Joaquim Pedro de Alcantara Dourado

Gabriela Portela Moreira; Dóris Bittencourt  Almeida

doi:10.4025/rbhe.v23.2023.e291

Gabriela Portela Moreira Centro Histórico-Cultural Santa Casa, Porto Alegre, RS, Brasil https://orcid.org/0009-0004-3156-9360
Dóris Bittencourt Almeida Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4817-0717

DOI: https://doi.org/10.4025/rbhe.v23.2023.e291

Résumé

O artigo investiga o percurso de Joaquim Pedro de Alcantara Dourado (1827-1856), professor de Primeiras Letras, na cidade de Rio Grande/RS. Tem-se como documentos correspondências da Instrução Pública, a legislação vigente na época, anúncios na imprensa local e os dois processos judiciais em que Joaquim foi réu, por supostamente ter castigado estudantes de forma imoderada, dentre outras acusações. A pesquisa identificou que a profissão de professor, no século XIX, ainda que carregada de autoridade perante a comunidade, previa que agissem como exemplo de moral e civilidade, impondo um severo regime de comportamento. Também identificou que os castigos escolares foram o principal mote para condenar o professor, embora aspectos de sua conduta tenham corroborado para sua suspensão do serviço público

Téléchargements

Les données sur le téléchargement ne sont pas encore disponible.

Metrics

Chargements des mesures ...

Bibliographies de l'auteur

Gabriela Portela Moreira, Centro Histórico-Cultural Santa Casa, Porto Alegre, RS, Brasil

Graduação em História (Unilasalle), Mestrado em Educação (2019), com ênfase em História da Educação, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação/UFRGS. Historiadora no Centro Histórico-Cultural Santa Casa.

Dóris Bittencourt Almeida, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil

Graduação em História (PUCRS), Mestrado e Doutorado em Educação (2001/2007), com ênfase em História da Educação, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação/UFRGS. Professora Associada III de História da Educação da Faculdade de Educação, atuando junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Editora da Revista História da Educação/ASPHE. Bolsista Produtividade em Pesquisa/CNPq (PQ-2). Líder do Grupo de Pesquisa/CNPq GARPE - Arquivos pessoais, patrimônio e educação. Vice-líder do Grupo de Pesquisa/CNPq, EBRAMIC- Educação no Brasil: memória, instituições e cultura escolar.

Références

Altmayer, F. L., & Carneiro, O. D. (2014). Cidade do Rio Grande, 270 anos: a mais antiga do Estado. Caderno de História, (33). Recuperado de: http://www.memorial.rs.gov.br/cadernos/riogrande.pdf

Alves, F. N. (2006). A imprensa Rio-Grandina do século XIX no Acervo da Biblioteca Rio-Grandense (Levantamento Parcial). Biblos, 19, 95-107. Recuperado de: https://repositorio.furg.br/handle/1/255

Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul [APERS]. (1854). Processo nº 47. Rio Grande, p. 3.

Barata, C. E. A., & Bueno, A. H. C. (1999). Dicionário das famílias brasileiras. São Paulo, SP: Originis-X.

Boto, C. (2017). A liturgia escolar na idade moderna. Campinas, SP: Papirus.

Cabral, D. (Org.). (2015). Estado e administração: a construção do Brasil Independente (1822-1840). Rio de Janeiro, RJ: Arquivo Nacional.

Del priore, M. (2020). Sobreviventes e guerreiras: uma breve história das mulheres no Brasil de 1500-2000. São Paulo, SP: Planeta.

Farge, A. (2009). O sabor do arquivo. São Paulo, SP: Editora da Universidade de São Paulo.

Foucault, M. (2003). A vida dos homens infames. In M. Foucault. Estratégia, poder-saber. Ditos e escritos IV (p.203-222). Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária.

Ghiraldelli Junior, P. (2015). História da educação brasileira. São Paulo, SP: Cortez.

Ginzburg, C. (2006). O queijo e os vermes. São Paulo, SP: Companhia das Letras.

Grazziotin, L. S. S., & Almeida, D. B. (2013). Os castigos nas escolas étnicas da região colonial Italiana do Rio Grande do Sul: Memórias de escolarização (1896-1928). Cadernos de História da Educação, 12(2), 591-5983.

Grimaldi, L. C. (2016). Na sensibilidade da memória estudantil: prédios e espaços escolares nas narrativas de estudantes de Porto Alegre/RS (1920-1980) (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Grinberg, K. (2015). A história nos porões dos arquivos judiciários. In C. B. Pinsky, & T. R. De Luca (Orgs.), O historiador e suas fontes (p. 119-139). São Paulo, SP: Contexto.

Le Goff, J. (2019). Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro, RJ: José Olimpio.

Meira, C. N., & Arriada, E. (2022). Uma família de professores: a trajetória profissional dos irmãos Porto Alegre. In A. Karsburg, M. I. Vendrame, & D. Carneiro (Orgs.), Práticas de micro-história: diversidade de temas e objetos de um método historiográfico. São Leopoldo, RS: Oikos.

Nóvoa, A. (1991). Para o estudo sócio-histórico da gênese e desenvolvimento da profissão docente. Teoria & Educação, 4, 109-139.

Nóvoa, A. (Org.). (1995). Profissão professor. Porto, PT: Porto Editora.

Peres, E. (2002). Sob(re) o silencio das fontes: a trajetória de uma pesquisa em história da educação e o tratamento das questões étnico-raciais. Revista Brasileira de História da Educação,2(2 [4]), 75-102. Recuperado de: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/38723

Saramago, J. (2017). Todos os nomes. São Paulo, SP: Companhia das Letras.

Schneider, R. P. (1993). A instrução pública no Rio Grande do Sul (1770-1889). Porto Alegre, RS: Editora da UFRGS.

Tambara, E. (2003). Bosquejo de um ostensor do repertório de textos escolares utilizados no ensino primário e secundário no século XIX no Brasil. Pelotas, RS: Seiva Publicações.

Tambara, E., & Arriada, E. (Orgs.). (2004). Coletânea de leis sobre o ensino primário e secundário no Período Imperial Brasileiro. Pelotas, RS: Seiva.

Tanuri, L. M. (1970). Contribuição para o estudo da Escola Normal no Brasil. Pesquisa e Planejamento, 13, 7-98.