As ‘Cartas de Formação’ de Mário de Andrade (1924-1945) e sua Potência Educativa
Resumo
No presente artigo, analisam-se as ‘cartas de formação’ trocadas entre Mário de Andrade e um conjunto de jovens escritores ao longo de mais de duas décadas, nas quais ele ocupou o lugar de mestrepara os mais novos. Inspirados pela análise de Michel Foucault sobre o cuidado de si greco-romano e sobre sua extensão para o âmbito educacional – a ‘psicagogia’ –, sustentamos a hipótese de que, por meio das correspondências em tela, instauraram-se práticas formativas em nada tributárias do trato pedagógico stricto sensu. Apontamos para um arranjo educativo marcado por um endereçamento ético à prática escritural, de sorte que esta assumisse o papel de elo permanente entre o sujeito escrevente e sua verdade, ambos em permanente construção.Downloads
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