Os usos da teoria de Pierre Bourdieu para estudar corpo e saúde no campo acadêmico-científico da educação física
Resumo
Esta revisão integrativa da literatura analisa como o campo acadêmico-científico da Educação Física (EF) no Brasil utilizou os conceitos operados por Pierre Bourdieu para estudar corpo e saúde em artigos científicos publicados entre 2016 e 2021. Resultados revelam que os usos apresentam-se, majoritariamente, isolados e refutam ou reforçam argumentos, não mobilizando os conceitos sistematicamente como propõe a teoria sociológica de Bourdieu. Assim, são insuficientes para explicar as intenções teóricas dos autores. Todavia, ratificam um esforço dos agentes do campo da EF para realizar um exercício reflexivo com a teoria da prática. Ademais, evidenciam desigualdades e dominações que atravessam o corpo e a saúde na EF, especialmente a partir do capital econômico e simbólico. Os agentes dominantes que estruturam os subcampos analisados, perpetuam as dominações, através do exercício da violência simbólica, nas práticas corporais, esportivas ou na saúde pública. As disposições dos habitus não são naturais, ratificando que as dominações e desigualdades que atravessam o espaço social atingem os que possuem menos capital econômico e cultural em relação ao corpo e à saúde.
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