A  formação de professores no contexto do neoliberalismo e da pós-modernidade: inconsistência teórica e fragilidade prática

Julie Akemi  Tobias Tsukuda; Eliza Maria Barbosa

doi:10.4025/tpe.v27i1.71089

Julie Akemi Tobias Tsukuda UNESP https://orcid.org/0000-0002-6377-7779
Eliza Maria Barbosa Unesp - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita" https://orcid.org/0000-0002-9452-6008

DOI: https://doi.org/10.4025/tpe.v27i1.71089

Resumen

El objetivo de este artículo es reflexionar sobre la formación docente en el contexto neoliberal y posmoderno. Para ello, asumiendo como referente teórico el materialismo histórico-dialéctico, se entiende que los conceptos pedagógicos presentes en la educación básica orientan también la formación inicial de los docentes y corresponden a un ideal de sociedad y de formación del ser humano. Se utiliza la investigación bibliográfica para comprender los principios rectores de la formación docente que requiere el modelo de sociedad actual (neoliberal y posmoderno). Los intereses del capital se centran en el mantenimiento estructural de este modelo y, para ello, reproduce, a través de la educación, metodologías y contenidos que corresponden a sus deseos. Los resultados muestran que, en el caso de la formación docente, el modelo de formación se da a través del desarrollo de habilidades y capacidades, valorando la flexibilidad de contenidos pragmáticos y reduciendo la importancia de los conocimientos teóricos. Para oponerse a tal modelo de formación, es fundamental defender contenidos teóricos en la formación inicial de los docentes que expliquen los supuestos ideológicos y filosóficos que configuran los conceptos pedagógicos, de modo que los egresados sean capaces de tomar decisiones informadas para la práctica pedagógica.

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Biografía del autor/a

Julie Akemi Tobias Tsukuda, UNESP

Doutoranda em Educação Escolar pela Unesp - Araraquara. Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Maringá.

Eliza Maria Barbosa, Unesp - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita"

Doutora em Educação Escolar pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Professora Assistente Doutor II do Departamento de Psicologia da Educação e do Programa de Pós-graduação em Educação Escolar, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Araraquara.

Citas

Borges, A. (2003). Governança e política educacional: a agenda recente do Banco Mundial. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 18(52). DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69092003000200007
Brasil. (1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF. Recuperado de: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
Brasil. (2019). Resolução CNE/CP nº 02, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a formação Inicial de professores da Educação Básica. Recuperado de: http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12991
Brasil. (2015). Resolução CNE/CP nº 02, de 01 de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada. Recuperado de: http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/res_cne_cp_02_03072015.pdf
Contreras, J. (2012). A autonomia de professores. São Paulo: Cortez.
Cunha, L. A. (1991). Educação e desenvolvimento social no Brasil. (12a ed.). Rio de Janeiro: Francisco Alves.
Duarte, N. (2003). Conhecimento tácito e conhecimento escolar na formação do professor (Por que Donald Schön não entendeu Luria). Educação e Sociedade, 24(83), 601-625. DOI: 10.1590/S0101-73302003000200015
Duarte, N. (2020). O Conhecimento escolar e a ressurreição dos mortos. Campinas, SP: Autores Associados.
Duarte, N. (2000). Vigotski e o “aprender a aprender”: crítica às apropriações neoliberais e pós-modernas da teoria vigotskiana. Campinas, SP: Autores Associados.
Gentili, P. (2002). Três teses sobre a relação trabalho e educação em tempos neoliberais. In J. C. Lombardi, Saviani, D., & Sanfelici, J. L. (Orgs.), Capitalismo, trabalho e educação. Campinas: Autores Associados, HISTEDBR.
Klein, L. R. (2002). Alfabetização: quem tem medo de ensinar? São Paulo: Cortez.
Lenardão, E., & Galuch, M. T. B. (2018). Pedagogia das competências: implicações para a formação docente. In L. H. Nagel, E. J. G. Carvalho, & M. C. G. Machado (Orgs.) Bases teóricas e práticas da educação brasileira. Maringá, PR: EDUEM.
Martins, L. M. M. (2010). O legado do século XX para a formação de professores. In: Martins, L. M. Duarte, N.(Orgs). Formação de professores: limites contemporâneos e alternativas necessárias. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.
Medeiros, E. A., Fortunato, I., Santos, J. M. T., & Araújo, O. H. A. (2022). O curso de pedagogia e a resolução CNE/CP nº de 2019: formação de pedagogos e pedagogas para quê? Para quem? Revista Eletrônica Científica Ensino Interdisciplinar, 8(27). DOI: 10.21920/recei72022827686701
Moraes, M. C. M. (2003). Recuo da teoria. In M. C. M. Moraes, E. Shiroma, O. Evangelista, & P. L. Torriglia. Iluminismo às avessas: produção de conhecimento e políticas de formação docente. Rio de Janeiro: DP&A.
Perrenoud, P. (1999). Formar professores em contextos sociais em mudança: prática reflexiva e participação crítica. Revista Brasileira de Educação, 12, 5-19.
Saviani, D. (2003). Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. (8a ed.). Campinas, SP: Autores Associados.
Saviani, D. (2007). História das idéias pedagógicas no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados.
Saviani. D. (2020). A pedagogia Histórico-Crítica, as lutas de classes e a educação escolar. In: Saviani, D. Duarte, N. Conhecimento Escolar e Luta de classes: a Pedagogia Histórico-Crítica contra a barbárie. Campinas, SP: Autores Associados, 2021.
Evangelista, O., Shiroma, E. O. (2007). Professor: protagonista ou obstáculo da reforma. Educação e Pesquisa, 33(3), 531-541. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022007000300010
Manifesto da frente revoga BNC-formação (2023). Manifesto da Frente Revoga BNC-Formação pela retomada da res. 02/2015! Formação em Movimento. 5(11), 1-45. Recuperado em: https://periodicos.ufrrj.br/index.php/formov/article/view/938/827
Schön, D. (1997). Formar professores como profissionais reflexivos. In A. Nóvoa (Org.). Os professores e a sua formação. (3a ed.). Lisboa: Dom Quixote, 79-91.
Snyders, G. (2001). Para onde vão as pedagogias não-diretivas? Trad. de Vinícius Eduardo Alves. São Paulo, SP: Centauro.
Tardif, M. (2000). Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários: elementos para uma epistemologia da prática profissional dos professores e suas consequências em relação à formação para o magistério. Revista Brasileira de Educação, 13, 5-24. Recuperado em: http://educa.fcc.org.br/pdf/rbedu/n13/n13a02.pdf