<b>O carteiro e o educador: práticas políticas na escrita epistolar</b>

  • Ana Chrystina Venancio Mignot Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Palavras-chave: Anísio Teixeira, Cultura Política

Resumo

No arquivo pessoal de Anísio Teixeira, sob a guarda do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas, que contém vasto conjunto documental, uma mensagem chama a atenção: nela, o remetente solicita emprego para um cunhado. Não era um dos políticos, intelectuais, familiares, amigos e professores que escreveram a Anísio Teixeira para pedir, agradecer, cumprimentar, sugerir, cobrar, reivindicar, quando ele esteve à frente da Diretoria da Instrução Pública do Distrito Federal, entre 1931 e 1935. O remetente é o carteiro que entregava diariamente cartas de outros tantos remetentes que escreviam em defesa dos próprios interesses mas, na maior parte das vezes, o faziam para interceder por familiares e amigos. Entendendo que estas cartas fornecem pistas de uma dada cultura política que atravessa a vida pública brasileira e, em especial, o sistema educacional, durante as primeiras décadas do século XX, pretende-se examinar tanto nos suportes da escrita, no conteúdo das mensagens, bem como nas anotações feitas nas margens, como Anísio Teixeira procurou instituir novas práticas políticas na educação brasileira.

 

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Biografia do Autor

Ana Chrystina Venancio Mignot, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professora adjunta do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutora em ciências humanas – educação. Pesquisadora do CNPq. Cientista do Nosso Estado (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e Procientista (Uerj/Faperj).

 

 

Publicado
2012-02-10
Como Citar
Mignot, A. C. V. (2012). <b>O carteiro e o educador: práticas políticas na escrita epistolar</b&gt;. Revista Brasileira De História Da Educação, 5(2 [10]), 45-69. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/38645