Teste de desempenho específico do jiu-jitsu induz fadiga neuromuscular em lutadores experientes
Resumo
O combate de Jiu-Jitsu possui predominância metabólica aeróbia, principalmente nos momentos de recuperação dentro e entre os combates, além de uma importante contribuição da via glicolítica para a execução de técnicas, tornando-se está a via determinante para a vitória no combate. Diante dessas especificidades fisiológicas, ferramentas têm sido investigadas para a avaliação específica do desempenho neste esporte, entre as quais se destaca o teste de desempenho anaeróbico de Jiu-Jitsu (JJAPT). Este teste é capaz de simular o combate em termos fisiológicos e motores; no entanto, permanece incerto se pode induzir fadiga aguda. Uma ferramenta importante para identificar a fadiga neuromuscular é o salto em contramovimento (SVCM). Portanto, o objetivo do estudo foi avaliar se o JJAPT induz fadiga aguda nos membros inferiores e se há uma diminuição progressiva no número de repetições do JJAPT durante o próprio teste. Dezesseis graduados em Jiu-Jitsu brasileiro (34,0 ± 7,0 anos, 91,5 ± 12,4 kg, 1,75 ± 0,5 cm) realizaram o teste SVCM antes e depois do JJAPT. A altura do SVCM foi maior (p < 0,05) no pré-teste (28,3 ± 4,7 cm) em comparação com o pós-teste (24,0 ± 3,8 cm), com um tamanho de efeito moderado (TE) de 1,0. Além disso, houve uma queda no desempenho (número de repetições) durante as últimas três séries do JJAPT. O JJAPT induz de forma eficaz a fadiga neuromuscular aguda nos membros inferiores, como evidenciado pela diminuição no desempenho do CMJ entre lutadores experientes. Nossas descobertas demonstram uma diminuição progressiva no número de repetições do JJAPT durante o teste, destacando as demandas de alta intensidade que impõe e sendo respaldado por variáveis fisiológicas, indicando fadiga significativa induzida pelo teste.
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