The student's reality as a pedagogical tradition in dispute in school geography (1920-2020)

Keywords: geography teaching, signifier, hegemony-pedagogy relationship, epistemology of learning

Abstract

This article analyzes, based on didactic materials and selected curricular documents from the last 100 years (1920/2020), the pedagogical dimension of the student's reality as a primary element of geography teaching throughout its history. The student's reality is understood as a discursive element whose meaning is in dispute for different conceptions of teaching Geography. As a result of the article, it was demarcate four important moments of the discipline in Brazil: hegemonization of modern School Geography and the student's reality as part of the renewal of teaching; dimension of the real in the temporality of Social Studies; critical renewal based on theories of learning and the notion of totality for the apprehension of the real; the analysis of geographic principles in the context of the BNCC and reality according to the spatiality of the phenomenon. Thus, it is concluded that the sense of student's reality moves through the political and epistemological moments of School Geography.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Thiago Manhães Cabral, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil

Doutorando em Geografia na Unicamp, com bolsa de doutorado pela FAPESP e estágio doutoral na CY Cergy Paris Université (França). É licenciado em Geografia pela Universidade Federal Fluminense, com estágio sanduíche na Universidade do Porto (Portugal). Atua nas área de História da Geografia Escolar, Ensino de Geografia e Políticas curriculares em Geografia. É membro do grupo de pesquisa APEGEO (Ateliê de Pesquisas e Práticas em Ensino de Geografia), registrado no CNPq.

Jéssica Rodrigues da Silva Cecim, Colégio Técnico de Campinas (Unicamp), Campinas, SP, Brasil

Doutora em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Participa do Laboratório de Pesquisa Ateliê de Pesquisas e Práticas em Ensino de Geografia (APEGEO) e do Grupo de Pesquisa TEAR. Tem experiência em formação de professores, estudos curriculares, exames vestibulares e ensino de Geografia. Atualmente atua como professora da Educação Básica no Colégio Técnico de Campinas (Cotuca-Unicamp)

Rafael Straforini, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil

Doutor em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Geografia da Unicamp, atuando na área de Educação em Geografia. Líder do Grupo de Pesquisa Ateliê de Pesquisas e Práticas em Ensino de Geografia (Apegeo).

References

Alderoqui, S. (2006). Enseñar a pensar laciudad. In S. Alderoqui & P. Penchansky (Comps), Ciudad y ciudadanos: aportes para la enseñanza del mundo urbano (p. 1-238). Buenos Aires: Paidós.

Angerami, P. L. (2017). Uma reconstituição da filosofia educacional de John Dewey. Revista Brasileira de História da Educação, 17(4[47]), 23-53. Recuperado de: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/40700

Brasil. Ministério da Educação. (2017). Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF.

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. (1997). Parâmetros curriculares nacionais: história, geografia. Brasília, DF.

Callai, H. C. (1998). O ensino de geografia: recortes espaciais para análise. In A. C. Castrogiovanni, H. C. Callai, N. O. Schaffer & N. A. Kaercher (Orgs.), Geografia em sala de aula: práticas e reflexões (p. 57-63). Porto Alegre, RS: AGB, Seção Porto Alegre.

Carvalho, C. M. D. (1957). Geografia humana e econômica. São Paulo, SP: Editora Companhia Nacional, 1957.

Carvalho, D. (1925). Methodologia do ensino geographico: introdução aos estudos de geografia moderna. Petrópolis, RJ: Typografia das Vozes de Petrópolis.

Castellar, S. V. (2005). Educação geográfica: a psicogenética e o conhecimento escolar. Cadernos Cedes, 25(66), 209-225.

Cavalcanti, L. S. (2005). Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de Geografia. Cadernos Cedes, 25(66), 185-207.

Cavalcanti, L. S. (2011). Ensinar geografia para a autonomia do pensamento: o desafio de superar dualismos pelo pensamento teórico crítico. Revista da ANPEGE, 7(1), 193-203.

Cavalcanti, L. S. (2016). O ensino de geografia na escola. Campinas, SP: Papirus.

Campos, R. R. (2012). Breve histórico do pensamento geográfico brasileiro nos séculos XIX e XX. Jundiaí, SP: Paco Editorial.

Cunha, M. V. (2012). O “Manifesto dos Pioneiros” de 1932 e a cultura universitária brasileira: razão e paixões. Revista Brasileira De História Da Educação, 8(2 [17]), 123-140. Recuperado de: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/38580

Decreto de Lei nº 18.890, de 18 de abril de 1931. (1931, 31 de julho). Que expede os programas, as orientações pedagógicas e a carga horária do curso fundamental do ensino secundário. Diário Oficial da União, ano LXX, n. 179. Seção 2, parte 3, p. 12411-12412.

Recuperado de: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/2029952/pg-11-secao-1-diario-oficial-da-uniao-dou-de-31-07-1931

Ferraz, C. B. O. (1994). O discurso geográfico: a obra de Delgado de Carvalho no contexto da geografia brasileira - 1913 a 1942 (Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.

Girotto, E. D. (2017). Concepções de ensino de geografia nas primeiras décadas do século XX no Brasil e na Argentina. Revista Brasileira de Educação em Geografia, 7(14), 44-66.

Gonçalves, A. R. (2006). Os espaços-tempos cotidianos na Geografia escolar: do currículo oficial e do currículo praticado (Tese de Doutorado). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro.

Guilherme, W. D., & Santos, S. M. (2019). O Conselho Nacional de Educação: 1931 a 1936. Revista Brasileira de História da Educação, 19, e053. Recuperado de: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/44072

Kuhn, M., Callai, H. C., & Toso, C. E. I. (2019). Pressupostos epistemológicos dos círculos concêntricos. Revista e-Curriculum, 17(2), 472-491. doi: https://doi.org/10.23925/1809-3876.2019v17i2p472-491

Laclau, E. (2013). A razão populista. São Paulo, SP: Três Estrelas.

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. (1996, 23 de dezembro). Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União.

Martins, M. C. (1998). A CENP e a criação do currículo de história: a descontinuidade de um projeto educacional. Revista Brasileira de História, (18), 39-59.

Oliveira, A. U. (1994). Ensino de Geografia: horizontes no final do século. Boletim Paulista de Geografia, (72), 3-27.

Pontuschka, N., Paganelli, T. I., & Cacete, N. H. (2009). Para ensinar a aprender geografia (3a ed.). São Paulo, SP: Cortez.

Santos, M. (1994). Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico científico informacional. São Paulo, SP: Hucitec.

São Paulo. Secretaria da Educação. CENP - Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. (1988). Proposta curricular para o ensino de geografia no primeiro grau (4a ed.). São Paulo, SP.

Silva, G. B. (2003). Educação e desenvolvimento nacional. Revista Brasileira de História da Educação, 3(2[6]), 177-216. Recuperado de: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/38700

Soares, J. C. (2017). Aspectos da crise do Programa Institucional no Colégio Pedro II (1931-1945). Revista Brasileira de História da Educação, 17(4[47]), 224 - 255. Recuperado de: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/40690

Souza, V. C. (2011). Fundamentos teóricos, epistemológicos e didáticos no ensino da Geografia: bases para formação do pensamento espacial crítico. Revista Brasileira de Educação em Geografia, 1(1), 47-67.

Straforini, R. (2004). Ensinar geografia: o desafio da totalidade-mundo nas séries iniciais (1a ed.). São Paulo, SP: Annablume.

Straforini, R. (2018). Ensino de geografia nos anos iniciais: alteridade e anacronismos discursivos. In A. Garcia de la Vega (Org.), Reflexiones sobre educación geográfica: revisión disciplinar e innovación didáctica (1a ed., p. 217-234) Madrid, ES: Ediciones Universidad Autónoma de Madrid.

Vesentini, J. W. (2004). O ensino de geografia no século XXI (3a ed.). Campinas, SP: Papirus.

Viñao, A. (2012). A história das disciplinas escolares. Revista Brasileira de História da Educação, 8(3[18]), 173-215. Recuperado de: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/40818

Vlach, V. R. F. (1988). A propósito do ensino de geografia: em questão, o nacionalismo patriótico (Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.

Zanatta, B. (2013). Contribuições da filosofia educacional de John Dewey para a geografia escolar brasileira. Revista Educativa, 16(1), 47-64.

Published
2021-06-22
How to Cite
Cabral, T. M., Cecim, J. R. da S., & Straforini, R. (2021). The student’s reality as a pedagogical tradition in dispute in school geography (1920-2020). Revista Brasileira De História Da Educação, 21(1), e184. Retrieved from https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/55930
Section
Original research