La educación de las poblaciones indígenas en Mozambique

desde el período colonial hasta el inicio de la era posterior a la independencia

Palabras clave: historia de la educación, poblaciones indígenas, Mozambique, período colonial, post-independencia

Resumen

La historia de la educación de las poblaciones indígenas en Mozambique estuvo marcada por la acción colonizadora de Portugal, desde el siglo XV, hasta su independencia nacional en 1975. Este trabajo pretende presentar y problematizar los principales hitos de este proceso, en el lapso de 150 años, desde 1834, durante el Período Colonial, hasta 1984, al inicio de la Era Post-Independencia. Esta contribución a la comprensión de la historia de la educación de los nativos de Mozambique resulta de una parte de un estudio de doctorado desarrollado en el contexto de las políticas educativas, realizado a través de un enfoque cualitativo utilizando el método bibliográfico basado en fuentes documentales. La interpretación de los datos nos lleva a señalar un conjunto de prácticas colonizadoras de discriminación, marginación e imposición de una lengua, así como de escisión y creación de una brecha entre las poblaciones indígenas y los hijos de los colonizadores. A estas clases sociales se les asignaron regímenes educativos diferenciados y penalizadores para los nativos, ya que pretendían reproducir y perpetuar el sistema de dominación colonial, principalmente a través de su orientación hacia la producción de mano de obra. También encontramos que algunas de estas marcas del pasado permanecieron en la época posterior a la independencia como herencia de una determinada cultura educativa con la que el pueblo mozambiqueño lucha por conseguir sus designios.

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Biografía del autor/a

Názia Anita Cardoso Bavo, Universidade Eduardo Mondlane, Maputo

Mestre em Didática do Português L2/PLE e Doutora em Ciências da Educação. Professora Auxiliar no Departamento de Línguas da Faculdade de Letras e Ciência Sociais. Diretora do curso de Licenciatura em Ensino de Português na Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Eduardo Mondlane. Investigadora, docente e orientadora de trabalhos académicos de licenciatura no curso de Ensino de Português. Possui comunicações e artigos publicados em livros, revistas científicas nacionais e internacionais, no campo da Educação Bilingue e Educação de Surdos em Moçambique e no estrangeiro.

Orquídea Coelho, Universidade do Porto, Porto

Mestre e Doutora em Ciências da Educação, Professora Associada da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Investigadora do Centro de Investigação e Intervenção Educativas. Coordenadora da DeafCoPIn-Deaf Studies. Coordenadora de equipas portuguesas em diversos projetos Europeus. Membro da Comissão de Ética da Universidade do Porto. Exerce investigação, docência e orientação de trabalhos académicos (Mestrados, Doutoramentos, Doutoramentos Sanduíche, e Pós-Doutoramentos) no campo dos Estudos Surdos e Educação de Surdos, contando com diversas publicações e comunicações em Portugal e estrangeiro.

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Publicado
2022-07-01
Cómo citar
Bavo, N. A. C., & Coelho, O. (2022). La educación de las poblaciones indígenas en Mozambique. Revista Brasileira De História Da Educação, 22(1), e219. https://doi.org/10.4025/rbhe.v22.2022.e219