<b>O carteiro e o educador: práticas políticas na escrita epistolar</b>
Resumo
No arquivo pessoal de Anísio Teixeira, sob a guarda do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas, que contém vasto conjunto documental, uma mensagem chama a atenção: nela, o remetente solicita emprego para um cunhado. Não era um dos políticos, intelectuais, familiares, amigos e professores que escreveram a Anísio Teixeira para pedir, agradecer, cumprimentar, sugerir, cobrar, reivindicar, quando ele esteve à frente da Diretoria da Instrução Pública do Distrito Federal, entre 1931 e 1935. O remetente é o carteiro que entregava diariamente cartas de outros tantos remetentes que escreviam em defesa dos próprios interesses mas, na maior parte das vezes, o faziam para interceder por familiares e amigos. Entendendo que estas cartas fornecem pistas de uma dada cultura política que atravessa a vida pública brasileira e, em especial, o sistema educacional, durante as primeiras décadas do século XX, pretende-se examinar tanto nos suportes da escrita, no conteúdo das mensagens, bem como nas anotações feitas nas margens, como Anísio Teixeira procurou instituir novas práticas políticas na educação brasileira.
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