Instruções aos avaliadores
PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Titulação mínima
Como publicação de referência na área, a revista exige o grau mínimo de doutor para pareceristas ad hoc.
Avaliação primária
A primeira análise realizada sobre o artigo submetido recebe o nome de Avaliação primária. Nessa etapa, o assistente editorial verifica a adequação da submissão em relação às normas fundamentais adotadas pela revista: apresentação do texto e das referências em relação às normas de citação; presença de metadados obrigatórios e estrutura do texto (resumo, palavras-chave, abstract, apresentação dos autores e afiliação institucional, entre outros). Também é verificado, nesse momento, o cumprimento do critério de titulação mínima: pelo menos um dos autores deve possuir doutorado.
Havendo inadequação em relação aos itens fundamentais, a revista poderá rejeitar a submissão ou solicitar a revisão do texto. Nesse caso, uma lista de pendências será enviada aos autores, que deverão fazer os ajustes necessários no prazo de 30 dias. A postagem da versão revisada, dos manuscritos corrigidos e respectivos documentos, deverá ser feita clicando no mesmo título, ou seja, na mesma submissão, na página de Submissões ativas no sistema OJS.
Verificação de plágio
Caso a submissão esteja adequada, cumprindo todos os requisitos da Avaliação inicial, os editores avaliarão os manuscritos com o sistema iThenticate CrossCheck. Essa etapa avalia o conteúdo textual dos artigos científicos, procurando identificar plágio, submissões duplicadas, manuscritos já publicados e possíveis fraudes em pesquisa.
Considera-se plágio, no âmbito acadêmico, a indevida apropriação de produção técnica e científica de conhecimento. Essa prática é veementemente repudiada pela RBHE, não sendo tolerada sob nenhuma circunstância. As seguintes condutas constituem as principais modalidades de plágio:
- Plágio direto: uso de grandes trechos de outros autores sem a devida atribuição, apresentados como se fossem do autor do artigo;
- Cópia fiel de trechos curtos, não citados;
- Mosaico: uso de frases adaptadas, geralmente por meio do uso de sinônimos e com manutenção de sentido e estrutura, de uma fonte externa sem a devida citação;
- Uso de tabelas, quadros, figuras e outros elementos, sem referenciar as fontes consultadas;
- Autoplágio: usar o próprio trabalho previamente publicado sem referenciá-lo.
Caso a RBHE observe, em submissões recebidas, a ocorrência de qualquer um dos casos acima descritos, o Conselho Editorial tomará as medidas aplicáveis de acordo com as Diretrizes do COPE (Comitê de Ética em Publicações) em relação à identificação de plágio.
Análise do editor-associado e revisão por pares
Uma vez que a submissão recebida esteja adequada, cumprindo os critérios observados na avaliação primária e na verificação de plágio, a equipe editorial encaminha o texto para o processo de revisão por pares. Nesse momento o assistente editorial encaminha a submissão aos editores-associados para que um deles, conforme sua área de atuação e disponibilidade, assuma a edição do artigo.
Se o editor-associado verificar incompatibilidade entre o texto e o escopo da revista, a submissão pode ser rejeitada, configurando a decisão de Rejeição pelo editor, sem avaliação por pares. Havendo adequação em relação ao escopo da revista, o editor-associado responsável designa a tarefa de avaliação do artigo a, pelo menos, dois pareceristas ad hoc. Estes são devidamente qualificados, com experiência e atuação na área do texto a ser avaliado.
Ética e conduta dos avaliadores
O processo de Avaliação por pares é instrumento decisivo para a avaliação da ciência: por meio dele é possível verificar e apontar o grau de rigor científico de um estudo. Somente com uma avaliação séria, uma revista pode assegurar a integridade e qualidade do conteúdo que publica. Os avaliadores convidados precisam, assim, além do notável conhecimento acadêmico, atuar sob princípios éticos a fim de evitar qualquer distorção no sentido da análise objetiva do conteúdo. Considerando essa atuação, algumas situações exigem especial atenção do avaliador diante da solicitação da revista:
- Domínio insuficiente sobre o tema: caso o pesquisador considere não possuir conhecimentos suficientes em relação ao tema, a revista recomenda que essa questão seja notificada. Além de evitar uma avaliação potencialmente insuficiente, essa notificação ajuda os editores no sentido de buscar outros com perfis mais adequados. Nesse caso o avaliador convidado pode sugerir outros nomes para participação no processo;
- Conflito de interesses: cabe ao avaliador a observação e notificação ao editor se o texto recebido configura uma situação de conflito de interesses. Casos comuns, que devem ser reportados, ocorrem quando: o avaliador já teve conflitos com o autor previamente; o avaliador é amigo, familiar e/ou coautor do autor em artigos recentes ou em trabalhos em andamento; o avaliador foi orientador do autor em pesquisas de mestrado ou doutorado; o estudo avaliado contradiz em essência a pesquisa do avaliador;
- Sigilo sobre o conteúdo do texto: por ter acesso a pesquisas inéditas, o autor não pode divulgar qualquer versão utilizada para avaliação. Deve, portanto, ser atencioso e ter cuidado com o uso dos arquivos em seus dispositivos;
- Objetividade da avaliação: o formulário disponibilizado pela RBHE auxilia na objetividade do processo de avaliação. O parecerista deve seguir os critérios apontados, evitando discorrer sobre aspectos não solicitados pela revista. Ao discutir os conceitos, recomenda-se apontar referências que justifiquem a avaliação. Também se relaciona à objetividade a redação educada, livre de julgamentos não-científicos e termos pejorativos. Havendo esse tipo de conteúdo, a revista poderá remover os trechos inadequados ao enviar o relatório de avaliação aos autores.
Duplo-cego, possibilidade de identificação dos pareceristas e autores, publicação de pareceres e recomendação dos avaliadores
A RBHE adota como regra geral a modalidade duplo-cego para a revisão por pares, por meio da qual tanto os autores quanto os avaliadores permanecem anônimos durante todo o processo. Contudo, ficará aberta a possibilidade de o avaliador revelar sua identidade aos autores, após a conclusão da avaliação, e aos leitores, no caso de aprovação do artigo. Para tanto, o avaliador deverá autorizar a abertura de sua identidade por meio do sistema OJS no ato do preenchimento do parecer. Nesse caso, o parecerista concorda em publicar o relatório da avaliação, disponibilizado simultaneamente ao artigo em plataforma própria de pareceres por pares. Se o avaliador optar por não se identificar, ele permanecerá anônimo para os autores.
Autores também podem revelar sua identidade: para isso, devem manifestar tal interesse no momento da submissão por meio do documento suplementar referente aos dados gerais de autoria.
Os pareceristas recebem um formulário com questões abertas e objetivas a respeito do artigo. Nele são abordados os seguintes aspectos: originalidade, relevância e contribuição para a área de História da Educação; estrutura, organização, clareza e coerência do texto; adequação do título e do resumo; alcance dos objetivos; análise das fontes em articulação com o referencial teórico adotado; pertinência e atualização da bibliografia; revisão ortográfica, gramatical e de normas da APA.
Após avaliar os aspectos citados, o avaliador oferece comentários gerais sobre o texto, seguidos por sua recomendação, que pode ser:
- Desfavorável à publicação: o artigo, como tal, possui vários problemas e não atinge os critérios para ser publicado;
- Correções Obrigatórias: favorável à publicação com pequenas ou consideráveis adequações que, se devidamente atendidas, conforme verificação do próprio avaliador, recomenda-se a publicação;
- Submeter novamente para avaliação: é necessária uma revisão de grande porte; caso o autor realize os ajustes, o texto poderá ser reenviado, caso o autor considere oportuno, para uma nova rodada de avaliação por pares. Nesses casos, será de responsabilidade do autor reenviar o manuscrito e este terá um novo registro na plataforma, sendo considerado como uma nova submissão;
- Aceitar: o avaliador recomenda a publicação, não sendo necessários ajustes.
Decisão final
Para que uma submissão seja considerada para publicação, deve haver pelo menos dois pareceres favoráveis. Havendo um parecer negativo e um positivo, um terceiro parecerista deve avaliar o texto. Considerando-se o par de pareceres favoráveis, cabe ao editor-associado verificar os apontamentos realizados na Avaliação por pares e, por fim, decidir pela publicação ou rejeição do texto. A decisão final, portanto, cabe sempre ao editor-associado responsável ou ao editor-chefe, se necessária sua atuação na submissão.
Declaração sobre ausência de conflito de interesses
Ao assumir a tarefa de avaliação da submissão, o parecerista deve declarar a ausência de conflito de interesses. Para tal, é preciso incluir o seguinte texto no campo "Comentários gerais" do Formulário de avaliação, disponibilizado no próprio OJS: "Declaro não haver nenhuma circunstância caracterizando situação de potencial conflito de interesse ou que possa ser percebida como impeditiva para um parecer isento. Comprometo-me a manter sob sigilo todas as informações constantes deste processo, em particular, a minha condição de assessor e o teor deste parecer".
USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL GENERATIVA NA GESTÃO E OPERAÇÃO
A RBHE reconhece o potencial da IA generativa para aumentar a eficiência, desde que preservadas a integridade científica, a confidencialidade e a responsabilização humana. Assim:
- Autores podem recorrer a IA para aprimorar clareza linguística ou analisar dados, mas devem declarar a ferramenta, versão e finalidade na seção “Métodos” ou “Agradecimentos”. Conteúdo gerado por IA sem validação crítica humana não será aceito, e a IA não pode ser listada como autora.
- Pareceristas e editores não devem carregar manuscritos completos ou pareceres em sistemas públicos de IA que comprometam a confidencialidade do conteúdo enviado. Assim, não serão aceitos pareceres gerados por IA.
- A Equipe Editorial poderá usar soluções internas ou licenciadas (ex.: detecção de plágio, triagem de referências) que sigam princípios de IA responsável e não exponham dados a terceiros.
- Todas as decisões editoriais permanecem sob responsabilidade de editores humanos.
Esta orientação segue as “Linhas prioritárias 2024-2028” do SciELO e diretrizes internacionais para uso responsável de IA.