O livro enquanto artefato da cultura material escolar e elemento de profissionalização da docência
Résumé
Analisar o livro A lei biogenetica e a escola activa de 1929 enquanto artefato da cultura material escolar e como elemento de profissionalização docente é o objetivo deste estudo. Para tanto, são tratados desde os processos que antecedem a sua existência no cenário educacional brasileiro até a sua presença na coleção da Biblioteca de Educação da Companhia Melhoramentos/SP. Em uma reflexão histórica sobre a relevância do livro na organização da educação nacional, são investigadas as tratativas para a tradução e publicação em língua portuguesa, a partir das cartas trocadas entre o autor, o suíço Adolphe Ferrière e o educador Lourenço Filho, partir da observação da complexidade de um produto cultural que ultrapassou fronteiras territoriais e barreiras linguísticas, possibilitando a circulação de saberes.
Téléchargements
Metrics
Références
Barros, J. D’A. (2019). Fontes históricas: introdução aos seus usos historiográficos. Petrópolis, RJ: Vozes.
Burke, P., & Hsia, P.-C. (2009). A tradução cultural: nos primórdios da Europa Moderna (Roger Maioli dos Santos, trad.). São Paulo, SP: Editora da Unesp.
Camargo, M. R. R. M. (2011). Cartas e escrita. práticas culturais, linguagem e tessitura da amizade. São Paulo, SP: Fundação Editora da UNESP.
Campos, R. H. F. (2003). História da psicologia e história da educação - conexões. In C. G. Veiga, & T. N. L. Fonseca (Eds.), História e historiografia da educação no Brasil (p. 129-158). Belo Horizonte, BH: Autêntica.
Carvalho, M. M. C. (2001). A caixa de utensílios e a biblioteca: pedagogia e práticas de leitura. In D. G. Vidal, & M. L. S. Hilsdorf (Ed.), Tópicos de história da educação (p. 137-169). São Paulo, SP: Edusp.
Carvalho, M. M. C. (2007). A bordo do navio, lendo notícias do Brasil: o relato de viagem de Adolpho Ferrière. In A. C. V. Mignot, & J. G. Gondra (Eds.), Viagens pedagógicas (p. 277-293). São Paulo, SP: Cortez.
Carvalho, M. M. C., & Toledo, M. R. A. (2006). A biblioteca de educação de Lourenço Filho: uma coleção a serviço de um projeto de inovação pedagógica. Revista de Estudos de Educação, 8(2), 47-62.
Chartier, R. (1990). A história cultural entre práticas e representações. Rio de Janeiro, RJ: Bertrand.
De Certeau, M. (1982). A escrita da história (Maria de Lourdes Menezes, trad.). Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária.
Ferrière, A. (1929a, 05 de fevereiro). Comunicação pessoal.
Ferrière, A. (1929b, 11 de outubro). Comunicação pessoal.
Ferrière, A. (1929c). A lei biogenética e a Escola Activa. São Paulo, SP: Companhia Melhoramentos de São Paulo.
Ferrière, A. (1931, 03 de janeiro). Comunicação pessoal.
Gebrim, V. S. (2006). Psicologia e pedagogia nova no Brasil: saberes e práticas escolares nos rastros da criança (Tese de Doutorado). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
Gomes, A. C. (2004). Escrita de si, escrita da história: a título de prólogo. In A. C. Gomes (Ed.), Escrita de si, escrita da História (p. 7-26). Rio de Janeiro, RJ: Editora FGV.
Kuhlmann Jr., M. (1996). As grandes festas didáticas: a educação brasileira e as exposições internacionais (1862-1922) (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Loureiro, C. M. B. (2015). “É possível uma educação para a paz?”: a psicologia nas discussões sobre uma pedagogia pacificadora entre 1927 e 1934 na Europa (Dissertação de Mestrado). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
Lourenço Filho, M. B. (1929). Ferrière e a Escola Nova. In A. Ferrière. A lei biogenética e a Escola Activa (p. 5-8). São Paulo, SP: Companhia Melhoramentos de São Paulo.
Lourenço Filho, M. B. (n.d.). Comunicação pessoal.
Miceli, S. (1979). Os intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945). Rio de Janeiro, RJ: Difel.
Malatian, T. (2017). Cartas: narrador, registro e arquivo. In C. B. Pinsky, & T. R. De Luca (Eds.), O historiador e suas fontes (p. 195-222). São Paulo, SP: Contexto.
Mignot, A. C. V. (2005). O carteiro e o educador: práticas políticas na escrita epistolar. Revista Brasileira De História Da Educação, 5(2[10]), 45-69.
Nagle, J. (2001). Educação e sociedade na primeira república. São Paulo, SP: DP&A.
Oliveira, P. M. (2015). Lourenço Filho e a coleção Biblioteca de Educação: uma análise dos prefácios escritos por esse educador (Tese de Doutorado). Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.
Paulilo, A. (2019). A cultura material da escola: apontamentos a partir da história da educação. Revista Brasileira de História da Educação, 19, 1-24.
Peres, E. T. (2002). O diabo inventou a escola? A escola ativa na visão de Adolphe Ferrière. In Anais da 25ª Reunião Anual da ANPEd (p. 1-14). Rio de Janeiro, RJ.
Peres, E. & Souza, G. (2011). Aspectos teóricos-metodológicos da pesquisa sobre a cultura material escolar: (im)possibilidades de investigação. In E. Peres, & C. A. Castro (Eds.), Cultura material escolar: a escola e seus artefatos (MA, SP, PR, SC e RS, 1870 – 1925). São Luís, MA: EDUFMA.
Peres, E., & Michel, C. B. (2019). Artefatos da cultura material escolar no Rio Grande do Sul: um estudo das Cartilhas Mestra e Samorim. Educar em Revista, 35(76), 151-171.
Stephanou, M., & Bastos, M. H. (2018). Histórias e memórias da educação no Brasil (Vol. 3). Petrópolis, RJ: Vozes.
Toledo, M. R. A., & Carvalho, M. (2017). A tradução de John Dewey na coleção autoral Biblioteca da Educação. Educação e Sociedade, 38(141), 999-1015.
Vidal, D. G. (2017). História da educação como arqueologia: cultura material escolar e escolarização. Revista Linhas, 18(36), 251-272.
Vidal, D., & Silva, V. L. G. (2010). Por uma história sensorial da escola e da escolarização. Revista Linhas, 11(2), 29-45.
Vidal, D. G., & Rabelo, R. S. (2019). A criação de Institutos de Educação no Brasil como parte de uma história conectada da formação de professores. Cadernos de História da Educação, 18(1), 208-220.
Copyright (c) 2023 Raquel Lopes Pires, Sara Raphaela Machado de Amorim (Autor)

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Os direitos autorais pertencem exclusivamente aos autores. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico consistem na licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY 4.0): são permitidos o acompartilhamento (cópia e distribuição do material em qualqer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado) para quaisquer fins, inclusive comerciais.
Recomenda-se a leitura desse link para maiores informações sobre o tema: fornecimento de créditos e referências de forma correta, entre outros detalhes cruciais para uso adequado do material licenciado.
Funding data
-
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Grant numbers Programa Editorial (Chamada Nº 12/2022)