Intellectuals, maternal authority, and the participation of women in the creation of Portuguese children's literature at the end of the 19th century

Keywords: women intellectuals, motherhood, feminism, Portugal

Abstract

This article aims to investigate gender markers in the European matrices of children's literature and in the participation of women writers and publishers in the creation of Portuguese children's literature in the nineteenth century. The underlying hypothesis is that, in contrast to other fields of literary and didactic production, women found in this literature an area of activity that was less hostile and in which sex and the qualities attributed to the female gender could be seen as advantages. For women intellectuals, this type of production made it possible to address mothers and children as agents of social transformation, while at the same time giving their production a political character and the recognition of their place of authority in debates about education.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Patricia Santos Hansen, Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa (CHAM), Lisboa, Portugal

Investigadora Principal no CHAM, o Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa. Possui graduação e mestrado em História pela PUC-Rio e doutorado em História Social pela USP. Realizou pós-doutorado no CPDOC da Fundação Getúlio Vargas e na Fundação Casa de Rui Barbosa. Foi Marie Curie Fellow no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. É coorganizadora do livro Intelectuais mediadores (2016) e autora de vários capítulos e artigos sobre história da literatura infantil e história intelectual.

References

Almeida, V. C. (1957). Prefácio. In Os melhores livros para crianças (Vol. 6, 3a ed.). Livr. Clássica Editora.

Balça, A. (2007). Virgínia de Castro e Almeida e a colecção “Grandes Portugueses”: os livros para crianças como instrumentos doutrinários. LIBEC Line – Revista Em Literacia e Bem-Estar Da Criança, (2).

Barreto, A. G. (2002). Dicionàrio de literatura infantil portuguesa. Campo das Letras.

Bastos, G. (1997). A escrita para crianças em Portugal no século XIX. Caminho da Educação.

Beasley, F. E. (2000). Altering the fabric of history: Women’s participation in the classical age. In S. Stephens (Ed.), A history of women’s writing in france (pp. 64-83). Cambridge University Press.

Bérenguier, N. (2016). Mères, gouvernantes et livres de conduite: Guerre ou alliance ? In I. Brouard-Arends, & M.-E. Plagnol-Diéval (Eds.), Femmes éducatrices au siècle des Lumières (pp. 23-32). Presses universitaires de Rennes.

Cadet, M. R. C. (1880). Flores da infância: contos e poesias moraes. Livraria de Madame François Lallemant.

Cadet, M. R. C. (1883a). A mascarada infantil: comedia em um acto. Livr. de Madame Marie François Lallemant.

Cadet, M. R. C. (1883b). Os contos da mamã: dedicados à infancia portugueza. Marie François Lallemant.

Cadet, M. R. C. (1884a). A boneca: comedia em um acto. Livr. de Madame Marie François Lallemant.

Cadet, M. R. C. (1884b). As fadas improvisadas: comedia em um acto. Livr. de Madame Marie François Lallemant.

Cadet, M. R. C. (1884c). O lunch na quinta: comedia em um acto. Livr. de Madame Marie François Lallemant.

Cadet, M. R. C. (1884d). O primeiro baile: monologo em um acto. Livr. de Madame Marie François Lallemant.

Cadet, M. R. C. (1884e). O segredo de Helena: monologo em verso. Livr. de Madame Marie François Lallemant.

Caïel [Alice Pestana]. (1886). Às mães e às filhas: contos. Livraria de A. M. Pereira.

Câmara, I. M. S. B. (1996). Pensar o feminino: Alice Pestana e a educação. [s.n.].

Campos, C. (1897). Prefácio. In Ayora. Contos azues. M. Gomes.

Carvalho, M. A. V. (1895). Prefácio. In Castro e Almeida, V. A fada tentadora. M. Gomes.

Carvalho, M. A. V., & Crespo, G. (1882). Contos para os nossos filhos. Joaquim Antunes Leitão-Ed. Pinto-Ed.

Carvalho, M. A. V., & Crespo, G. (1886). Contos para os nossos filhos (2a ed). Editor Joaquim Antunes Leitão.

Davies, R. (2014). Written maternal authority and eighteenth-century education in Britain: Educating by the book. Ashgate.

Deus, J. (1878). Cartilha maternal ou arte de leitura (3ª ed). Imprensa Nacional.

Esteves, J. (2008). Mulheres e republicanismo (1908-1928). Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género.

Frias, J. I. (1883). Prólogo do Tradutor. In M. L. Beaumont. Thesouro de meninas ou diálogos entre uma sábia aia e suas discipulas... Viuva Bertrand & C.ª.

Gomes, A. C. (2016). Aventuras e desventuras de uma autora e editora portuguesa: Ana de Castro Osório e suas viagens ao Brasil. In A. C. Gomes, & P. S. Hansen. Intelectuais mediadores: práticas culturais e ação política (pp. 92-120). Civilização Brasileira.

Hansen, P. S. (2016). A literatura infantil no Brasil e em Portugal: problemas para a sua historiografía. Sarmiento - Anuario Galego de Historia Da Educacion, (20), 133-161. doi: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6145523

Hansen, P. S. (2022). Nation, childhood and its otherness: brazilian children’s literature from the nineteenth to the beginning of the twentieth century. Revista Brasileira de História, 42(91), 263-285. doi: 10.1590/1806-93472022v42n91-13

Harries, E. W. (2003). Twice upon a time: Women writers and the history of the fairy tale. Princeton University Press.

Junqueiro, G. (1881). Contos para a infância. António Maria Pereira.

Lallemant, M. F. (1884). Anúncio da coleção Teatro Infantil. In M. R. C. Cadet. As fadas improvisadas: comedia em um acto. Livr. de Madame Marie François Lallemant.

Leprince de Beaumont, J.-M. (1859). Thesouro de adultas: ou dialogos entre uma sabia mestra e suas discipulas da primeira graduação (3a ed. emendada em algumas passagens á vista do original, J. I. Frias, trand.). Typographia de Costa Sanches.

Lopes, A. M. C. (2005). Imagens da mulher na imprensa feminina de oitocentos: percursos de modernidade. Quimera.

Luca, T. R., & Silva, A. C. S. (Eds.). (2022). Maria Amalia Vaz de Carvalho: conversas lisbonenses & outros escritos (1884-1889). FE-UNICAMP.

Myers, M. (1991). Romancing the moral tale: Maria Edgeworth and the problematics of pedagogy. In J. H. McGavran (Ed.), Romanticism and children’s literature in nineteenth-century England (pp. 96-128). University of Georgia Press.

Neto, I. (2008). Ana de Castro Osório: escritora e editora para crianças [Dissertação de Mestrado]. Universidade Nova de Lisboa.

Osório, A. C. (1896). Historias para creanças. Branco e Negro, (38). Recuperado de: https://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/BrancoeNegro/BrancoeNegro.htm

Osório, A. C. (1905). Ás mulheres portuguesas. Editora Viúva Tavares Cardoso.

Pestana, A. (1935). El protectorado del niño delincuente (Un ensayo de educacion correccional). [s.n.].

Pires, M. L. B. (1982). História da literatura infantil portuguesa. Vega.

Queirós, E. (1881). O natal — a ‘litteratura de natal’ para crianças. Gazeta de Notícias, (40). Recuperado de: http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=103730_02&pagfis=1594

Quental, A. (Ed.). (1883). Advertência. In Thesouro poetico da infancia. Ernesto Chardron.

Ribeiro, A. M. (1994). Ficção histórica infantojuvenil no Estado Novo: coleção “Pátria” de Virgínia de Castro e Almeida (1936-1946). Revista de História das Ideias, 16, 161-192.

Rosa, E. M. T. D. M. (1989). Bernardino Machado, Alice Pestana e a educação da mulher nos fins do século XIX. Comissão da Condição Feminina.

Sequeira, M. (1892). Almanach das creanças para 1892. Livr. de Antonio Maria Pereira.

Silva, A. C. (2003). Carvalho, Maria Amália Vaz de. In A. Nóvoa (Ed.), Dicionário de educadores portugueses: 900 biografias de homens e mulheres que se dedicaram ao ensino e à educação nos séculos XIX e XX (pp. 298-301). Ed. ASA.

Silva, M. R. T. (1983). Feminismo em Portugal na voz de mulheres escritoras do início do século XX. Análise Social, 19(77/79), 875-907.

Stedman, A. (2005). D’Aulnoy’s “Histoire d’Hypolite, comte de Duglas” (1690): A fairy-tale manifesto. Marvels & Tales, 19(1,), 32-53.

Turner, C. (1994). Living by the pen: Women writers in the eighteenth century. Routledge.

Varella, F. F. (2020). Maria Graham’s Little Arthur’s history of England (1835) and the female historian’s place in early nineteenth century Britain. Women’s History Review, 1-19. doi: 10.1080/09612025.2020.1751398

Zipes, J. (2006). Fairy tales and the art of subversion: The classical genre for children and the process of civilization (2a ed). Routledge.

Published
2024-04-10
How to Cite
Hansen, P. S. (2024). Intellectuals, maternal authority, and the participation of women in the creation of Portuguese children’s literature at the end of the 19th century. Revista Brasileira De História Da Educação, 24(1), e323. https://doi.org/10.4025/rbhe.v24.2024.e323
Section
Original research

Funding data