As crianças tupinambás e sua educação no século XVI: ternura, dor, obediência

  • Jérôme Thomas Crises Université de Montpellier III (França)
  • Carmen Lucia Soares
Palavras-chave: educação, tupinambá, Brasil, corpos, rituais

Resumo

Ritos de passagem socializam os membros mais jovens de umadada sociedade. Os tupinambás não são exceção. No século XVI, os portugueses se impressionam com modelos desocialização entre os tupinambás, em particular, a couvade[1], que pouco compreendem e logo assimilam à barbárie. Noentanto, são eles que permitem tecer elos sociais, integraridades e instaurar uma diferença de gêneros. Distante de umavisão ideológica veiculada pelos portugueses que apresentam essas comunidades sem regras educativas, a sociedade tupinambá, ao contrário, é estruturada e preocupada com aeducação de suas crianças.


[1] N.T. Trata-se de um costume de certos povos, segundo o qual os homens participam, simbolicamente, do parto de sua mulher,  inclusive permanecendo em quarentena e recebendo visitas e presentes.

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Biografia do Autor

Jérôme Thomas, Crises Université de Montpellier III (França)
Historiador, Doutor em Antropologia pela l’Université de Montpellier III-PaulValery. Pesquisador associado do laboratório de pesquisa CRISES, da Université deMontpellier III onde ministra disciplinas concernentes a antropologia e história.
Carmen Lucia Soares
Doutora em Educação pela Unicamp (1996), mestre em História e Filosofia daEducação pela PUC/SP (1990) e Livre docente pela Unicamp (2010) onde éprofessora desde 1987. É bolsista do CNPq-nível 2.
Publicado
2014-04-24
Como Citar
Thomas, J., & Soares, C. L. (2014). As crianças tupinambás e sua educação no século XVI: ternura, dor, obediência. Revista Brasileira De História Da Educação, 14(1[34]), 23-48. Recuperado de https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/38862