Universitárias contra regimes ditatoriais

Brasil e Espanha (1960-1970)

Palavras-chave: educação, movimento estudantil, militância feminina

Resumo

Este artigo socializa pesquisa comparada realizada no Brasil e Espanha, sobre a militância feminina no movimento estudantil universitário, em períodos ditatoriais. Para tanto, parte de reflexões sobre o contexto histórico, a questão de gênero e a organização estudantil. As fontes utilizadas são essencialmente primárias, dos arquivos das polícias políticas de ambos os países.  O artigo pretende recorrer e socializar sobre as condições comuns de inserção das mulheres na vida pública, as características específicas de militância e violência sofridas, em função da questão de gênero, bem como as contribuições fundamentais das mulheres no processo de luta contra as violências emanadas do estado, no processo de organização e reorganização do movimento estudantil universitário, em ambos os países.

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Biografia do Autor

Silvana Schmitt, Instituto Federal do Paraná, Capanema, PR, Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2018); mestra em Educação (2011) e graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2004). Realizou estudos pós-doutorais junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Unioeste, campus Cascavel (2020-2022. É docente de pedagogia do Instituto Federal do Paraná, campus Capanema. Desenvolve pesquisa sobre a história do movimento estudantil no período da ditadura brasileira. Atualmente é coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Pedagogia Histórico-crítica (GEPPHC).

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Publicado
2023-09-15
Como Citar
Schmitt, S. (2023). Universitárias contra regimes ditatoriais. Revista Brasileira De História Da Educação, 24(1), e300. https://doi.org/10.4025/rbhe.v24.2024.e300

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