HÁBITOS ORAIS DELETÉRIOS NA INFÂNCIA: IMPLICAÇÕES NA AQUISIÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA

Palavras-chave: Alfabetização. Leitura e escrita. Formação de educadores.

Resumo

Este artigo, de natureza teórica, tem o propósito de investigar as relações entre os hábitos orais deletérios na infância e possíveis dificuldades na aquisição da leitura e da escrita. Analisamos pesquisas empíricas que tratam da temática e constatamos que a literatura da área indica que hábitos orais como o uso de mamadeira, de chupeta, a onicofagia e a sucção digital podem impactar negativamente a aquisição fonológica, uma vez que provocam danos anatômicos, fisiológicos e funcionais às estruturas articulatórias. O surgimento de padrões patológicos devido a tais hábitos acarreta disfunções sensoriais e alterações no desenvolvimento da fisiologia e da morfologia dos grupos musculares orofaciais que, por sua vez, reduzem a inteligibilidade da fala, podendo resultar em distúrbios ou em distorções. Essas inadequações no desenvolvimento da linguagem oral ocasionam dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita, na mediada em que o processo de alfabetização requer consciência fonológica. Conclui-se que é fundamental que os profissionais da educação tenham conhecimento sobre esse assunto para que possam identificar a ocorrência dos hábitos orais deletérios infantis, bem como elaborar estratégias que promovam o seu abandono.

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Biografia do Autor

Khésia Panhozi Vellozo, Docente da Educação Básica da Secretaria de Educação do Município de Maringá.

Especialista em Psicopedagogia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Graduação em Fonoaudiologia pelo Centro Universitário de Maringá (CESUMAR). Graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Docente da Educação Básica da Secretaria de Educação do Município de Maringá.

Solange Franci Raimundo Yaegashi, Universidade Estadual de Maringá

Pós-Doutorado em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). Doutorado e Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Graduação em Psicologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Docente do Departamento de Teoria e Prática da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação. 

Lucilia Vernaschi de Oliveira, Universidade Estadual de Maringá e Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED/PR.

Doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Graduação em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Umuarama (FAFIU). Graduação em Fonoaudiologia pelo Centro Universitário de Maringá (CESUMAR). Docente da Educação Básica da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED/PR.

Luciana Maria Caetano, Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo

Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP).

Publicado
2020-08-11
Como Citar
Vellozo, K. P., Yaegashi, S. F. R., Oliveira, L. V. de, & Caetano, L. M. (2020). HÁBITOS ORAIS DELETÉRIOS NA INFÂNCIA: IMPLICAÇÕES NA AQUISIÇÃO DA LEITURA E DA ESCRITA. Teoria E Prática Da Educação, 23(1), 59-72. https://doi.org/10.4025/tpe.v23i1.47933
Seção
Artigos