O rádio cativo nas escolas radiofônicas
um artefato cultural de ensino para os caboclos ‘ingênuos’ na Prelazia do Guamá, Amazônia paraense (1961- 1971)
Resumo
O presente artigo analisa os sentidos e significados do rádio cativo para os caboclos ingênuos nas escolas radiofônicas da Prelazia do Guamá, Amazônia paraense (1961-1971). Para isso, a metodologia utilizada foi a abordagem da Nova História Cultural. As fontes foram identificadas no Tribunal de Contas da Diocese de Bragança com seus respectivos ‘livros de tombo’, dentre outras. Desse modo, foi diagnosticado que o rádio cativo operava enquanto um objeto de consumo e ensino para alfabetizar e escolarizar os caboclos ingênuos, jovens e adultos. Assim, a partir dos resultados, é fato que o funcionamento do rádio cativo nas escolas radiofônicas está associado a outros artefatos culturais, tais como as antenas, as castanhas, os fios de cobre e os transmissores.
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