de um eugenista (parte 3). Boletim de Eugenia, 4(40), 82-85.

Domingues, O. (1926). Mecanismo de hereditariedade patologica. Revista de Agricultura, 1(2), 13-16.

Domingues, O. (1931b). Poderemos ser melhores? Boletim de Eugenia, 3(26), 1-2.

Domingues, O. (1930b). Os programmas de ensino e a genetica. Boletim de Eugenia, 2(13), 2-3.

Domingues, O. (1930a). A saude. Revista de Agricultura, 5(5-6), 223-230.

Domingues, O. (1929b). As teorias da hereditariedade. Revista de Agricultura, 4(1-2), 95-103.

E. R. (1930a). O animal homem. Boletim de Eugenia, 2(16), 4.

E. R. (1930b). Causas da desorganização matrimonial. Falhas da educação moderna. Boletim de Eugenia, 2(19), 1-3.

E. R. (1931). O exame prenupcial e o voto da Sociedade Franceza de Eugenia. Boletim de Eugenia, 3(27), 6-7.

E. R. (1930c). O lar e a educação sexual das creanças. Boletim de Eugenia, 2(22), 1-3.

E. R. (1930d). Resposta de uma mãe: a educação sexual da infancia e da mocidade. Boletim de Eugenia, 2(24), 6-8.

Echeverría, E., & Saavedra, A. M. (1966, 7 de jul). Correspondência a Salvador de Toledo Piza Júnior. Acapulco, ME: Biblioteca Salvador de Toledo Piza Júnior.

Esnaurrízar, M. L., & Saavedra, A. M. (1960, 11 de out). Correspondência a Salvador de Toledo Piza Júnior. Acapulco, ME: Biblioteca Salvador de Toledo Piza Júnior.

Galton, F. (2000). Hereditary genius: an inquiry into its laws and consequences (Third electronic edition, based on the text of the second edition (1892). Edited by Gavan Tredoux). London: MacMillan. Recuperado de: https://galton.org/books/hereditary-genius/text/pdf/galton-1869-genius-v3.pdf

Galton, F. (2004). Inquiries into human faculty and its development (First corrected proof of the first electronic edition (2001), based on the text of the second edition (1907). Edited by Gavan Tredoux). London: J. M. Dent & Co. (Everyman). Recuperado de: https://galton.org/books/human-faculty/text/galton-1883-human-faculty-v4.pdf

Habib, P. A. B. B. (2010). Agricultura e biologia na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ): os estudos de genética nas trajetórias de Carlos Teixeira Mendes, Octavio Domingues e Salvador de Toledo Piza Jr. (1917-1937) (Tese de Doutorado em História das Ciências e da Saúde). Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro.

Habib, P. A. B. B., & Wegner, R. (2014). De plantas y hombres: cómo los genetistas se vincularon a la eugenesia en Brasil (un estudio de caso, 1929–1933), Asclepio, 66(2), 1-14. Recuperado de: https://www.scielo.br/j/vh/a/M5wjvmdn4QYV9Y9t9JL3bhx/?lang=pt

João do Norte. (1929). O Brasil e a raça. Boletim de Eugenia, 1(8), 4.

João Sem Nome, M. (1931). Resposta de uma mãe ao inquerito sobre educação sexual. Boletim de Eugenia, 3(26), 5-6.

Kehl, R. F. (1929c). Conferencia sobre a eugenia, pelo Prof. Domingues. Boletim de Eugenia, 1(12), 5.

Kehl, R. F. (1929a). Educação e eugenia. Boletim de Eugenia, 1(9), 1-2.

Kehl, R. F. (1929b). A eugenia no Brasil. Boletim de Eugenia, 1(11), 1.

Kehl, R. F. (1930). Inquerito sobre a educação sexual da infancia e da mocidade. Boletim de Eugenia, 2(19), 4.

Kehl, R. F. (1935). Lições de eugenia (2a ed. refundida e aumentada). Rio de Janeiro, RJ: Livraria Francisco Alves.

Kehl, R. F. (1931). Por que se fundou a C.C.B.E. Boletim de Eugenia, 3(27), 2.

López Guazo, L. S. (2005). Eugenesia y racismo en México (1a ed.). Ciudad de México, ME: Universidad Nacional Autónoma de México.

Lourenço Filho, M. B. (1929). Prefácio. In O. Domingues. A hereditariedade em face da educação (p. 7-9, Coleção Bibliotheca de Educação, v. VI). São Paulo, SP: Melhoramentos.

Lundborg, H. B. (1930). Biologia racial: perspectivas e pontos de vistas eugênicos (W.F.K., trad.). Boletim de Eugenia, 2(14), 2-3.

Lundborg, H. B. (1931). Cruzamento de raças (W.F.K., trad.). Boletim de Eugenia, 3(34), 1-3.

Macrobio (1931). A educação dos sentimentos politicos e a Eugenia. Boletim de Eugenia, 3(29), 3-4.

Maio, M. C. (1992). Nem Rothschild Nem Trotsky. O pensamento anti-semita de Gustavo Barroso. Rio de Janeiro, RJ: Imago.

Miranda, M. (2022). Develando aspectos del Humanismo Eugenésico Integral (Argentina, post-Holocausto). El banquete de los Dioses, 10(1), 213-237. Recuperado de: https://publicaciones.sociales.uba.ar/index.php/ebdld/article/view/7334/6442

Nota de falecimento do professor Octavio Domingues (1972). Revista de Agricultura, 47(2), 139. Recuperado de: http://revistadeagricultura.org.br/index.php/revistadeagricultura/article/view/2102/pdf_1725

Um Pae. (1929). Carta de um pae. Boletim de Eugenia, 1(3), 2-3.

Perondi, G. (1931a). O problema da tuberculose do ponto de vista da eugenia (C. C., trad.). Boletim de Eugenia, 3(27), 3-5.

Perondi, G. (1931b). O problema da tuberculose do ponto de vista da eugenia (continuação e fim) (C. C., trad.). Boletim de Eugenia, 3(28), 2-4.

Piza Júnior, S. T. (1933). A hereditariedade da cor da pele no casamento branco-preto (conclusão). Boletim de Eugenia, 5(41), 5-12.

Piza Júnior, S. T. (1931). Uma nova explicação para a recombinação fatorial na Drosophila Melanogaster. Boletim de Eugenia, 3(30), 1-3.

Piza Júnior, S. T. (1921). Ode à ESALQ. Recuperado de: https://www.esalq.usp.br/institucional/simbolos-esalqueanos/ode

Ramos, A. (1939, 14 de maio). Correspondência a Octavio Domingues. Rio de Janeiro, RJ. Recuperado de: http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1303635/mss1303635.jpg

Recasens, S. (1929). Eugenía e procriação (C. C., trad.). Boletim de Eugenia, 1(4), 1-2.

Roquette-Pinto, E. (1927). Seixos rolados: estudos brasileiros (1a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Mendonça, Machado e Cia.

Schopenhauer, A. (1932). Amor e eugenia: notas de um precursor da ciencia da boa geração (E. R., trad.). Boletim de Eugenia, 4(40), 85.

Schraenen, W. (1930). A eugenía como sciencia e como ideal social (C. C., trad.). Boletim de Eugenia, 2(15), 1-2.

Souza, V. S. (2016). A eugenia brasileira e suas conexões internacionais: uma análise a partir das controvérsias entre Renato Kehl e Edgard Roquette-Pinto, 1920-1930. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 23(supl.), 93-110. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S0104-59702016000500006

Souza, V. S. (2006). A política biológica como projeto: a “eugenia negativa” e a construção da nacionalidade na trajetória de Renato Kehl (1917-1932) (Dissertação de Mestrado em História das Ciências). Casa de Oswaldo Cruz - Fiocruz, Rio de Janeiro. Recuperado de: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/6134/2/8.pdf

Stepan, N. L. (2004). Eugenia no Brasil, 1917-1940. In G. Hochman, & D. Armus (Orgs.), Cuidar, controlar, curar: ensaios históricos sobre saúde e doença na América Latina e Caribe (História e saúde collection, p. 330-391). Rio de Janeiro, RJ: Editora Fiocruz. Recuperado de: https://books.scielo.org/id/7bzx4/pdf/hochman-9788575413111-11.pdf

Stepan, N. L. (2005). A hora da eugenia: raça, gênero e nação na América Latina (Paulo M. Garchet, trad.). Rio de Janeiro, RJ: Editora Fiocruz.

Stefano, W. (2009). Octavio Domingues: concepções sobre miscigenação no contexto eugênico. Temas & Matizes, 15, 42-54. Recuperado de: https://e-revista.unioeste.br/index.php/temasematizes/article/view/3905

Vechia, A., & Lorenz, K. M. (2009). Fernando de Azevedo e a questão da “raça brasileira”: sua regeneração pela educação física. Cadernos de História da Educação, 8(1), 57-70. Recuperado de: https://seer.ufu.br/index.php/che/article/view/2275

Wegner, R., & Souza, V. S. (2013). Eugenia ‘negativa’, psiquiatria e catolicismo: embates em torno da esterilização eugênica no Brasil. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 20 (1), 263-288. Recuperado de: https://www.scielo.br/j/hcsm/a/Hxj4PcSwZGZQzfTRgHpGCbC/?format=pdf&lang=pt

Publicado
2023-01-16
Cómo citar
Roitberg, G. P., & Gomes, L. R. (2023). Educación, herencia y eugenesia. Revista Brasileira De História Da Educação, 23(1), e249. https://doi.org/10.4025/rbhe.v23.2023.e249
Sección
Artículo original